A Reencarnação nos Primeiros Séculos do Cristianismo: Orígenes de Alexandria



Texto recebido de 'Lu Bandesh' via Vidas Passadas VidasPassadasBr@googlegroups.com 

A Reencarnação nos Primeiros Séculos do Cristianismo: Orígenes de Alexandria

Autor: Carlos Antônio Fragoso Guimarães

[Orígenes, cognominado Orígenes de Alexandria ou Orígenes de Cesareia ou ainda Orígenes, o Cristão]

Um pai da Igreja que acreditava na Reencarnação

Um dos maiores luminares do início do cristianismo, "O maior erudito da Igreja antiga", segundo J. Quasten — pertencente à Igreja Grega e do Oriente, diga-se de passagem, enquanto a de Roma ainda não tinha a supremacia que viria a ter em virtude de manipulações políticas — Orígenes nos encanta por sua apurada visão espiritual e sua maneira especialmente lúcida de abordar a mensagem do Cristo.

Nascido por volta de 185 de nossa era, em Alexandria — onde ficava a famosa biblioteca, marco único na história intelectual humana, e que foi destruída pela ignorância e sede de poder dos romanos e, depois, por pseudocrístões ensandecidos e fanáticos —, desde cedo teve contato com a doutrina de Cristo, especialmente com seu pai, Leonídio, que foi martirizado em testemunho de sua fé. Com isso, a família de Orígenes passou a ser estigmatizada, tendo sido sequestrado todo o patrimônio que lhe pertencia. Para sobreviver, o jovem e brilhante Orígenes passou a lecionar para ganhar seu sustento.

Mente curiosa e aberta, Orígenes dedicava-se ao estudo e a discussão da filosofia, notadamente Platão e os estoicos. Orígenes bebeu da mesma formação intelectual que viria a ter Plotino, na escola de Amônio Sacas e, com certeza, as doutrinas ditas orientais não lhe eram estranhas, e muito menos a ênfase num conhecimento psíquico direto com o transcendente que era típica da escola de Amônio, fundador do neoplatonismo e, também, um simpatizante (pelo menos em parte) do Cristianismo. Por isso, com absoluta certeza, o conhecimento na doutrina Paligenética (da Reencarnação), tão cara a Platão e a Sócrates, lhe era muito familiar em sua fase de formação, e posteriormente ele viria a divulgá-la abertamente — este foi um dos motivos pelos quais foi perseguido pela vertente católico romana, e por isso, temos hoje poucos de seus escritos, mesmo assim, devidamente "maquilados" (c.f. Reale & Antiseri, 1990, volume I, página 413; e Fadiman & Frager em Teorias da Personalidade, 1986, ed. Harbra, páginas 175-176).

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https://www.nascervariasvezes.com/2013/08/reencarnacao-vidas-passadas-comprovadas.html

Pouco antes do nascimento de Orígenes, um estoico chamado Panteno havia se convertido à mensagem do Cristo, e fundara uma escola catequética em Alexandria. Em 203 o jovem Orígenes assumiu a direção desta escola, atraindo muitos jovens estudantes pelo seu carisma, conhecimento e virtudes pessoais. Em 231, Orígenes foi forçado a abandonar Alexandria devido à animosidade que o bispo Demétrio (na verdade, um invejoso) lhe devotava. Orígenes, então, passou a morar num lugar onde Jesus havia, muitas vezes, estado: Cesareia, na Palestina, onde prosseguiu suas atividades com grande sucesso. Mas nem mesmo lá ele encontraria a paz, pois logo veio a onda de perseguição aos cristãos ordenada por Décio. Lá, Orígenes foi preso e torturado barbaramente, o que lhe causou a morte, em 253.

O pensamento de Orígenes e sua forma de interpretar o Evangelho foi durante muito tempo causa de acesa polêmica entre os sofistas da Igreja de Roma, ao ponto de algumas teses de seu pensamento serem oficialmente condenadas pelo imperador Justiniano que via nelas uma ameaça aos resquícios do pensamento antigo que considerava o imperador romano quase uma divindade e, posteriormente, que teve sua ratificação religiosa feita por um concílio católico-romano, em 553. Orígenes também sofreu o triste e típico caso dos seguidores de um líder que pervertem a mensagem original.... Muito do que escreveu e disse Orígenes foi reinterpretado e corrompido pelos origenistas, o que causou, junto com as condenações de Roma, uma perda em grande parte da sua enorme produção literária. Resta-nos dela Os Princípios, Contra Celso e Comentário a João.

O centro do pensamento de Orígenes é Deus: "Deus não pode ser entendido como corpo, mas como uma realidade transcendente apenas passível de ser palidamente entendida como realidade intelectual e espiritual", diz ele. Deus não pode ser conhecido em sua natureza, por meio das limitações dos seres relativos que somos, pelo simples fato de que nossas percepções e concepções sobre tudo está sempre em transformação, quer em maturação, quer em uma espécie de regressão (basta ver o mundo a nossa volta para nos certificarmos disso). Qualquer ideia que possamos fazer de Deus é apenas uma projeção antropomórfica de uma dada época e que apenas toca de leve uma ideia ainda maior: "Deus, em sua realidade, é incompreensível e inescrutável. Com efeito, podemos pensar e compreender humanamente qualquer coisa sobre Deus, mas devemos também saber que Ele é amplamente superior a tudo àquilo que Dele pensamos (...)". Ou seja, temos uma intuição de Deus, não uma compreensão racional definitiva Dele. Aqui ouve-se claramente ecos do pensamento neoplatônico de Amônio Sacas, e Orígenes até mesmo usou a expressão "acima da inteligência e do ser", muito famosa por ter sido utilizada por Plotino.

VÍDEO: A reencarnação é renascer protegido de si mesmo

https://youtu.be/z_baT-iTAs4

A compreensão da criação do universo por Deus, de Orígenes, nos lembra e muito a das tradições orientais, notadamente as da Índia e a dos mistérios gregos, e, principalmente, Platão e Plotino. Primeiro, Deus teria criado seres racionais e livres, todos simples e iguais entre si - e os criou à própria imagem, por serem seres dotados da capacidade de desenvolver a razão. Mas a própria simplicidade original (a ignorância) os levaram, por meio da liberdade a que tinham direito, a divergirem no seu comportamento e, em sua busca por instrução, a se diferenciarem entre si (podemos encontrar um retorno a esta ideia no moderno espiritismo kardecista que diz que "todos os espíritos foram criados simples e ignorantes", sendo as diferenças entre eles fruto dos percalços e escolhas no caminho evolutivo individual de cada um). O mundo material e o corpo são consequências direta disto, pois tornaram-se necessários a fim de corrigir os erros dos espíritos que se afastaram demasiado de Deus. Mas o corpo não é, em absoluto, algo negativo, como diriam os platônicos e os gnósticos. É, isso sim, o instrumento e o meio mais eficaz para o aprendizado ou para a expiação de erros cometidos anteriormente. A alma, ou espírito, pois, preexistia ao corpo (Reale & Antiseri, História da Filosofia, vol. I, 1990), e a diversidade dos homens e de suas condições remonta à diversidade de comportamento na vida anterior.

A doutrina da reencarnação é uma constante em Orígenes, como o fora anteriormente para Pitágoras, Sócrates, Platão, e toda a tradição órfica grega até Plotino. Orígenes tinha consciência de indícios desta doutrina no próprio Evangelho, como em Lucas 1:13-17; Mateus 17:9-13 e em João, 3:1-15.

Igualmente, com os mistérios gregos, admitia que nosso universo é constituído por uma série de "mundos" habitados, onde a alma se aperfeiçoa (isto séculos antes de Giordano Bruno e de Kardec). Diz-nos Orígenes: "Deus não começou a agir pela primeira vez quando criou este nosso mundo visível. Acreditamos que (...) antes deste houve muitos outros". Tal concepção nos lembra, e muito, a concepção de Pierre Teilhard Chardin. Orígenes, como Chardin, acredita que tudo no universo tende a voltar a Deus, o ponto ômega. Todos os espíritos se purificarão em sua marcha progressiva pela eternidade em direção a Deus, uma marcha longa e gradual, de correção e expiação, passando,portanto, por inúmeras reencarnações neste e em outros mundos! (Reale & Antiseri, 1990). Diz Orígenes: "Devemos crer que (...) todas as coisas serão reintegradas em Deus (...). Isso, porém, não acontecerá num momento, mas lenta e gradualmente, através de infinitos séculos, já que a correção e a purificação advirão pouco a pouco e singularmente: enquanto alguns com ritmo mais veloz se apressarão como primeiros na meta, outros os seguirão de perto e outros ainda ficarão muito para trás. E assim, através de inumeráveis ordens (...)"

Orígenes exaltou ao máximo a liberdade e o livre arbítrio de todas as criaturas do mundo, em todos os níveis de sua existência. Em certo sentido, Orígenes tinha uma percepção Holística do mundo. No próprio estágio final (o estágio próximo ao ponto ômega, como diria Teilhard Chardin ), será o livre arbítrio juntamente com uma compreensão esclarecida do sentido do universo que o espírito irá aderir ao amor de Deus, sábio e senhor de milhares de anos de experiência. Assim, terá cumprido o círculo, partindo do ponto de ignorância absoluta ao de sabedoria absoluta, sempre de e em direção a Deus.

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Orígenes também teve a suficiente visão e sabedoria para distinguir três níveis de leitura das escrituras:

1) o literal (muito usado ainda hoje pela maioria das igrejas evangélicas no Brasil),

2) o Moral e

3) e Espiritual, que é o mais importante e também o mais difícil. Cada um destes níveis indica um estado de consciência e amadurecimento espiritual e psicológico.

Como nos fala Reale & Antiseri, a importância de Orígenes é notável em todos os campos. Ele quis ser, antes de tudo, um cristão, e o foi até as últimas consequências, suportando com heroísmo as torturas que o matariam, para permanecer fiel a Cristo.

Bibliografia Sugerida:

Giovanni Reale & Dario Antiseri: História da Filosofia, Editora Paulus, São Paulo,1990.

James Fadiman e Robert Frager: Teorias da Personalidade, Editora Harbra, São Paulo, 1986.

Sobre o Espírito de Sistema


O que significa a expressão “espírito de sistema” a que Kardec se refere em suas obras?  

A expressão “espírito de sistema” sempre surge em discussões de grupos de estudos espíritas, especialmente em fóruns livres de debates, em ambientes presenciais ou virtuais. 

O conceito estrutural da expressão é a atitude de reduzir tudo a sistema, um conjunto de preceitos organizados, para atuar com juízo preconcebido. Também pode ser enquadrado como a atitude de (cega) obediência à ideia de um filósofo, de um religioso, de um determinado pensador, na intenção de tudo condicionar, em termos interpretativos, a uma situação preestabelecida, estanque, deixando quase nula margem para a liberdade, o livre-arbítrio. 

O espírito de sistema, portanto, levado a cabo pelos adeptos do espiritismo, resultaria em dogmatismo e pretensa superioridade sobre outras crenças ou filosofias, não permitindo que cada um construa em torno de si ambientes mais arejados e dispostos à progressividade das ideias, tal como asseverou o professor Rivail. 

De início, havia muito de “espírito de sistema”, sobretudo cristão, católico-protestante, no homem Rivail, em face de suas convicções, formação e personalidade, naquela e em encarnações anteriores. Mas, mesmo assim, já como Kardec, ele foi se libertando de tais amarras. Por exemplo, em janeiro de 1866, na Revue Spirite, referindo-se à questão da prece, afirmou: 

“Se o espiritismo proclama a sua utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar a sua eficácia e seu modo de ação. Desde que, pelas leis dos fluidos, compreendemos o poder do pensamento, também compreendemos o da prece, que é, também ela, um pensamento dirigido para um fim determinado”.

Leia mais em: https://correio.news/quem-pergunta-quer-saber/sobre-o-espirito-de-sistema


O Espírita e o Censo de 2022

 


Allan Kardec, com a legítima intenção de conhecer como estava a difusão das ideias espíritas no mundo no final de 1868, fez uma estimativa superficial sobre a quantidade e o perfil das pessoas que aceitavam os princípios doutrinários. Por não possuir dados censitários, o levantamento foi baseado em cerca de 10 mil observações obtidas da lista de assinantes da Revista Espírita (RE) e das correspondências recebidas de vários países.

Estimativa de adesão

Publicado na edição de janeiro de 1869 da RE, o artigo “Estatística do espiritismo” apontou que a França reunia a maior quantidade de adeptos, com cerca de 600 mil pessoas, representando 1,6% da população francesa, taxa bastante expressiva, considerando-se que o surgimento do espiritismo havia ocorrido há pouco mais de uma década. Eram os espíritas confessos e os que aceitavam os princípios do espiritismo ainda que parcialmente.

O restante da Europa reunia mais 400 mil adeptos, com maior participação na Itália, Espanha, Rússia, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Suécia, Dinamarca, Grécia e Suíça. Em todo o planeta, considerando os simpatizantes, Kardec estimou haver de 6 a 7 milhões de adeptos: 70% homens entre 20 e 30 anos; 60% tinham um perfil socioeconômico considerado médio e 50% possuíam um nível educacional classificado por Kardec como ‘instrução cuidada’ e instrução superior. Tenentes, médicos homeopatas e engenheiros eram as profissões mais frequentes.

Uma característica importante que se deve destacar nessa estimativa é a própria classificação geral de adepto, uma vez que o termo foi aplicado a qualquer simpatizante que conhecesse os fundamentos do espiritismo, ainda que professasse diferentes vínculos religiosos: 50% eram de católicos romanos não ligados aos respectivos dogmas (livres-pensadores), 10% de católicos romanos ligados aos dogmas. Os demais eram de católicos gregos (15%), judeus (10%), protestantes liberais (10%), protestantes ortodoxos (3%) e muçulmanos (2%).

Nota-se que na Europa houve uma maior disseminação das ideias espíritas entre os livres-pensadores de países com forte presença católica (França, Itália e Espanha), apesar de também registrarem-se participações nos países anglo-saxônicos e germânicos.

Leia mais em: https://correio.news/reflexoes/espiritas-no-censo-de-2022



Therezinha Oliveira

 


Uma das vozes mais atuantes do movimento espírita brasileiro fez mais do que divulgar e incentivar o estudo da doutrina espírita. Therezinha Oliveira foi a responsável pela criação de cursos de espiritismo com uma linguagem didática no CEAK, Centro Espírita Allan Kardec, em Campinas, onde trabalhou por mais de 50 anos. Esses cursos foram transformados em livros e também serviram de base para muitas outras casas.

Com sua facilidade de interpretar textos e tratá-los de forma clara produziu uma rica obra literária que trouxe nova luz para os temas básicos do espiritismo, como mediunidade e reencarnação, e também para os temas evangélicos, deixando uma dos seus maiores legados: a importância da coerência doutrinária nos estudos e práticas espíritas.

Divulgação do conhecimento

Ela sabia também adaptar-se às mudanças nas formas de divulgação. Começou datilografando as apostilas dos cursos, tirando cópias em mimeógrafo, mas em 2010 já estava criando o blog Therezinha Oliveira onde, embora contasse com apoio técnico, ela mesma respondia aos posts.

Como resultado da dedicação que teve como pesquisadora e estudiosa da doutrina espírita, ao desencarnar, em 28 de agosto de 2013, dois meses antes de completar 83 anos, já havia dado mais de 2 mil palestras em todo o Brasil e no exterior e suas obras ultrapassavam a marca de 700 mil exemplares publicados, sendo 300 mil em livros e 400 mil em livretos.

Leia mais em: https://correio.news/bau-de-memorias/therezinha-oliveira-clareza-no-entendimento-e-na-expressao?rq=therezinha%20de%20oliveira





Uma Fábrica de Loucos: Psiquiatria X Espiritismo no Brasil

 


Com o objetivo de investigar os motivos que levaram à interpretação da mediunidade como “loucura espírita”, a historiadora Angélica Silva de Almeida realizou vasta pesquisa sobre o espiritismo e a psiquiatria na primeira metade do século 20, quando experiências mediúnicas espíritas passaram a ser interpretadas como causa ou manifestação de doenças mentais, provocando vários embates entre espíritas e psiquiatras, que resultaram em diversas publicações em livros, artigos científicos e imprensa leiga.

Angélica, que lançou em livro sua tese de doutorado em história — “Uma fábrica de loucos: psiquiatria x espiritismo no Brasil” (1900-1950), ed. Dialética —, explica como se deu a resolução desse conflito, que coincidiu com a conquista de diferentes espaços, tanto da psiquiatria como do espiritismo. Isso não só marcou como definiu a história do movimento espírita no Brasil. Saiba por quê.

Leia mais em: https://correio.news/entrevista/uma-fabrica-de-loucos-psiquiatria-x-espiritismo-no-brasil








Suicídio

 


O suicídio é uma ação intencional em que o ser humano dá cabo da própria vida. Dos atos humanos, é o mais sério, pois para aqueles que o praticam a vida lhes carece de sentido, de fundamento. O tema suicídio comporta vários aspectos: psicológico, filosófico, sociológico e religioso. Vê-lo somente por um desses ângulos tisna o reto juízo.

As causas do suicídio são complexas e numerosas. Na Biologia, pesquisas indicam que fatores genéticos desempenham papel de risco, sendo que a esquizofrenia e o alcoolismo aumentam-no sobremaneira. Na Psicologia, os fatores determinantes estão nas neuroses, nas perturbações mentais, nas depressões graves, nas melancolias, nos delírios. No âmbito da Sociologia, Émile Durkheim afirmou que a causa do suicídio só pode ser sociológica. Para tanto, caracterizou três tipos de suicídios: a) suicídio egoísta, quando a pessoa se mata para não sofrer mais; b) suicídio altruísta, quando a pessoa se mata para não dar trabalho aos outros; c) suicídio anômico, em que o indivíduo se mata devido aos desequilíbrios de ordem econômica e social.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calculou em 1 milhão o número de suicídios para o ano de 2000. De acordo com a organização, a média anual de suicídios no mundo passou de 10,1 (em 1950), para 16 casos (em 1995) a cada 100.000 habitantes, correspondendo a um aumento de 60%. Na Ásia e Oriente a taxa de suicídio por 100.000 habitantes é mais do que 16, na América do Norte situa-se entre 8 e 16, na América do Sul apresenta-se com menos de 8 e na África não há dados disponíveis. Em números absolutos, a China lidera as estatísticas, com 195 mil suicídios no ano de 2000, seguido pela Índia com 87 mil, a Rússia com 52,5 mil, os Estados Unidos com 31 mil, o Japão com 20 mil e a Alemanha com 12,5 mil.

Dada a gravidade do fato, ou seja, alguém dar cabo da própria vida, há inúmeros órgãos, a maioria não governamentais, que tentam auxiliar em sua prevenção. A maioria baseia-se no trabalho pioneiro do Reverendo britânico Chad Varah, de 89 anos, criador do Samaritanos, atendimento pelo telefone. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é bastante conhecido. Além deste, há também, o Socorro Emocional , que do mesmo modo que o CVV, segue os preceitos o psicólogo norte-americano Carl Rogers, cuja tese é a de que todo o ser humano tem potencial suficiente para encontrar saídas para o seu próprio problema.

No âmbito da Doutrina Espírita, Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos diz-nos que ele é um crime, porque além de obstruir o livre arbítrio, é uma violação às leis de Deus. Em O Céu e o Inferno, relata as experiências dos Espíritos que cometeram o suicídio. No livro Nosso Lar, o Espírito André Luiz se vê às voltas com o suicídio inconsciente. Baseados nessas instruções, o Espírita deve opor-se à ideia do suicídio, pois a certeza da vida futura lhe dá condições de saber que será menos ou mais feliz de acordo com a resignação com que tiver suportado os sofrimentos na Terra.

Tenhamos paciência frente aos nossos problemas. Quem sabe se esperarmos um pouco mais, a dificuldade não toma outro rumo, a doença não recebe o remédio correto, o desgosto não tem o consolo necessário? Depositemos a nossa confiança inteiramente em Deus. Ele sabe o momento oportuno de nos tirar do embaraço.

Fonte de Consulta

SILVA, B. (coord.) Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1986. 

Enciclopédia Encarta.http://encarta.msn.com

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.

Extraído de: http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/suicdio-e-espiritismo.html

Para mais informações, consultar: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/suic%C3%ADdio



Tributo a Zé Arigó


José Domingos Brito, no Jornal da Besta Fubana, publicou um texto referente à vida de Arigó, que tomamos a liberdade de reproduzir neste blog, inclusive o pequeno vídeo: 


José Pedro de Freitas nasceu em Congonhas do Campo, MG, em 18/10/1921. Célebre médium e dirigente do Centro Espírita Jesus Nazareno, ganhou fama internacional devido a milhares de cirurgias realizadas por intermédio de um espírito alemão, denominado Dr. Fritz. Foi contemporâneo e amigo de Chico Xavier, Divaldo Franco e Herculano Pires, destacados espíritas da época.

Filho de Maria André de Freitas e Antônio de Freitas Sobrinho, família humilde de sitiantes. Estudou até o 3º ano do curso primário e recebeu o apelido “Arigó”, que significa roceiro, matuto, analfabeto. Aos 15 anos ingressou numa empresa de mineração, onde trabalhou por 6 anos, e prestou concurso para trabalhar como funcionário público no IAPTC, atual INSS, onde permaneceu até o fim da vida. A partir de 1950 passou a sentir fortes dores de cabeça, ter visões de uma brilhante luz e ouvir uma voz gutural em outro idioma. Acreditou encontrar-se à beira da loucura e procurou tratamento por 3 anos sem melhora ou diagnóstico.

Em seguida teve um sonho nítido, junto com a voz que o atormentava, vendo uma pessoa robusta e calva, com avental branco supervisionando alguns médicos e enfermeiros numa sala cirúrgica em torno de um paciente. O sonho se repetiu mais algumas vezes e o personagem apresentou-se como o médico alemão Adolph Fritz, falecido durante a I Guerra Mundial sem completar sua obra. Mesmo ignorando o idioma, Arigó compreendeu a mensagem que lhe foi dirigida. Ele fora escolhido como médium para completar a obra do médico. Nessa tarefa ele seria ajudado por outros médicos e enfermeiros.

Acordou do sonho assustado e saiu correndo pela rua aos gritos e, de volta à sua casa, chorou copiosamente. Novos exames clínicos e psicológicos foram realizados sem sucesso, contando até com sessões de exorcismo feitas por um padre. Desesperado e sofrendo as interferências do Dr. Fritz, decidiu experimentar as orientações. Pediu a um amigo aleijado para largar as muletas e caminhar. Deu-se o “milagre” e o amigo passou a andar. A partir daí, começou a sentir uma força estranha em suas mãos e um impulso dirigido a procedimentos cirúrgicos no atendimento aos enfermos.

Em 1950 conheceu Carlos Alberto Lúcio Bittencourt, candidato a deputado federal e futuro senador, diagnosticado com um câncer no pulmão e recomendação para uma cirurgia imediata. Devido a campanha eleitoral, o político adiou a cirurgia e convidou Arigó (ex-líder sindical) para realizar comícios em Belo Horizonte. Os dois hospedaram-se no mesmo hotel e na madrugada, segundo relato do próprio político, ele viu a porta de seu quarto se abrir e sentiu a presença de um vulto, que parecia ser Arigó, com uma navalha na mão. Tentou levantar-se, mas sentiu-se dominado por uma prostração que o fez cair adormecido sobre a cama. Na manhã seguinte, acordou com o pijama sujo de sangue e cortado nas costas. O tumor fora removido e o político foi curado.

A fama logo se espalhou e ele abriu uma clínica em Congonhas, atendendo gratuitamente até 200 pessoas por dia. Vinha gente de todos os Estados, EUA, Europa, incluindo Argentina e Chile, que mantinham linha de ônibus regular e direta. O atendimento a numerosos enfermos incomodou os médicos e a Associação Médica de Minas Gerais instaurou um processo acusando-o de curandeirismo. Em 1958 foi condenado a 15 meses de prisão, mas foi indultado pelo presidente Juscelino Kubistschek, cuja filha também foi curada pelo médium. Em novo processo (1964) foi preso de novo e recusou o indulto alegando que “indulto é para criminoso”. Detido por 7 meses, passou a atender alguns enfermos dentro da prisão. Ao ser libertado teve a fama alavancada.

Pouco depois o fenômeno despertou interesse científico internacional. Henri Belk, pesquisador de fenômenos paranormais e Andrija Puharich, especialista em bioengenharia, acompanhados por Jorge Rizzini, conhecido pesquisador espírita, iniciaram uma pesquisa com Arigó. Na ocasião, o Dr. Puahrich teve extraído um lipoma de seu cotovelo num procedimento indolor, em apenas 5 segundos, com um canivete. A cirurgia foi filmada e causou espanto na comunidade científica. Em 1968, mais 2 médicos (Laurence John e P. Aile Breveterd) da William Benk Psychic Foundation vieram investigar o fenômeno. Não alcançaram uma explicação conclusiva, mas comprovaram que a prática do médium não comportava ilusionismo ou feitiçaria, declarando que 95% dos diagnósticos do médium eram corretos e que suas cirurgias só eram possíveis devido à sua sensibilidade, explicável apenas à luz da parapsicologia

Arigó faleceu em 11/1/1971 num acidente de carro e teve sua vida esmiuçada pela imprensa, em diversos artigos acadêmicos e biografias: COMENALE, Reinaldo. Zé Arigó, a oitava maravilha. B.Horizonte (1968), Ed. Boa Imagem, com prefácio de Chico Xavier; FULLER, John Grant. Arigo: surgeon of the rusty knife. New York (1974), Ed. Thomas Y. Crowell; OLIVEIRA, Leida Lúcia. Cirurgias espirituais de José Arigó. B. Horizonte (2014), AME Editora. A história do espírito Arigó ficou a cargo de seu amigo e pesquisador José Herculano Pires, com o livro que se tornou clássico na literatura sobre o espiritismo: Arigó: vida, mediunidade e martírio, reeditado diversas vezes e pode ser consultado gratuitamente na Internet.

O fenômemo Arigó durou de 1950 a 1970 e passou mais de 50 anos esquecido do grande público. Agora há pouco, em meados de 2019, o cinema veio resgatar sua história com o filme Predestinado: Arigó e o espírito do Dr, Fritz, previsto para exibição em 2021, ano do centenário do médium. Porém, a pandemia interrompeu o projeto, que foi adiado para setembro de 2022. Trata-se de um belo filme dirigido por Gustavo Fernandez numa coprodução da Paramount Pictures e Camisa Listrada, contando com grande elenco.


Reverenciando Allan Kardec (03/10/1804)



Hippolyte-Léon Denizard Rivail nasceu em 3 de outubro de 1804. Allan Kardec, seu pseudônimo, surgiu a partir do lançamento de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, um tratado sobre a filosofia espiritualista.

Por que reverenciar Allan Kardec?

Ele foi o codificador do Espiritismo, um marco no progresso moral e espiritual da humanidade.

A Doutrina Espírita, reunindo os princípios fundamentais do Espiritismo, transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para se tornar uma realidade. O que era motivo de especulação e zombaria passa a ter explicações lógicas. E não foram os seres humanos que descobriram através de concepções particulares; foram os próprios habitantes do mundo espiritual que nos vieram descrever essa situação.

Kardec

Lembrando o Codificador da Doutrina Espírita, é imperioso estejamos alertas em nossos deveres fundamentais.

Convençamo-nos de que é necessário:

sentir Kardec;

estudar Kardec;

anotar Kardec;

meditar Kardec;

analisar Kardec;

comentar Kardec;

interpretar Kardec;

cultivar Kardec;

ensinar Kardec;

divulgar Kardec...

Que é preciso cristianizar a Humanidade é afirmação que não padece dúvida; entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação. (Cópia do capítulo 11 (Emmanuel) — do livro “Caminho Espírita”, pelos Espíritos Diversos) 

 

Amalia Domingo Soler

 


Amália Domingo Soler (1835-1909) foi uma escritora, costureira e grande expoente do movimento espírita espanhol. 

Para saber mais sobre a biografia da médium espanhola, leia o texto extraído do livro "Reencarnação e Vida", de sua autoria. 

Breve nota biográfica

Amália Domingo Soler nasceu em Sevilha, aos 10 de dezembro de 1835.

Com oito dias de idade, e durante três meses, ficou cega, tendo sido curada por um farmacêutico.

Quando tinha 10 anos de idade começou a escrever poesias.

Aos 18 anos, publicou seus primeiros versos.

Contava 25 anos quando faleceu sua genitora, deixando-a só no mundo. Educada e tratada como uma princesa, daí para frente abriu-se-lhe uma estrada de sofrimentos. Quando escassearam suas posses, os parentes, que a alimentaram provisoriamente, sugeriram seu ingresso num convento, o que repeliu de pronto. Depois, tentaram convencê-la a casar-se com um velho abastado, solução que também não aceitou.

Preferiu ganhar a própria vida, costurando e escrevendo, e como em Madrid teria melhor paga, mudou-se para lá.

Mas, trabalhando dia e noite, seus olhos não suportaram a tarefa, e em pouco tempo, viu-se quase cega. Impedida de ganhar o seu sustento, ia procurar, nas casas das senhoras que lhe davam serviço, o que comer. Desesperada, vagou pelos templos católicos e protestantes procurando uma mensagem que a consolasse. Sua situação piorava dia a dia. Chegou a ir buscar sua sopa em uma instituição que atendia os mendigos.

O médico que cuidava de seus olhos — um materialista — certo dia falou-lhe de uns "loucos", os espiritistas, que procuram explicar todas as dores, e prometeu-lhe trazer um jornal que recebia "El Critério". Na simples leitura do jornal, Amália identificou-se com os ensinamentos espíritas.

Passou a procurar uma família de espíritas que tivesse as obras de Kardec e, apesar de sua semi-cegueira, leu-as afanosamente ganhando uma convicção absoluta.

Certa manhã, sentiu uma sensação estranha e dolorosa na cabeça, como se estivesse cheia de neve. Daí a instantes, ouviu uma voz que lhe dizia: Luz!. . . Luz!. . . e recobrou, quase que inteiramente, a visão.

Principiou, então, a escrever. Mandou uma poesia para a redação do "El Critério" que foi publicada. Mandou outra para o jornal "La Revelación" que, além de publicá-la, ofereceu-lhe suas colunas para que escrevesse a respeito do Espiritismo.

Seu primeiro artigo sobre matéria doutrinária, foi publicado pelo "El Critério", em seu número 9 e na primeira página, em 1872 — há cem anos, portanto — e se intitulava "A Fé Espírita".

Começou a frequentar a Sociedade Espiritista Espanhola, onde se fez querida e apreciada. A 4 de abril de 1874, quando a sociedade comemorava o aniversário de Allan Kardec, Amália foi convidada a declamar uma poesia, que ela própria escrevera, intitulada "A Ia memória de Allan Kardec". Tanto foi seu sucesso que, daí para diante, participou de muitos trabalhos da Sociedade.

Trabalhava de dia e escrevia à noite. Muitos jornais espíritas passaram a reclamar sua colaboração.

Foi Fernandes Colavida quem lhe presenteou com a coleção completa das obras de Kardec, em cujos ensinos, desde os primeiros dias, orientou seus trabalhos.

Convidada a ir para Alicante, os membros da sociedade espiritista, quiseram tomá-la sob sua proteção para que dedicasse todo o seu tempo ao Espiritismo. Amália abominou a ideia de viver às custas da Doutrina. Queria ganhar o próprio sustento apesar da cegueira que a ameaçava, pois, costurando consumia seus olhos no trabalho.

De Alicante foi para Múrcia onde os espíritas a receberam de braços abertos. Permaneceu ali 4 meses convalescendo de uma enfermidade. Como em Múrcia havia pouco trabalho para ela, em fevereiro de 1876 voltou para Madrid.

A 20 de junho de 1876, convidada pelo Circulo "La Buena Nueva", foi para Barcelona. Quis iniciar seu trabalho de costureira, mas o Presidente do Círculo, Luís Llach profetizou-lhe que em 3 meses ficaria cega; se escrevesse, no entanto, para o Espiritismo teria a visão pelo resto dos seus dias. Amália não se submeteu e, ao cabo de 3 meses, quase não podia ver.

A 10 de agosto de 1876, mudou-se para a casa de Luís. Convencida da sua desvalia dedicou-se a escrever para os jornais espíritas. Luís a estimulava continuamente e foi esse homem generoso que se erigiu em seu protetor, quem a impulsionou no trabalho doutrinário.

Frequentava o Círculo, nessa época Miguel Vives e, através da sua mediunidade, Amália recebeu extensa e terna comunicação do Espírito de sua mãe, cujas palavras levantaram decididamente seu ânimo.

Em breve, revelou-se no Círculo um médium sonâmbulo notável, Eudaldo, que se tornou companheiro dedicado de Amália e recebeu grande número das mensagens contidas neste volume.

Em fins de agosto de 1877, Luís Llach pediu-lhe que contestasse um artigo publicado pelo "Diário de Barcelona" com o nome de "El mundo de los Espíritus" em que se ridicularizava o Espiritismo chamando-o de "Monstruosidade".

Amália iniciou a polêmica com a réplica publicada pela "Gaceta de Cataluna".

Em abril de 1878, instada por Luís, Amália rebateu as críticas ao Espiritismo feitas por Manuel Lasarte e publicadas pelo "Ateneo Libre".

Em novembro de 1878, o orador católico Vicente de Manterola iniciou uma série de conferências combatendo a Doutrina. Amália ia assistir a essas conferências e refutava seus argumentos pela "Gaceta de Cataluna".

Ao iniciar o ano de 1879, Manterola publicou "El Satanismo o sea, Ia Cátedra de Satanás, combatida desde Ia Cátedra dei Espíritu Santo — Refutación de los errores de Ia Escuela Espiritista". Em 5 de março, Amália começou a refutar sua obra, o que fez em 46 artigos. Esses artigos, e os anteriores, foram enfeixados pelo editor Juan Torrents que publicou um livro intitulado "El Espiritismo refutando los errores dei Catolicismo".

Luís Llach e Juan Torrents convenceram Amália a dirigir um jornal espírita, que pretendiam fundar e, a 22 de maio de 1879, saiu o primeiro número de "La Luz dei Porvenir". A edição foi denunciada tendo em vista um artigo redigido por Amália sob o título de "La idea de Dios", sendo a publicação suspensa por 42 semanas. Todavia, a 12 de junho, saía a publicação de um novo jornal "El eco de Ia Verdad", que publicou 26 números, até o reaparecimento de "La Luz dei Porvenir" a 11 de dezembro. Desde então, o "Luz" foi a grande seara de trabalho da notável pioneira do Espiritismo espanhol.

A 9 de maio de 1879, pela primeira vez, se manifesta seu guia espiritual — Padre Germano — através da mediunidade de Eudaldo, estimulando-a a prosseguir sem desfalecimento.

Em julho de 1880, Luís entregou a Amália 3 volumes de conferências pronunciadas pelo padre Lianas, que foram refutadas em 15 artigos publicados pelo "La Luz dei Porvenir" e transcritos pela "Gaceta de Cataluna".

Em março de 1884, o padre Sallarés deu, na Catedral de Barcelona uma série de conferências contra o Espiritismo, e Amália combateu seus argumentos em 10 artigos publicados pelo "Luz" e por "El Dilúvio".

Em fevereiro de 1885, o jesuíta padre Fita falou na Catedral de Barcelona sobre o Espiritismo e através do "Luz" Amália o refutou em 9 artigos que foram transcritos por "El Dilúvio".

Quando a mediunidade de Eudaldo eclipsou-se, foi ao seu encontro uma amiga — Maria — cujos dons mediúnicos desabrochavam que se ofereceu para trabalhar com ela. Através da sua mediunidade, recebeu muitas das páginas enfeixadas neste livro.

Amália era médium inspirada e, na leitura deste volume, pode-se identificar, com facilidade, os trabalhos que foram recebidos por ela mesma.

Até os últimos dias, a grande missionária viveu a braços com enfermidades redentoras e, principalmente, com a cegueira, que foi sua provação maior.

Os dados que anotamos foram retirados das "Memórias" que escreveu em vida. Depois de desencarnada, em 10 de julho de 1912, por intermédio da médium Maria, completou suas memórias narrando suas angústias e sofrimentos, sua certeza e sua luta.

Amália Domingo Soler, a quem todos nós espíritas devemos uma existência inteira dedicada ao trabalho de iluminação da Humanidade, desencarnou na madrugada de 29 de abril de 1909, quando contava 73 anos de idade. 

Aécio Chagas

 


Aécio Pereira Chagas (1940-2022, autor de numerosos artigos especializados, publicados em periódicos nacionais e do Exterior, bem como de diversos livros didáticos e de divulgação científica, foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências, integrando outras prestigiosas instituições acadêmicas, como a Sociedade Brasileira de Química, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Sociedade Portuguesa de Química e a Royal Society of Chemistry, de Londres.

Como espírita, Aécio também deixou indelével marca. Contribuiu de forma ininterrupta durante décadas em diversas atividades da seara espírita, especialmente no Grupo Espírita Casa do Caminho, de Campinas, onde coordenou reuniões públicas e grupos de estudo, inspirando a todos com seu exemplo de desinteressada dedicação, modéstia e generosidade.



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