O suicídio é uma
ação intencional em que o ser humano dá cabo da própria vida. Dos atos humanos,
é o mais sério, pois para aqueles que o praticam a vida lhes carece de sentido,
de fundamento. O tema suicídio comporta vários aspectos: psicológico, filosófico,
sociológico e religioso. Vê-lo somente por um desses ângulos tisna o reto
juízo.
As causas do suicídio são complexas e numerosas. Na Biologia, pesquisas indicam que fatores
genéticos desempenham papel de risco, sendo que a esquizofrenia e o alcoolismo
aumentam-no sobremaneira. Na Psicologia,
os fatores determinantes estão nas neuroses, nas perturbações mentais, nas
depressões graves, nas melancolias, nos delírios. No âmbito da Sociologia, Émile Durkheim afirmou que a
causa do suicídio só pode ser sociológica. Para tanto, caracterizou três tipos
de suicídios: a) suicídio egoísta,
quando a pessoa se mata para não sofrer mais; b) suicídio altruísta, quando a pessoa se mata para não dar trabalho
aos outros; c) suicídio anômico, em
que o indivíduo se mata devido aos desequilíbrios de ordem econômica e social.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calculou em 1 milhão o
número de suicídios para o ano de 2000. De acordo com a organização, a média
anual de suicídios no mundo passou de 10,1 (em 1950), para 16 casos (em 1995) a
cada 100.000 habitantes, correspondendo a um aumento de 60%. Na Ásia e Oriente
a taxa de suicídio por 100.000 habitantes é mais do que 16, na América do Norte
situa-se entre 8 e 16, na América do Sul apresenta-se com menos de 8 e na
África não há dados disponíveis. Em números absolutos, a China lidera as
estatísticas, com 195 mil suicídios no ano de 2000, seguido pela Índia com 87
mil, a Rússia com 52,5 mil, os Estados Unidos com 31 mil, o Japão com 20 mil e
a Alemanha com 12,5 mil.
Dada a gravidade do fato, ou seja, alguém dar cabo da
própria vida, há inúmeros órgãos, a maioria não governamentais, que tentam
auxiliar em sua prevenção. A maioria baseia-se no trabalho pioneiro do
Reverendo britânico Chad Varah, de 89 anos, criador do Samaritanos, atendimento
pelo telefone. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é bastante
conhecido. Além deste, há também, o Socorro Emocional , que do mesmo modo que o
CVV, segue os preceitos o psicólogo norte-americano Carl Rogers, cuja tese é a
de que todo o ser humano tem potencial suficiente para encontrar saídas para o
seu próprio problema.
No âmbito da Doutrina Espírita, Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos diz-nos que ele é
um crime, porque além de obstruir o livre arbítrio, é uma violação às leis de
Deus. Em O Céu e o Inferno, relata as experiências dos Espíritos que cometeram o
suicídio. No livro Nosso Lar, o
Espírito André Luiz se vê às voltas com o suicídio inconsciente. Baseados
nessas instruções, o Espírita deve opor-se à ideia do suicídio, pois a certeza
da vida futura lhe dá condições de saber que será menos ou mais feliz de acordo
com a resignação com que tiver suportado os sofrimentos na Terra.
Tenhamos paciência frente aos nossos problemas. Quem sabe
se esperarmos um pouco mais, a dificuldade não toma outro rumo, a doença não
recebe o remédio correto, o desgosto não tem o consolo necessário? Depositemos
a nossa confiança inteiramente em Deus. Ele sabe o momento oportuno de nos
tirar do embaraço.
Fonte de Consulta
SILVA, B. (coord.) Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1986.
Enciclopédia Encarta.http://encarta.msn.com
KARDEC, A. O Livro
dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
Extraído de: http://sbgespiritismo.blogspot.com/2008/07/suicdio-e-espiritismo.html
Para mais informações, consultar: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/suic%C3%ADdio
0 comentários:
Postar um comentário