Sobre o Espírito de Sistema


O que significa a expressão “espírito de sistema” a que Kardec se refere em suas obras?  

A expressão “espírito de sistema” sempre surge em discussões de grupos de estudos espíritas, especialmente em fóruns livres de debates, em ambientes presenciais ou virtuais. 

O conceito estrutural da expressão é a atitude de reduzir tudo a sistema, um conjunto de preceitos organizados, para atuar com juízo preconcebido. Também pode ser enquadrado como a atitude de (cega) obediência à ideia de um filósofo, de um religioso, de um determinado pensador, na intenção de tudo condicionar, em termos interpretativos, a uma situação preestabelecida, estanque, deixando quase nula margem para a liberdade, o livre-arbítrio. 

O espírito de sistema, portanto, levado a cabo pelos adeptos do espiritismo, resultaria em dogmatismo e pretensa superioridade sobre outras crenças ou filosofias, não permitindo que cada um construa em torno de si ambientes mais arejados e dispostos à progressividade das ideias, tal como asseverou o professor Rivail. 

De início, havia muito de “espírito de sistema”, sobretudo cristão, católico-protestante, no homem Rivail, em face de suas convicções, formação e personalidade, naquela e em encarnações anteriores. Mas, mesmo assim, já como Kardec, ele foi se libertando de tais amarras. Por exemplo, em janeiro de 1866, na Revue Spirite, referindo-se à questão da prece, afirmou: 

“Se o espiritismo proclama a sua utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar a sua eficácia e seu modo de ação. Desde que, pelas leis dos fluidos, compreendemos o poder do pensamento, também compreendemos o da prece, que é, também ela, um pensamento dirigido para um fim determinado”.

Leia mais em: https://correio.news/quem-pergunta-quer-saber/sobre-o-espirito-de-sistema


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