O que é a nossa alma.

Selecionamos mais um artigo organizado pelo nosso presidente Sérgio Biagi Gregório, que está relacionado e publicado no site do Centro Espírita Ismael. Neste artigo, temos os conceitos, histórico e explicações sobre a nossa alma. "A Alma e a Imortalidade" – por  Sérgio Biagi Gregório -  SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Histórico. 4. Alma: 4.1. A Alma para os Materialistas; 4.2. A Alma para os Panteístas; 4.3. A Alma para os Espiritualistas. 5. Morte: 5.1. Experiência Universal; 5.2. Questões para Reflexão; 5.3. O Temor da Morte. 6. Vida Futura: 6.1. O Nada; 6.2. Absorção no Todo; 6.3. O Céu e o Inferno; 6.4. Progresso Ininterrupto do Espírito. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO - Tudo acaba com a morte ou existe algo que sobrevive à decomposição do corpo físico? Se existe, para onde vai? Qual o seu destino? Para responder a essas questões, dividimos este estudo em três tópicos, que são: a alma, a morte e a vida futura.
2. CONCEITO - Alma – Do latim anima, semelhante à palavra grega anemos (vento) significa ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. Para o Espiritismo, a alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo o seu envoltório. Imortalidade - Sob a forma negativa (prefixo negativo – i), o termo exprime a noção essencialmente positiva, de vida-sem-fim, daquilo que não é submetido à morte. Excetuando-se o seu uso metafórico, a imortalidade é antes de tudo uma hipótese metafísica – de origem religiosa –, que concerne à alma, sustentada pelo conjunto da filosofia espiritualista desde a antiguidade.
3. HISTÓRICO -  Não se sabe exatamente quando entrou no espírito do homem a idéia de sobrevivência depois da morte. No período paleolítico (2.500.000 a.C a 12.000 a.C.) não há prova de sua existência. Somente a partir do período neolítico (12.000 a.C. a 4.000 a.C.) é que se encontram vestígios, principalmente pelos ornamentos, armas e alimentos deixados perto dos mortos.  No antigo Egito, a convicção da existência de uma vida futura era categórica, principalmente para os que eram embalsamados. Na índia, desenvolveu-se a doutrina da metempsicose, a possibilidade da alma voltar num corpo de animal. O Budismo ofereceu socorro com sua esperança no Nirvana. Na Pérsia, o mazdeísmo proclamou, desde 3.º século a.C., a doutrina da ressurreição. A concepção da ressurreição apresenta-se pela primeira vez, na literatura judaica, no livro de Daniel, escrito cerca de 165 a.C.
Os argumentos de Sócrates e de Platão, tão difundidos no âmbito da filosofia, não foram os primeiros; apenas mostraram a tendência crítica de dar base racional a uma idéia admitida por muitos.  Grande parte do êxito do cristianismo foi sem dúvida a crença na vida futura, que oferecia salvação a todos os homens, independentemente de cor, sexo ou posição social. Na época do Renascimento e do desenvolvimento das ciências naturais, começaram a exprimir-se dúvida quanto à idéia da imortalidade da alma.   Hoje convivemos com essas duas crenças: de um lado o materialismo que nega a existência da alma após a morte e do outro o espiritualismo que a corrobora. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
4. ALMA - Allan Kardec analisa o termo sob três aspectos:
4.1. ALMA PARA OS MATERIALISTAS - "Segundo uns, a alma é o princípio da vida orgânica material; não tem existência própria e se extingue com a vida: é o puro materialismo. Neste sentido, e por comparação, dizem de um instrumento quebrado, que não produz mais som, que ele não tem alma. De acordo com esta opinião, a alma seria um efeito e não uma causa". (Kardec, 1995, p. 16)
4.2. A ALMA PARA OS PANTEÍSTAS - "Outros pensam que a alma é o princípio da inteligência, agente universal de que cada ser absorve uma porção. Segundo estes, não haveria em todo o Universo senão uma única alma, distribuindo fagulhas para os diversos seres inteligentes durante a vida; após a morte, cada fagulha volta à fonte comum, confundindo-se no todo, como os córregos e os rios retornam ao mar de onde saíram". (Kardec, 1995, p. 16)
4.3. A ALMA PARA OS ESPIRITUALISTAS -  "Segundo outros, enfim, a alma é um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva a sua individualidade após a morte. Esta concepção é incontestavelmente a mais comum, porque sob um nome ou outro a idéia desse ser que sobrevive ao corpo se encontra em estado de crença instintiva, e independente de qualquer ensinamento, entre todos os povos, qualquer que seja os eu grau de civilização. Essa doutrina, para qual a alma é causa e não efeito, é dos espiritualistas". (Kardec, 1995, p. 16).  Haveria necessidade de três palavras diferentes para expressar cada uma das idéias. Assim, Allan Kardec acha que o mais lógico é tomá-la na sua significação mais vulgar, e por isso chamamos alma ao ser imaterial e individual que existe em nós e sobrevive ao corpo.

5. MORTE
5.1. EXPERIÊNCIA UNIVERSAL -  A morte é uma experiência universal. Todo o ser humano nasce, cresce, luta, sonha, traça planos, constrói para o futuro para, finalmente, ceder à morte. Para muitos é uma hora de tristeza, de melancolia; para outros, é como um alívio pelo cumprimento dos pesados deveres de sua existência. As diversas culturas e religiões dão suas contribuições para a compreensão do tema. O Dr. Frank Mahoney, professor de Antropologia da Universidade do Havaí, por exemplo, mostrou a diferença entre a cultura americana e a da sociedade Micronésia, a dos Trukeses. Enquanto os americanos negam a morte e o envelhecimento; os habitantes das ilhas Truk (Pacífico) ratificam-na. Em termos religiosos, o Hinduismo afirma que a alma ou essência espiritual (atman) do indivíduo é eterna: o Budismo, que a vida depois da morte é um problema sobre o qual nada pode ser dito; o Catolicismo, que a vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório.
5.2. QUESTÕES PARA REFLEXÃO - Quem deixa quem: é o Espírito que deixa o corpo ou o corpo que deixa o Espírito? É doloroso o instante da morte? A morte do homem justo difere da do injusto? Deve-se cremar o cadáver ou enterrá-lo naturalmente? O que leva uma pessoa temer a morte? Por que o Espírita não deve temer a morte?

5.3. O TEMOR DA MORTE - Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, trata exaustivamente do problema da morte. Diz-nos que o temor da morte decorre da noção insuficiente da vida futura, embora denote também a necessidade de viver e o receio da destruição total. Segundo o seu ponto de vista, o espírita não teme a morte, porque a vida deixa de ser uma hipótese para ser realidade. Ou seja, continuamos individualizados e sujeitos ao progresso, mesmo na ausência da vestimenta física.

6. VIDA FUTURA - Baseando-nos nas concepções de alma dada por Allan Kardec, podemos esperar as seguintes perspectivas para a vida futura:

6.1. O NADA -  O Niilismo - do lat. nihil, nada, fruto da doutrina materialista - significa ausência de toda a crença. Como a matéria é a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Os adeptos do materialismo incentivam o gozo dos bens materiais, dizendo que quanto mais usufruirmos deles, mais felizes seremos. Como se vê, a conseqüência do niilismo é a corrida em busca do dinheiro, da projeção social e do bem-estar material.
6.2. ABSORÇÃO NO TODO - O Panteísmo – do grego pan, o todo, e Theos, Deus – significa absorção no todo. De acordo com essa doutrina, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum. As conseqüências morais dessa doutrina são semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo, sem individualidade e sem consciência de si, é como não existir.

6.3. CÉU E INFERNO - O Dogmatismo Religioso afirma que a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada: os que morreram em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Essa visão deixa sem respostas uma série de anomalias que acompanham a humanidade, como, por exemplo, os aleijões e a idiotia.

6.4. PROGRESSO ININTERRUPTO DO ESPÍRITO -  Para o Espiritismo, a vida espiritual é a vida normal; a vida corpórea é uma fase temporária em que o Espírito se reveste de um envoltório material e de que se despe por ocasião da morte. O Espiritismo mostra-nos que o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. Aqueles que praticam o bem evoluem mais rapidamente e fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins". Os que praticam o mal recebem novas oportunidades de melhoria, através das inúmeras encarnações. Importa salientar que uma vez no mundo dos Espíritos, eles continuam com sua individualidade, sujeita a um ininterrupto progresso.

7. CONCLUSÃO - A imortalidade da alma é um fato concreto. Cabe-nos, assim, com o auxílio das explicações racionais e convincentes do Espiritismo, pautar a nossa vida segundo os ensinamentos morais deixados por Jesus.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.

O Espiritismo e o Terceiro Milênio

 

Dando sequência aos artigos de nossos companheiros do Centro Espírita Ismael, trazemos um texto do Dr. Bismael B. Moraes, de dezembro de 2007, mas que sempre está atualizado pelo assunto que enfoca.  Esses artigos estão publicados também no site http://www.ceismael.com.br, coordenado pelo nosso presidente Sérgio Biagi Gregório.

Algumas Anotações sobre o Espiritismo e o Terceiro Milênio -  por Bismael B Moraes(*) - Muitas pessoas têm repetido, sem maior reflexão, que "o mundo passará por grandes mudanças e será melhor a partir do terceiro milênio". Entretanto, quando assim falam, não se referem ao "3º milênio da Era Cristã" (tomando por base o nascimento do Cristo, para os que se apresentam como seguidores do cristianismo). Parecem esquecer a recomendação do Mestre Jesus: "Conhece a verdade, e a verdade te libertará". E o Espiritismo, por suas conseqüências religiosas, é a doutrina da fé raciocinada. Ensina essa doutrina que não basta decorar o que se tenha lido ou ouvido, mas pede que pensemos a respeito de tudo, para que, conscientemente, tenhamos certeza do que sentimos e estejamos sempre prontos a aprender. Deve ser assim para quem se imagine adepto do Espiritismo cristão.

Baseada no tripé - filosofia, ciência e moral religiosa -, a Doutrina Espírita, também conhecida como a Terceira Revelação trazida pelos Espíritos superiores, registrada e perenizada na Codificação de Allan Kardec, é conhecida pelos seus seguidores e estudiosos - repetimos – como a "Doutrina da Fé Raciocinada". Com ela, além de analisarmos sobre o que somos, de onde viemos, o que estamos fazendo na Terra e para onde vamos após o desencarne (a morte do corpo), aprendemos que não devemos apenas repetir o que lemos e ouvimos, pois temos, como Espíritos encarnados, seres inteligentes da Natureza e com tarefas definidas para o nosso progresso, a obrigação de raciocinar acerca de tudo e só aceitar aquilo que possa enfrentar a ciência, face a face, sem temer a verdade. Somos dotados do livre-arbítrio por Deus e podemos escolher, conscientemente, sobre o que entendemos como certo e bom.
A ciência prova que a Terra existe há bilhões de anos. A origem do ser humano, segundo os pesquisadores, remonta a três bilhões de anos. E os registros históricos mostram que as religiões e as manifestações das crenças têm milhões de anos, com as mais variadas formas de misticismo e os questionamentos de seus seguidores. As civilizações do mundo criaram seus horóscopos, marcando o tempo de nascimento de suas sociedades, e têm seus calendários, nem sempre cientificamente comprovados, mas dogmaticamente seguidos e festejados. Assim, fala-se de horóscopo chinês, horóscopo asteca, horóscopo incaico, horóscopo indiano, e outros, bem como de calendário egípcio, calendário grego, calendário judaico, calendário romano, calendário muçulmano, calendário eclesiástico, etc, com base em costumes e tradições.
Por exemplo, a civilização dos Incas existiu desde 20.000 a 100 anos antes de Cristo (a.C.); a civilização africana conta registros de pinturas de 6000 anos a.C.; a civilização egípcia, mais de 4000 anos a.C., assim como a civilização judaica; a civilização grega é de mais de 3000 anos a.C.; a indiana, além de 2500 anos a.C., como também a chinesa, e há outros registros que podem ser pesquisados. Veja-se, a propósito, que em 15 de setembro de 2007, foi comemorado por Israel o Ano 5767, e a China, em 2007, comemorou o Ano 4704, e outros apontamentos históricos poderiam ser lembrados.
Ainda, se fizermos uma busca na história das religiões, encontraremos, em várias épocas e em lugares mais diversos, Espíritos altamente evoluídos: são os chamados reveladores, missionários, guias ou líderes religiosos que, com os seus ensinamentos, foram e são bases morais para seus povos ou seguidores. Poderíamos citar alguns, como exemplos: Krishna, que viveu por volta do ano 2100 a.C. (antes de Cristo) e ensinava que "quando o corpo se dissolve, a alma vai para a região de seres puros; se a paixão a domina, ela vem de novo habitar a Terra"; depois, Moisés, cerca de 1700 anos a.C. (antes de Cristo), com o judaísmo, que originou a seita do cristianismo, a ele creditando-se a origem do Dez Mandamentos; em seguida, os divulgadores do bramanismo, mais ou menos 1400 a.C. (antes de Cristo), tendo o Brama como criador, superior, absoluto, com base no Livro dos Vedas, envolvendo ainda costumes, dogmas, mistérios, sacrifícios; e, já próximo dos 700 anos a.C. (antes de Cristo), veio Budha, dele nascendo o budismo, ensinando a "colocação da humanidade no caminho da mora.l e da Lei Divina"; mais adiante, viria Lao-Tse, na China, cerca de 600 anos a.C. (antes de Cristo), com o taoísmo, aconselhando "esquecer as ofensas e amar ao próximo como a si mesmo"; e, ainda na China, tem-se o filósofo Confúcio, 550 anos a.C. (antes de Cristo), criando-se o confucionismo, que ensinava: "Faze ao próximo como a ti mesmo; esquece as injúrias, mas não os benefícios"; e chegamos à Era Cristã, com Jesus Cristo e suas lições de amor, justiça, caridade e perdão, nascendo o cristianismo, inicialmente perseguido e, depois, tornando-se religião estatal (aceita pelo Estado Romano), pelo Edito de Milão, no ano 313 depois de Cristo (d.C.), por ato do Imperador Constantino.
Pois bem. Sabemos que "o progresso moral do mundo ou da humanidade se dará pelo progresso individual de cada um dos seus membros", como ensinam os Espíritos. Entretanto, como, via de regra, os espíritas são pessoas interessadas em aprender, aos poucos, vêm se tornando leitores cativos de muitas editoras, ora havendo obras sérias e edificantes, ora encontrando-se livros e artigos que não podem ser aceitos sem maior reflexão... Há, infelizmente, algumas obras e articulistas falando do Terceiro Milênio como se, partindo do ano dois mil da Era Cristã, o mundo estivesse se transformando em um ambiente melhor, e isso não dependesse das descobertas do ser humano em todas as épocas, do seu esforço e de sua reforma íntima, evitando o mal e persistindo no bem, em suas caminhada de progresso, caindo e levantando, sofrendo ou tendo sucesso, chorando e sorrindo, sempre em busca de "conhecer a verdade e se libertar".
Somos espíritas cristãos e, por isso, não podemos esquecer os registros da ciência e os ensinamentos dos Espíritos, bem como das lições de Allan Kardec e de seus seguidores éticos. A história (que é ciência), por exemplo, nos mostra, por intermédio de documentos, que, em razão de inúmeras divergências quanto a data do Nascimento de Jesus, o dia 25 de dezembro (Dia de Natal) foi uma criação do Papa Julio I, no Século IV d.C. (depois de Cristo), para evitar as "datas pagãs".
Ainda recentemente, em artigo para o jornal "Folha de S. Paulo" (12-3-2006, p.2), um dos grandes empresários brasileiros e que tem formação superior, ao criticar a situação econômico-social e política do mundo, depois de falar da China, da Índia, do Irã e dos Estados Unidos, afirmou: "Ninguém poderia imaginar que o século 21 seria aberto com tanta intranqüilidade". (Observe-se que, pelo costume, o articulista sequer se lembra de que estamos no "Século 21 da Era Cristã!).
Neste final, voltamos a chamar a atenção de todos para o ensinamento dos Espíritos superiores: sabemos que o mundo abriga a humanidade e que está é o resultado de bilhões de anos de lenta evolução. Por isso, como adeptos conscientes do Espiritismo, não devemos esquecer que o progresso moral é vagaroso e não se inicia partindo do ano 2001 da Era Cristã, mas é de todas as épocas. Repetimos, com base nas lições da Doutrina Espírita, que a melhoria do Planeta Terra, para todos nós, dependerá do progresso individual de cada ser humano. Devemos aprender a perdoar, a diminuir nosso preconceito e amar ao próximo. E o modelo para isso acha-se na Questão nº 625 de "O Livro dos Espíritos": - Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? E a resposta é: JESUS! Basta que sigamos suas lições e seus exemplos.
Como, de acordo com a ONU – Organização das Nações Unidas -, atualmente, o mundo tem aproximadamente sete bilhões de habitantes, distribuídos por mais de 200 países, e verificando-se, pelas estatísticas, que somente cerca de um terço (1/3) dessa população - mais ou menos 2,5 bilhões - são cristãos, estando os verdadeiros espíritas entre estes, de logo se vê que 2/3 dos povos da Terra não conhecem o cristianismo, mas todos – cristãos ou não - somos amparados pelos Espíritos do bem que, pela graça de Deus, estão em qualquer parte do Universo!
Por isso, como espíritas cristãos, seguidores e divulgadores da fé raciocinada, não estaríamos incorrendo em erro, ao afirmarmos ou aceitarmos, sem reflexão, "o terceiro milênio" (calendário da Era Cristã) como ponto para a regeneração do mundo, quando sabemos que a Terra tem bilhões de anos e que mais de 2/3 dos habitantes do nosso Planeta sequer conhecem os ensinamentos do Cristo, mas que, mesmo assim, há povos não-cristãos evoluindo e evoluídos, pois os Espíritos Mentores se acham em todos os cantos do mundo?
Jesus nos recomendou: orar e vigiar. Nossos alicerces são as lições do Cristo. Deus é a causa primária de todas as coisas. Razão, perplexidade, leveza e sabedoria devem ser dosadas pelo equilíbrio.Tenhamos cuidado com o que lemos e raciocinemos sobre o que ouvimos. Espiritualmente, somos seres eternos, independentemente de nossas concepções doutrinárias ou religiosas. Muita paz.


(*) Bismael B. Moraes, advogado, Mestre em Direito Processual pela USP, membro da UDESP – União dos Delegados de Polícia Espíritas do Estado de S.Paulo, é Diretor de Ensino Doutrinário do Centro Espírita Ismael  e participa de programas da Rádio Boa Nova 1450 AM/Guarulhos-SP e do "Jornal Nova Era" às 5ªs.feiras.


155 anos de "O Livro dos Espíritos"

Não poderíamos deixar de registrar. Espíritas de todo mundo, comemoraram nesta 4ª feira (18 de abril), o aniversário de 155 anos do lançamento da primeira edição de "O Livro dos Espíritos". E para muitos, a data é considerada ponto inicial de propagação da Doutrina Espírita.  O primeiro livro da Codificação, organizado por Allan Kardec, é um agrupamento de perguntas e respostas ditadas pelos espíritos superiores. Para compor a obra, Kardec reuniu respostas semelhantes para as mesmas perguntas feitas por médiuns diferentes em diversas partes do mundo. Aquelas que se confirmavam pela comparação, foram selecionadas para compor a obra.  Pouca gente sabe, mas a primeira edição de O Livro dos Espíritos possui apenas 501 questões. Após seu lançamento, Kardec iniciou um processo de revisão do trabalho que resultou em 1960, no lançamento da segunda edição do livro, já com 1.019 perguntas. Os temas abordados na obra variam desde origem e a destinação futura do homem, até questões fundamentais como o que é Deus. Kardec também se preocupou em apresentar a essência da Doutrina Espírita, mostrando o seu tríplice aspecto que contempla questões filosóficas, a ciência espírita e a religião, ao propor a aproximação do homem a Deus.
"O Livro dos Espíritos" é a obra que contém os princípios da Doutrina Espírita, sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e sua relações com os homens; as leis morais, a vida presente, a vida futura e o futuro da Humanidade segundo os ensinos dados pelos Espíritos Superiores com a ajuda de diversos médiuns. A obra se divide em quatro partes ou livros:
Livro Primeiro – As causas primeiras: aborda a noção de divindade, Criação e elementos fundamentais do Universo.
Livro Segundo – Mundo Espírita ou dos Espíritos: analisa a noção de Espírito e toda a série de imperativos que se ligam a esse conceito, a finalidade de sua existência, seu potencial de auto-aperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria.
Livro Terceiro – As leis morais: trabalha o conceito de Leis de ordem Moral, consideradas como as leis naturais ou Divinas, a que está submetida toda a Criação. São elas: lei de adoração, de trabalho, de reprodução, de conservação, de destruição, de sociedade, de progresso, de igualdade, de liberdade e de justiça, amor e caridade.
Livro Quarto – Esperanças e Consolações: consiste em ponderações sobre o futuro do homem, seu estado após a morte, as alegrias e obstáculos que encontra na vida além-túmulo.

CEIsmael: um pouco de nossa história.

50 Anos de Centro Espírita Ismael. Um pouco de sua grande história foi contada no sábado passado (14/04), com as palestras-depoimentos de Terezinha Sgulmar (atual vice-presidente, diretora de do Departamento Espiritual e instrutora do Curso de Educação Mediúnica-CEM), João Zilio Grillo (sócio fundador e ex-diretor) e José Antenor Gomes Filho (ex-presidente por quatro gestões e instrutor do CEM). Eles puderam dar uma ideia a um público de aproximadamente 50 pessoas como é a fundação de um Centro Espírita e suas responsabilidades morais e espirituais.
Foi uma noite inesquecível. A vice-presidente do Centro Espírita Ismael, Terezinha Sgulmar, fez colocações importantes sobre as responsabilidades e o funcionamento do Centro Espírita, inclusive com referências ao livro "Dimensões Espirituais do Centro Espírita", de autoria de Suely Caldas Schubert. Neste livro, a autora demonstra, com base em extensa e rica bibliografia, que o Centro Espírita não é apenas uma construção física, adequada às necessidades de natureza educativa, mas é, sobretudo, "uma edificação espiritual, cujas bases devem estar fincadas na rocha da Espiritualidade, de onde nascem as legítimas realizações para o engrandecimento moral das criaturas humanas". E um fato muito importante foi a revelação de "croquis" de planta baixa de uma colônia espiritual desenvolvida antes mesmo da fundação do Centro Espírita Ismael – veja mais detalhes/fotos no http://www.facebook.com.br/centroespiritaismael e na íntegra da palestra-depoimento que será brevemente postada no You Tube.
Em seguida, tivemos a palestra-depoimento de João Zilio Grillo que é sócio fundador do Centro Espírita Ismael, que teve uma participação significativa na fase inicial de nossa Casa. Ele foi por muitos anos o tesoureiro principal e com participação ativa em todos os departamentos. O seu irmão Antonio Grillo foi um dos presidentes de nossa Casa, tendo também quase toda a família envolvida nos trabalhos. Em seu depoimento, João Zilio Grillo lembrou das passagens de vários presidentes e trabalhadores. Ele lembrou também as dificuldades da época, inclusive a situação financeira de nosso Centro Espírita e como foi adquirida o imóvel onde está a nossa sede. E mostrou uma passagem importante da primeira reunião mediúnica e a mensagem do mentor para as responsabilidades do Centro Espírita Ismael. 
E fechando a noite de grandes lembranças, o nosso companheiro José Antenor Gomes Filho – que foi quatro vezes presidente de nossa Casa Espírita, nos anos de 1982/1985, 1985/1988, 2000/2003 e 2003/2006 – lembrou outros fatos e como desenvolvemos os trabalhos na Casa. Gomes fez também lembranças como foi adquirido o imóvel de nossa sede, como foram as construções dos prédios da sede e Assistência Social, a compra do terreno e a construção da unidade II/Cursos  e referências a muitos trabalhadores e famílias que passaram pelo nosso Centro Espírita. Com muitas fotos históricas ilustrou essas fases. Não esqueceu dos eventos e das atividades do pessoal da Mocidade, com as gincanas e as peças de teatro.
Todos esses acontecimentos mostram a importância e a responsabilidade de centenas de trabalhadores, que dedicam horas de seus dias para a doação de muito amor aos que frequentam a nossa Casa Espírita. E estamos no ano do Cinquentenário do Centro Espírita Ismael, que se traduz em muita alegria e muitas vibrações a todos. ( Publicamos um álbum com 64 fotos selecionadas das palestras-depoimentos e dos croquis da cidade espiritual Ismael – acesse http://www.facebook.com/centroespiritaismael.  Nos próximos dias, postaremos as íntegras das três palestras-depoimentos no You Tube, com nova nota que aqui será publicada ).


Batuíra, uma vida no Espiritismo.

Em mais uma contribuição de nosso companheiro FÁBIO FADEL, temos agora a biografia/perfil de mais um "Vulto do Espiritismo". Desta vez, a história de Batuíra.
 
ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA (Batuíra) -  Nasceu na Freguesia das Águas Santas, em Portugal, em 19 de março de 1839, filho de camponeses.  Com 11 anos de idade, após concluir o curso primário, sua família veio para o Brasil, morando, inicialmente, por três anos, no Rio de Janeiro; depois mudou para a cidade de Campinas e, mais tarde, foi definitivamente para São Paulo.  Na capital paulista Antônio passou a trabalhar como distribuidor do jornal "Correio Paulista". Nesta época a cidade de São Paulo tinha cerca de 30 mil habitantes e os jornais eram entregues no período da tarde, precisando ser distribuídos rapidamente, o que levou o povo a apelidá-lo de BATUIRA, nome popular de ave muito ligeira, que habitava a várzea do rio Tamanduateí, onde hoje localiza-se o Parque D. Pedro II. Esse pseudônimo, BATUIRA, foi posteriormente incorporado ao seu nome. Pessoa simples e trabalhadora, de hábitos modestos, conseguiu juntar algumas economias que lhe possibilitou iniciar uma fabricação de charutos, conseguindo recursos financeiros suficientes para aquisição de terrenos no Lavapés, onde hoje localiza-se a Várzea do Glicério - bairro do Cambuci, construindo aí sua residência e uma rua particular com algumas casas de aluguel. Essa rua particular atualmente é denominada de Rua Espírita, Travessa da Rua Lavapés - no chamado Centro Velho da cidade de São Paulo.

 
Amor ao próximo -   Foi abolicionista, escrevia para os jornais O Diabo coxo, O Cabrião, O Ipiranga entre outros que defendiam os diretos de liberdade de todas as pessoas. Em 1873, um grave surto variólico em São Paulo, essa doença infecciosa aguda caracteriza-se por febre alta, erupções, bolhas e pústulas que deixam cicatrizes. É altamente contagiosa, mas nem por isso afastou Batuíra de engajar-se entre os voluntários que tratavam os atingidos, não descuidando um minuto sequer do atendimento às vítimas abrigando-as em sua própria casa e servindo-lhes de médico, enfermeiro e amigo. Sua atitude fraterna rendeu-lhe muitos elogios e sua figura ficou conhecido por toda cidade.

 
A conversão -   Batuíra era um Espírito irrequieto por natureza, forças estranhas agitavam-se dentro do seu ser esperando um momento propício para desabrochar. Apesar dos seus rasgos de generosidade humana no episódio dos escravos, no atendimento à população atingida pela varíola ou sua tendência de estar sempre ao lado dos desvalidos, ele sentia-se desconfortável ansioso para completar sua vida com ações que viessem a preencher o vazio que carregava. Estava a iniciar a madureza da vida – pensava ele – com energia plena, boa saúde, vida estável e abastada mas algo lhe dizia interiormente que era necessário dar um novo impulso a sua vida. Se tudo lhe parecia calmo em sua sólida estrutura familiar, os desígnios divinos reservado um caminho duro da provação humana para chamar-lhe a vida aos rumos que ele mesmo havia escolhido antes de reencarnar.

 
As leis planetárias não afetam apenas os Espíritos em aprendizado, mas atingem também aos missionários comprometidos com a evolução da humanidade. Dessa forma, o sofrimento foi buscar o Espirito de Batuíra ao subtrair a vida física do seu filho Joaquim Gonçalves Batuíra.

 
Filho da segunda esposa, Maria das Dores Coutinho e Silva, nasceu em São Paulo a 15 de maio de 1871 e desencarnou também na capital em 23 de maio de 1883, com doze anos completos vítima de tétano provocado por um prosaico espinho de roseira. A desencarnação foi repentina e causou muita comoção na família, principalmente para o pai.

 
O velório aconteceu na ampla sala de sua casa na futura Rua Espírita, até então conhecida como Beco dos Lavapés. No ar, consternação geral. Os muitos amigos de Batuíra ali se reuniam para o necessário apoio ao pai. Por vezes, choros convulsivos irrompiam aqui e ali, pessoas rezando seus terços pelos cantos da sala, o movimento aumentava ao se aproximar o momento do cortejo fúnebre. Seguindo os costumes da época, as mulheres vestiam luto fechado, os homens alinhavam-se em seus ternos pretos, os espelhos eram tapados por panos e as carpideiras completavam o teatro fúnebre a lastimar a "perda irreparável". O caixão dos infantes era de cor branca, porque eles permaneciam puros e assim seriam recebidos no juízo final. Batuíra de tudo participava, obediente às tradições e respeitoso àqueles amigos que se solidarizavam ao casal.

 
A dado momento, no entanto, ele sente-se inquieto. Sua tristeza, refletindo no desânimo que se apossara dele, sofre um impacto. Batuíra levanta-se subitamente interrompendo seu interlocutor, dá alguns passos em uma direção, em outra, coça seus longos fios de barba, seus olhos, antes lacrimejantes, parecem vidrados no infinito e retira-se rapidamente da sala e entrando em um quarto. Meia hora mais tarde, sai do quarto e no ambiente onde estava o caixão demonstrava uma fisionomia diferente, não havia mais o ar sofrido e lamentoso do pai sofrido, agora transparecia um sentimento de paz. Ao sair daquele quarto ele disse para espanto de todos: "Não quero que ninguém mais chore aqui. Meu filhos não morreu. Meu querido filho continua vivo. Por isso não quero que chorem mais! Eu só quero alegria a partir desse instante."

 
Em seguida, para surpresa geral, Batuíra saiu e pouco depois voltou com uma banda, ao invés de tocar músicas fúnebres, passou a tocar marchas festivas. Que teria havido naquele quarto? Muito tempo depois Batuíra relataria apenas aos mais próximos os momentos gloriosos que passou entre aquelas quatro paredes: "Sentindo uma dor insuportável entrei disposto a qualquer coisa naquele quarto porque Deus tinha que dar uma resposta à minha dor e não sairia de lá enquanto Ele não me respondesse. Foi então que vi uma luz se formando que não era aquela do candeeiro e nem do crepúsculo que ainda penetrava pela janela...a luz foi se tornando diáfana, vaporosa e um vulto surge suavemente na minha frente.....meus olhos encheram-se de lágrimas, a emoção atingiu o mais alto grau que um ser humano poderia suportar e reconheci naquela sombra, Quinho, meu filho querido: - Pai não fique triste, disse-me ele. – Eu não morri, estou mais vivo do que nunca.- Seus lábios sorriam.... seu semblante era de tranquilidade e paz, em seguida suas mãozinhas acenaram pra mim, da mesma maneira que fazia quando se despedia em vida e sua imagem foi suavemente se apagando na tinta gasta da parede. Não sei quanto tempo duraram aqueles instantes e quanto tempo ali fiquei até derramar a última lágrima pela sua passagem para outra vida. Meu filho não morreu. Nós não morremos, essa é apenas uma etapa da vida verdadeira. Em algum lugar eu e o Quinho nos reencontraremos....

 
Vida e obra -  Despertado para a Doutrina Espírita procurou seguir os ensinamentos cristãos: praticava a caridade, consolava os aflitos, tratava de doentes e difundia os princípios espíritas. Sua casa era ao mesmo tempo farmácia, hospital, albergue, escola e asilo. Recolhia doentes e desamparados, infundindo-lhes a fé para suportarem as dificuldades da vida. Quem lá chegasse, fosse quem fosse, encontrava alimentação e abrigo. Comentava-se que "Batuíra vivia com um bando de aleijados". Através da mediunidade de cura auxiliou muitos necessitados, tanto física como espiritualmente, passando a ser chamado de "médico dos pobres".

Em 1889 passou a ser o agente exclusivo da revista "Reformador" da FEB, função que exerceu até 1900. No dia 6 de abril de 1890 restabeleceu o Grupo Espírita Verdade iniciando a divulgação do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo".  Adquiriu uma pequena tipografia destinada a divulgação do Espiritismo; fundou em 25 de maio de 1890 o jornal quinzenal "Verdade e Luz", órgão de divulgação do Espiritismo, que chegou a ter uma tiragem de 15.000 exemplares no ano de 1897. Consta-se que fundou vários centros espíritas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Distribuía mensagens e folhetos impressos em sua tipografia e também livros espíritas.

Em outubro de 1904, Batuíra compareceu ao Congresso realizado no Rio de Janeiro, organizado pela FEB com mais de 2.000 participantes, onde houve a aprovação da "Tese Bases da Organização Espírita" tendo como meta a criação de uma entidade federativa em cada estado brasileiro. 
Ainda no ano de 1904, no mês dezembro, Batuíra lançou as bases da "Instituição Cristã Beneficente Verdade e Luz", com sede na rua particular (atual rua Espírita), incorporando à ela a tipografia e dois sítios localizados no Município de Santo Amaro, com o objetivo de prestar socorro e assistência aos órfãos, viúvas pobres, enfermos, obsediados e instrução às crianças.

A partir da ideia de cada estado ter sua federativa, em 24 de maio de 1908, Batuíra constituiu na capital paulista, a União Espírita do Estado de São Paulo, que funcionou por um certo período, mas serviu como exemplo e estímulo à fundação de entidades semelhantes em outros estados como, por exemplo, a União Espírita Mineira. Até setembro de 1908, utilizava NINGUÉM como pseudônimo nos artigos que escrevia e partir desta data passou a assinar como ALGUÉM, pois julgou que, somente agora, sua consciência lhe permitia ser alguém na Seara Espírita.

Batuíra casou-se duas vezes: a primeira com D. Brandina Maria de Jesus, com quem teve um filho, Joaquim, que veio a falecer depois de casado, e adotou um menino, Zeca, com poucos meses de idade, que foi o continuador de sua obra, após sua desencarnação; em segundas núpcias casou-se com D. Maria das Dores Coutinho e Silva, tendo com ela um filho, que faleceu aos doze anos de idade.

Desencarnou às 16h do dia 22 de janeiro de 1909.

(fadel-11/4/2012)

Seminário da USE-Tucuruvi é no domingo.

Neste domingo (15/04), das 14h00 às 18h00, haverá o Seminário "Nascer, Morrer, Renascer ainda e Progredir Sempre – Tal é a Lei", promovido pela União das Sociedades Espíritas – USE / Distrital Tucuruvi. Esse evento será realizado nas dependências da sede do Centro Espírita Ismael, à Rua Henri Janor, 141 – Jaçanã.


Atenção – ainda há vagas. Inscreva-se na Secretaria ou reserve vaga através do e-mail ceismael@ceismael.com.br . Não deixe para a última hora. Reserve o seu lugar.



A programação deste Seminário será iniciada pelo expositor TADEU ARTHUR CAVEDEM, da cidade de Itu, que abordará o tema "CHEGADAS E PARTIDAS". Desta forma, estará focando os aspectos da vida e a importância de vivermos intensamente cada segundo de nossas vidas, que envolvem cuidados que devemos ter com nossos relacionamentos, o apego às coisas, sistemas e principalmente às pessoas.

O segundo tema será desenvolvido por CLAUDIA MANDATO GELERNTER, da cidade de Vinhedo, que abordará "PRECISAMOS FALAR SOBRE A MORTE". Neste contexto, a expositora explicará a necessidade de revermos nosso conceitos e atitudes dentro desta temática. A necessidade de uma Educação para a morte, de falarmos sobre o assunto  com as nossas crianças. Além de diversas fixações dentro de uma existência. O luto normal e o luto patológico, a angústia do profissional da saúde diante da morte e a necessidade de encontrarmos um sentido de sofrimento.

No encerramento do Seminário, VANIA MUGNATO DE VASCONCELOS, da cidade de Jundiaí, com o tema "REENCARNAÇÃO É LEI, NÃO CASTIGO", sendo abordado  que a reencarnação faz parte do espírito, tendo como educativa a vida normal, definindo a diferença entre expiação, provas, missão, etc. E mostrando que nem sempre o passado de outras encarnações é o causador de dores alheias nesta vida atual.      

(mb/11.4.2012)

Todos os presidentes do CEIsmael.

Nos 50 anos do Centro Espírita Ismael teve 11 presidentes. Em quatro gestões de três anos cada (no total de 12 anos cada)  as presidências de José Antenor Gomes Filho e Sérgio Biagi Gregório. De 1962 a 1968, as diretorias tinham gestões de somente um ano; e de 1968 a 1973, passaram a ser de dois anos. E de 1973 até hoje as diretorias passaram a ter três anos de gestão. Com duas gestões aparecem os presidentes Antonio Teixeira dos Santos (1962/1963 e 1963/1964 – um ano cada), José Ferreira de Oliveira Filho (1966/1968 e 1971/1973 – dois anos cada) e o Agenor Mikio Honma (1994/1997 e 1997/2000 – três anos cada). E a partir de agosto, no aniversário dos 50 anos do Centro Espírita Ismael, teremos uma nova Diretoria para a gestão 2012 a 2015.

Diretorias (1962-2012): Resumo das Principais Atividades

Gestão: 1962/1963 – vigência: 1 ano
Presidente: Antônio Teixeira dos Santos
- filiação do Centro à FEESP, recebendo o n.º 183;
- início da Escola de Médiuns;
- estabelecimento da Escola de Moral Cristã para as crianças;
- criação do trabalho de curas;
- Curso de Elucidação Espírita, levado a efeito pelo Centro Espírita Nova.

Gestão:1963/1964
Presidente: Antônio Teixeira dos Santos
- criação do Departamento de Assistência às gestantes, com fornecimento de enxovais aos recém-nascidos.

Gestão: 1964/1965
Presidente: Antônio Grillo Filho
- aperfeiçoamento e regulamentação dos trabalhos existentes.

Gestão: 1965/1966
Presidente: José Moreira da Costa
- aquisição de nossa sede, cuja compra foi possibilitada por elevada e desinteressada doação recebida do confrade Waldemar Nunes, do Departamento de Consultas da FEESP;
- criação do trabalho espiritual P4 (para crianças);
- criação do Grupo Samaritano 2;
- criação do Grupo de Assistência Material aos necessitados.

Gestão: 1966/1968 - a partir daqui: vigência de 2 anos
Presidente: José Ferreira de Oliveira Filho
- alteração do Estatuto no que diz respeito ao tempo de vigência da Diretoria eleita, que passou a ser de dois anos em lugar de um;
- inauguração da Amostra do Bazar;
- criação do Curso de Expositor;
- constituição de uma comissão permanente para reestudo do Estatuto do Centro, a fim de mantê-lo sempre atualizado.

Gestão: 1968/1970
Presidente: Antônio Francisco Rasga
- elaboração dos Regimentos Internos;
- elaborado e aprovado o novo Estatuto;
- inauguração do coral, denominado: "CORAL CARMEM CINIRA".

Gestão: 1971/1973
Presidente: José Ferreira de Oliveira Filho
- mandato da Diretoria passou a ser de três anos;
- criação do trabalho de Vibrações à distância, em sintonia com a FEESP;
- pagamento da última prestação referente à aquisição da nossa sede à Av. Henri Janor, n.º 15 D;
- padronização dos trabalhos de acordo com as normas da FEESP;
- reforma do prédio para melhor atendimento dos trabalhos;
- criação do Plantão de Entrevistas.

Gestão: 1973/1976 -- a partir daqui: vigência de 3 anos
Presidente: Antônio Sanches Netto
- construção e inauguração de um novo salão, com capacidade para 100 pessoas sentadas e mais a câmara de passes, o qual recebeu o nome de "CARMEM CINIRA";
-  em agosto de 1973 foi implantado o CURSO DE APRENDIZES DO EVANGELHO, ministrado pela FEESP;
- estabelecimento definitivo de um controle estatístico (todos os departamentos);
-  houve aumento de freqüência: em 1975 houve um total de 23.594 presenças, sendo 4.916 de colaboradores e 18.683 de freqüentadores.

Gestão: 1976/1979
Presidente: Wanderlon da Cunha Resende
- término da 1ª turma do Curso de Aprendizes do Evangelho;
- início da 2ª e 3ª turmas do Curso de Aprendizes do Evangelho;
- em abril de 1979 foi registrado o Estatuto devidamente reformado;
- criação de novos trabalhos espirituais;
- aumento do número de freqüentadores, por volta de 30.000 presenças.

Gestão: 1979/1982
Presidente: José Vitorino do Nascimento
- atualização dos regimentos internos;
- criação do DEPOE (Departamento de Orientação e Encaminhamento);
- regulamentação da CAMPANHA DO EVANGELHO NO LAR;
- estabelecimento do GRUPO DE ATENDENTES;
- introdução de novos cursos;
- construção de cinco novas salas;
-  de acordo com o Artigo 33 parágrafo 3º do Estatuto da FEESP, o Centro Espírita Ismael foi elevado à categoria de FEDERADO, representando oficialmente a Federação na Zona Norte;
- compra de um telefone;
- fluxo médio de 160 pessoas/dia.

Gestão: 1982/1985
Presidente: José Antenor Gomes Filho (1ª gestão)
- construção de um salão (40m2), totalizando 320 m2;
- aquisição de um retroprojetor ;
- formação do grupo de trabalho A3, na quarta-feira, às 20h;
- fluxo médio de 210 pessoas/dia.

Gestão: 1985/1988
Presidente: José Antenor Gomes Filho (2ª gestão)
- aquisição de um Episcópio para uso das escolas;
- reforma do Retroprojetor;
- implantação definitiva do Evangelho no Lar: quinta feira —20h —, no CEI;
- implantação definitiva do Grupo de Samaritano II: Segunda Feira — 20h;
- construção de 1 salão (40m­2) na parte de superior, totalizando 360 m­2 de área construída;
- fluxo médio de 260 pessoas/dia.

Gestão: 1988/1991
Presidente: Sérgio Biagi Gregório (1ª gestão)
- criação do SIMPECEI, Simpósio Espírita do Ismael;
- abertura de mais duas classes do C. E. M. : segunda feira — 20h —;
- criação do Grupo de Alcoólicos Anônimos;
- formação de novos grupos de Entrevista, Colégio, Samaritano e P3/A;
- compra de um terreno de 250 m­2, nos fundos do Centro, do Sr. Paulo Toledo Leme, perfazendo uma área de 550m2;
- com a reforma do Imóvel comprado, instalamos: lanchonete, bazar, sala para gestantes, 2 banheiros e 2 salas para passes;
- fluxo médio de 300 pessoas/dia.

Gestão: 1991/1994
Presidente: Sérgio Biagi Gregório (2ª gestão)
- criação da Assistência A3/2 nas Casas de David: sábado —15h —;
- criação do BOLETIM DO C.E.I., em fevereiro de 1992;
- Teatro de Sombra - "Nossos Destinos";
- 3ª Ginkana — arrecadação de 3,5 toneladas de alimentos;
- compra de um terreno de 60m2, perfazendo uma área total de 600m2;
- recebimento 400 livros, pertencentes ao Sr. Augusto da Silva Cayres (desencarnado em janeiro de 1993), doados pela sua esposa Dona Nilde.
- fluxo médio de 370 pessoas/dia.

Gestão: 1994/1997 e 1997/2000 (duas gestões)
Presidente: Agenor Mikio Honma
- Criação dos cursos: Introdução à Filosofia Espírita, Psicografia e Psicopictografia, Dirigente de Sessão e Samaritano.
- Criação do Colégio de Médiuns às 5.ª feiras - 15h, Passe P1/2 às 4.ª feira - 20h e Passe P3E às 5.ª feiras - 15h
- Projeto de Sondagem do solo para ampliação e reforma da Sede Social da Entidade
- Fluxo médio de 438 pessoas/dia.

Gestões: 2000/2003 e 2003/2006 (duas gestões)
Presidente: José Antenor Gomes Filho (3ª e 4ª gestões)
- Criação de dois novos departamentos, denominados Departamento de Eventos e Departamento Comercial.
- Reforma e legalização da área dos fundos (Ponta de Pedras)
- Reforma e ampliação da Sala 01
- Construção de novas salas (acréscimo de 150m2)
- Consolidação da Home-page com domínio próprio e lançamento do CD-ROM do CEI
- Fluxo médio de 450 pessoas/dia.

Gestão: 2006/2009
Presidente: Sérgio Biagi Gregório (3ª gestão)
- Compra de um imóvel (300m2) – Unidade II - Rua Ponta de Pedras, 59
- Construção, na Unidade II, de 4 boas salas de aula
- Transferência de Cursos da Av. Henri Janor para a Rua Ponta de Pedras
- Reforma da Cozinha da Assistência Social
- Criação do Samaritano Social
- Fluxo médio de 500 pessoas/dia.

Gestão: 2009/2012 – Atual - Presidente: Sérgio Biagi Gregório (4ª gestão)


(mb-11/04/2012 - Fonte: http://www.ceismael.com.br)





Quanto mais informação, melhor para todos!

"A maior caridade que praticamos em relação à Doutrina Espírita é a sua divulgação", uma frase de Emmanuel que é o nosso lema diário. Mas está também estampada no cabeçalho de nosso jornal mensal "Atividades". E faz parte de todas as nossas ações no Centro Espírita Ismael. Queremos que todos participem das atividades e eventos de nossa Casa. Buscamos também levar mais conhecimentos às pessoas que procuram uma ajuda espiritual.
E além das ações em nossa Casa,  atingimos também 210 endereços de e-mails de trabalhadores; mais 128 na Divulgação da Imprensa/Casas Espíritas e Associações; no exterior atingimos 34 Centros Espíritas e Associações nos Estados Unidos; e em outros países da Europa/Oceania/Ásia/África e Américas foram selecionados 89 endereços.
E mais o acompanhamento de 98 personalidades do meio espírita – como Américo Sucena, André Luiz Ruiz, Claudio Palermo, Ercilia Zilli, Eurípedes Kuhl, Suely Caldas Schubert, José Reis Chaves, Mário Mas, Orson Peter Carrara, Pedro Camilo, Richard Simonetti, Sebastião Camargo, Décio Iandoli Jr., Jorge Hassen, Julia Nezu e muitos outros.
A midia do Centro Espírita Ismael está interligada com o site (http://www.ceismael.com.br), com o blog (http://www.blogceismael.com.br), com o Facebook   (http://www.facebook.com/centroespiritaismael), com o Twitter (@ceismaelsp), com total compartilhamento e aproveitamento de material do jornal "Atividades", das palestras postadas no You Tube e de fotos/portfolios de eventos.
Queremos ter mais participações. Indique amigos, frequentadores, trabalhadores, alunos, familiares, personalidades, Casas Espíritas, Associações e outros de interesse. Nos encaminhe um pedido de inclusão nas relações através do e-mail: ceismael@ceismael.com.br . E fiquem bem informados de todos os assuntos e notícias do Centro Espírita Ismael. Receba também informações por e-mail.
É importante também a colaboração de todos com envio de notícias, notas, informações de outras Casas Espíritas, Palestras, Seminários, Teatro Espírita e colaborações com artigos.
(mb / 10-04-2012)

Allan Kardec foi a reencarnação de John Hus

Defendendo a crença de que a fé vem pelo ouvir e que só a Bíblia é a Palavra de Deus, Hus a ensinou abertamente na Universidade de Praga onde alertou a todos do abuso do cristianismo de sua época. Perseguido pela hierarquia da igreja Católica Apostólica Romana, foi preso e condenado à morte na fogueira onde morreu cantando louvores. JOHN HUSS foi um erudito clérigo alemão, viveu cem anos antes de Martinho Lutero e da reforma protestante. Ele estava convencido da necessidade de apresentar a Bíblia na língua do povo, acreditava que salvação vem só pela fé em Jesus Cristo e que só a Bíblia é a Palavra de Deus. Hus ensinou isso abertamente na Universidade de Praga e à sua igreja, e alertava para os abusos do Cristianismo da sua geração. Em vez da missa em latim, Hus introduziu várias mudanças como o cântico de hinos pelo povo, e assim provocou a ira da hierarquia da igreja. Conheça a desafiante história de um homem corajoso, motivado pela dedicação e fé em Jesus, mesmo diante de perseguições. Acusado. Preso e condenado à morte na fogueira, um inovador, um mártir.

Assista a íntegra do filme produzido em 1977 pela Gateway Films, com duração de 54min36, que está disponibilizado no You Tube:

http://www.youtube.com/watch?v=YZglUlGs6ac&feature=related .

(Obs.: Há outros filmes sobre a vida de John Hus disponiveis em locadoras, na internet/YouTube ou compra em DVD, inclusive lançamento da Versátil Filmes - com o título "Jan Hus - O Reformador Cristão").

E os produtores do filme fazem a pergunta: Até onde estamos dispostos ir defendendo nossa fé em Jesus Cristo ?

A seguir a biografia/perfil publicada no site http://www.ceismael.com.br , no item "Vultos do Espiritismo", organizado por Sérgio Biagi Gregório.

"John Hus é a encarnação anterior de Allan Kardec, viveu num século de contradições religiosas. Pregador da Universidade de Praga, nasceu em Hussinet, perto de Fichtelgebirge, na Boêmia, cerca da fronteira bávara e do limite lingüístico entre o alemão e o checo, em 1373, e morreu queimado na fogueira em 1415.  Ele foi influenciado pelas idéias de Wiclef (1333-1384), teólogo e reformador inglês, que  desenvolveu alguns tratados sobre o dominiun, ou seja, a idéia de que o poder vem de Deus e apenas é legítimo naqueles que se encontram em estado de graça. As suas teses contrariavam os interesses da Igreja católica: expressava-se contra o poderio papal, os votos religiosos, os benefícios e riquezas do clero, as indulgências e a concepção tradicional acerca do sacerdócio. Com isso sofreu inúmeras admoestações por parte do clero.
Huss, como professor da Universidade de Praga, distinguiu-se nas discussões mais abstratas e no conhecimento de Aristóteles, da Bíblia e dos Santos Padres. Buscou no escritos de Matias Janov e Chtitny a solução para as suas inquietudes religiosas. Matias Janov e Chtitny propagavam a consideração da Bíblia como única fonte de verdade e de fé. Essa influência afastou Huss da doutrina católica e sua heterodoxia se reforçou na leitura das obras de Wiclef, particularmente do Dialogus e Trialogus, trazidas de Oxford por Jerônimo de Praga. A Igreja, naquela época, estava em crise: dividida pelo Cisma do Ocidente, ameaçada pela ressurreição das antigas heresias e a formulação de novos postulados antidogmáticos. Eis que surge na Boêmia um outro foco, muito mais perigoso que o de Wiclef. É que Huss apresenta-se como reformador religioso e como caudilho nacional, papel muito semelhante, desempenhado um século mais tarde, por Lutero na Alemanha.
Huss, tradutor das obras de Wiclef, propagou várias teses antidogmáticas. Baseando-se nos escritos de Wiclef, negou a necessidade de confissão auricular, atacou como idolátrico o culto de imagens, da Virgem Maria e dos Santos e a infalibilidade papal. Com isso, teve a ira do clero contra a sua pessoa, que após várias admoestações acabou sendo queimado no dia 06/07/1415. Ao seu lado morreu Jerônimo de Praga. A sua luta não foi em vão. Depois disso, houve mais tolerância entre os credos religiosos.
Fonte de Consulta - CANTU, C. , SEIFERT, J. L. Os Titãs da Religião; e VERBO ENCICLOPEDIA LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa, Editorial Verbo, 1976
(mb/10-04/2012)



A vida da médium Zilda Gama

Desta vez, o nosso companheiro Fábio Sper Fadel, que é palestrante espírita e instrutor do 1º ano do Curso de Educação Mediúnica, preparou a biografia da médium e escritora-psicografia ZILDA GAMA. Vale a pena conhecer um pouco de sua história e buscar a leitura de seus livros. Segue a biografia/perfil:


               (*) Zilda Gama foi uma das mais celebradas médiuns do Brasil.  Nasceu em 11 de março de 1878, em Três Ilhas, Município de Juiz de Fora - MG, e desencarnou em 10 de janeiro de 1969, no Rio de Janeiro - RJ. Zilda Gama viveu quase 91 anos, tornando-se paradigma para todos os que encaram a mediunidade como sacerdócio lídimo e autêntico.  Incontestavelmente, os grandes medianeiros que têm servido de ponte entre os mundos material e espiritual, no trabalho meritório de descortinar novos horizontes para a conturbada humanidade terrena, foram missionários, podendo-se mesmo afiançar que na constelação dos médiuns que brilharam na Terra, prodigalizando aos homens novos conhecimentos e preparando o terreno para a implantação da verdade, Zilda Gama brilhou de modo fulgurante, cabendo-lhe uma posição das mais proeminentes.  Ainda jovem, com apenas 24 anos, ficou órfã dos pais, tendo que assumir a direção da casa, cuidando de cinco irmãos menores e posteriormente de outros cinco sobrinhos órfãos. Foi professora e diretora de escola, sendo agraciada em concursos promovidos pela Secretaria de Educação de Minas Gerais.

Em 1931, quando no Brasil houve intenso movimento em prol dos direitos femininos, Zilda Gama foi autora da tese sobre o voto feminino, no Congresso. Essa tese foi aprovada oficialmente. Escreveu contos e poesias para vários jornais, destacando-se o "Jornal do Brasil", a "Gazeta de Notícias" e a "Revista da Semana", todos da antiga capital federal. Ainda jovem, Zilda Gama começou a perceber a presença dos Espíritos. Recebeu mediunicamente mensagens de seu pai e de sua irmã, já desencarnados, que a aconselhavam e a consolavam nos momentos de provações difíceis pelos quais estava passando.

Em 1912 recebeu interessante mensagem assinada por Allan Kardec. Após essa manifestação, o Codificador propiciou-lhe outros ensinamentos, os quais foram impressos no livro "Diário dos Invisíveis", publicado em 1929.  Em 1916 os Benfeitores informaram-lhe que passaria a psicografar uma novela, fato que a deixou bastante perplexa. O Espírito Victor Hugo passou, então a escrever por seu intermédio. Dentro de pouco tempo, a primeira obra "Na Sombra e na Luz" estava completa. Posteriormente, sob a tutela do mesmo Espírito, vieram os livros "Do Calvário ao Infinito", "Redenção", "Dor Suprema" e "Almas Crucificadas", todas publicadas pela FEB.

Os livros mediúnicos de Zilda Gama fizeram época na literatura espírita, além de terem o mérito de suavizar muitas dores e estancar muitas lágrimas. Foi a pioneira, no Brasil, a receber tão vasta literatura do mundo espiritual.  Outras publicações foram produzidas pela sua mediunidade: "Solar de Apolo", "Na Seara Bendita", "Na Cruzada do Mestre" e "Elegias Douradas". Didata por excelência, organizou os seguintes livros: "O Livro das Crianças", "Os Garotinhos", "O Manual das Professoras" e "O Pensamento". Não obstante as grandes lutas morais que teve que sustentar, Zilda Gama se constituiu na orientadora de muitas criaturas.

Em 1959, após sofrer derrame cerebral, viveu numa cadeira de rodas, assistida pelo sobrinho Mário Ângelo de Pinho, que lhe fazia companhia.  Zilda Gama dedicou toda sua longa existência ao propósito de difundir no Brasil a Consoladora Doutrina dos Espíritos.
 (fábio fadel – 06/04/12)

Dia 15/04: Seminário USE-Tucuruvi/CEIsmael

Dentro do eventos promovidos em comemoração aos 50 Anos de nossa Casa,  realizaremos no próximo dia 14/04 (domingo), das 14h00 às 18h00, o Seminário "Nascer, Morrer, Renascer ainda e Progredir Sempre – Tal é a Lei", em conjunto com a União das Sociedades Espíritas – USE / Distrital Tucuruvi. Esse evento será realizado na sede do Centro Espírita Ismael, à Rua Henri Janor, 141 – Jaçanã.

A programação deste Seminário será iniciada pelo expositor TADEU ARTHUR CAVEDEM, da cidade de Itu, que abordará o tema "CHEGADAS E PARTIDAS". Desta forma, estará focando os aspectos da vida e a importância de vivermos intensamente cada segundo de nossas vidas, que envolvem cuidados que devemos ter com nossos relacionamentos, o apego às coisas, sistemas e principalmente às pessoas.

O segundo tema será desenvolvido por CLAUDIA MANDATO GELERNTER, da cidade de Vinhedo, que abordará "PRECISAMOS FALAR SOBRE A MORTE". Neste contexto, a expositora explicará a necessidade de revermos nosso conceitos e atitudes dentro desta temática. A necessidade de uma Educação para a morte, de falarmos sobre o assunto  com as nossas crianças. Além de diversas fixações dentro de uma existência. O luto normal e o luto patológico, a angústia do profissional da saúde diante da morte e a necessidade de encontrarmos um sentido de sofrimento.

No encerramento do Seminário, VANIA MUGNATO DE VASCONCELOS, da cidade de Jundiaí, com o tema "REENCARNAÇÃO É LEI, NÃO CASTIGO", sendo abordado  que a reencarnação faz parte do espírito, tendo como educativa a vida normal, definindo a diferença entre expiação, provas, missão, etc. E mostrando que nem sempre o passado de outras encarnações é o causador de dores alheias nesta vida atual.

Atenção – as inscrições devem ser feitas com antecedência na Secretaria do Centro Espírita Ismael – ou através do e-mail: ceismael@ceismael.com.br . Não deixe para a última hora. Reserve já o seu lugar no auditório.

(mb-03/04/2012)

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