Muita gente na palestra de J.C.De Lucca

Após o costumeiro café da manhã, carinhosamente preparado pelo Departamento de Assistência Social do Centro Espírita Ismael, foi surpreendente ver o olhar de mais de 300 pessoas no domingo passado (26/02), a partir das 8 horas da manhã. A expectativa era muito grande.  O calor era intenso e  Sol que já ia alto às 9 horas, quando teve início  a palestra no salão nº 25 (primeiro andar) e no salão nº 1 (térreo), simultaneamente através de transmissão via telão, a voz do palestrante JOSÉ CARLOS DE LUCCA. Ali estava ele, que veio nos brindar com esclarecimentos sobre o tema: "Cura e Libertação" -- tema  extraído de seu  livro  mais recente.

Nossos salões que comportariam aproximadamente 280 pessoas, tiveram que ser ampliados para abrigar tanta gente.  Eram corações que esperavam receber uma palavra de conforto e mentes que queriam uma ideia de esclarecimento, e tudo isso bem ofertado pelo palestrante com muito bom humor – até, no final, cantando Adoniram Barbosa e fazendo os presentes participarem com a música "Dar a Volta Por Cima". Foram cerca de 60 minutos de palavras esclarecedoras aos presentes, e após, aos interessados, foram autografados  os livros  e DVDs de autoria do expositor.  A fila de autógrafos chegou a ter aproximadamente 100 pessoas, que aguardavam pacientemente a vez. ( Veja detalhes da palestra e flagrantes diversos do evento em fotos que estão sendo publicadas, desde domingo, no Facebook - login: Centro Espirita Ismael  )

Foi mais um evento promovido pelo Centro Espírita Ismael  por conta das comemorações de seus 50 anos . Uma homenagem àqueles que trabalham e frequentam a Casa.  E não para por aí, já que no próximo dia 15 de abril, um domingo das 14h00 às 18h00, teremos o seminário "Nascer, Morrer, Renascer Ainda e progredir Sempre - Tal é a Lei" , que a União das Sociedades Espíritas – U.S.E./Distrital Tucuruvi promove junto com o CEIsmael, trazendo palestrantes de Itu e Região, para nos esclarecer mais um pouco sobre Espíritismo. E estamos cada vez mais próximos da Grande Festa dos 50 Anos, a ser comemorado no Clube Guapira, em 19 de agosto.

(27/02-2a.feira-12h10 – colaborou Marcelo Stanczyk)

Mais de 1,3 milhão de acessos no site.

O Centro Espírita Ismael é considerado referência no ensino da Doutrina Espírita. O mesmo se aplica na internet, com o site:    www.ceismael.com.br . como um dos mais bem estruturados e com um farto conteúdo de utilidade. Reproduzimos abaixo artigo veiculado no jornal "Atividades" de janeiro/2012.  É um site que oferece mais de 200 artigos em diversos temas, vídeos de palestras e as apostilas dos Cursos de Educação Mediúnica. Conforme dados do Google Analystics, no período de 02/01/2011 a 01/01/2012, o nosso site alcançou a fantástica marca de 1.302.480 visitantes. Isto mesmo, ultrapassamos mais de 1 milhão de acessos no ano passado. No topo da lista está o Brasil com 1.208.916 acessos divididos em vários estados (veja relação abaixo)  e depois na sequência temos Portugal (54.913), Angola (7.272), Estados Unidos (5.474), Moçambique (4.938), Japão (1.540), Reino Unido (1.117), Alemanha (777) e França (722) – entre outros. No  caso do Brasil, os acessos correspondem a 937 cidades e às principais capitais:S.Paulo (191.371); Rio de Janeiro (105.942) e B. Horizonte (73.872).  No site encontra-se muitos itens e assuntos: artigos da Doutrina Espírita, artigos sobre Filosofia, fotos, material didático, oratória, vídeos. vultos do Espiritismo, apostilas do Cursos de Educação Mediúnica, trabalhos da Assistência Social, integras dos jornal Atividades,  Evangelho no Lar e muitos outros assuntos/itens.

(26/02/2012 - domingo -  00h16)

As celebridades da Doutrina Espírita

Na página do site do CEIsmael: http://www.ceismael.com.br/bio/bio.htm encontramos o item "Vultos do Espiritismo", com o perfil/biografia de algumas celebridades na Doutrina Espírita:  Allan Kardec, Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel, Camille Flammarion, Chico Xavier, Deolindo Amorim, Divaldo Pereira Franco, Ernesto Bozzano, Eurípedes Brasanulfo, Gabril Delanne, João Huss, José Herculano Pires e León Denis. Reproduzimos abaixo o perfil/biografia de Cairbal Schutel. No final de sua palestra, no sábado passado (25/02), o nosso companheiro Fábio Fadel comprometeu-se no envio semanal de biografias destas celebridades, com alguns outros detalhes.
Cairbal Schutel
Dados pessoais:
Nome: Cairbar de Souza Schutel
Nascimento:22 de setembro de 1868, no Rio de Janeiro
Homem: farmacêutico, prefeito da Cidade de Matão e espírita. Desencarne: 30 de janeiro de 1938, em Matão.

1. CONVERSÃO AO ESPIRITISMO
Nascido em família católica, batizado aos 7 anos de idade, Cairbar Schutel cumpria suas obrigações perante a Igreja de Roma. Entretanto, já adulto e vivendo em Matão, passou a receber, em sonhos, a visita constante de seus falecidos pais, porque ele ficara órfão de ambos com menos de 10 anos de idade. Insatisfeito com as explicações de um padre para o fenômeno, Schutel procurou Quintiliano José Alves e Calixto Prado, que realizavam reuniões de práticas espíritas domésticas, logrando então entender a realidade do mundo extra-físico.
2. PARTICIPAÇÃO NO MOVIMENTO ESPÍRITA
Convertido ao Espiritismo, cuidou logo de legalizar o Grupo (hoje Centro) Espírita Amantes da Pobreza, cuja ata de instalação foi lavrada no dia 15 de julho de 1905. Resolvido a difundir a Doutrina Espírita pelos quatro cantos do mundo - e mesmo vivendo em uma pequena e modesta cidade no interior do Brasil -, o "Bandeirante do Espiritismo", como ficou conhecido Cairbar Schutel, fundou o jornal "O Clarim" no dia 15 de agosto de 1905, e a RIE - Revista Internacional de Espiritismo no dia 15 de fevereiro de 1925, ambos circulando até hoje.
Além disso, o incansável arauto da Boa Nova, com todas as dificuldades da época e da região, viajava semanalmente até a cidade de Araraquara para proferir, aos domingos, as suas famosas 15 "Conferências Radiofônicas", pela Rádio Cultura de Araraquara (PRD - 4), no período de 19 de agosto de 1936 a 02 de maio de 1937.
3. OBRAS

Escreveu, entre 1911 e 1937, os seguintes os livros:
O Batismo;
Cartas a Esmo;
Conferências Radiofônicas;
Histeria e Fenômenos Psíquicos;
O Diabo e a Igreja;
Espiritismo e Protestantismo;
O Espírito do Cristianismo;
Os Fatos Espíritas e as Forças X...;
Gênese da Alma;
Interpretação Sintética do Apocalipse;
Médiuns e Mediunidades;
Espiritismo e Materialismo;
Parábolas e Ensinos de Jesus;
Preces Espíritas;
Vida e Atos dos Apóstolos;
A Questão Religiosa;
Liberdade e Progresso;
Pureza Doutrinária;
A Vida no outro Mundo;
Espiritismo para Crianças;


4. ESFORÇOS PARA PUBLICAÇÃO

Adquiriu máquinas, papel, tinta, cola e outros insumos para impressão, procurando escolher sempre material de primeira categoria. Desse esforço surgiu a Casa Editora O Clarim, que hoje emprega inúmeros funcionários em Matão, tendo publicado mais de cem títulos de obras de renomados autores, encarnados e desencarnados.
5. COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA
Dizem algumas comunicações mediúnicas que o Espírito Cairbar Schutel está, no mundo espiritual, encarregado pela divulgação do Espiritismo na Terra; sendo confirmada tal informação, essa nobre tarefa está muito dirigida, porque o movimento espírita deve muito ao querido "Bandeirante do Espiritismo", assim como à sua digníssima esposa Dª. Maria Elvira da Silva Schutel, pois, como diz a sabedoria popular, ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher!

Fonte: Grandes Vultos do Espiritismo.

(26/02-domingo-23h40)

O "Recomeço" e as palestras de março.

No sábado passado (25/02), o nosso companheiro FÁBIO FADEL,  instrutor do 1º ano do Curso de Educação Mediúnica (veja mais do perfil dele em notas anteriores), abriu a nova temporada de palestras públicas – semanalmente, das 20h00 às 21h30 – com o tema "A Arte de Recomeçar". Abaixo uma síntese dos principais pontos abordados durante a palestra. Em agosto ou setembro, o Centro Espírita Ismael irá disponibilizar a íntegra do vídeo através do You Tube. E informamos que na sequência das palestras públicas, teremos no próximo sábado (03/03) o presidente da União das Sociedades Espíritas – USE/Distrital Tucuruvi, CARLOS ALBERTO DE BRITTO, com o tema "Fundamentos da Reforma Íntima". Neste novo ciclo de palestras, ainda teremos o nosso companheiro da Casa, JOSÉ MIGUEL GODOY, com o tema "Como realizar minha mudança pessoal na Reforma Íntima", no dia 10/03;  o psiquiatra FRANKLIN RIBEIRO com "Mediunidade sobre o vértice de Kardec, Bezerra e Inácio Ferreira", no dia 17/03; o  palestrante do A2 do CEIsmael, FERNANDO BERRETELA, expondo "A Reforma Íntima e a cura espiritual", no dia 24/03; e fechando o mês, no dia 31/03,  o instrutor do 2º ano do CEIsmael, MARCELO STANCZYK, com "A Reforma Íntima nos acontecimentos do dia a dia".
A arte de recomeçarpor Fábio Fadel -  Muitas vezes as pessoas reclamam de suas vidas e ficam acomodadas sem saber que outras pessoas tem uma vida muito mais problemática. Invariavelmente não se dão conta que possuem vários tesouros, nem sempre materiais, mas emocionais como o amor dos filhos, dos pais, daquelas pessoas que estão no seu convívio através de amizades sinceras.  Em algum momento, os verdadeiros problemas acontecerão, a perda de um emprego, o comportamento errado de um filho, a perda da saúde, a desencarnação de um ente querido fazendo que precisemos tomar outro caminho, nos sentimos perdidos e necessariamente precisamos recomeçar.
Quantas vezes ao longo da vida, você optou por recomeçar?
Quantas promessas realizadas no final de mais um ano?
Quantas dietas a começar?
Quantos projetos a realizar?
Quantas posturas de comportamento a melhorar?
Pergunte-se quantas vezes você permitiu-se recomeçar?
Pergunte-se se você está vivendo essa situação e reflita.
Para realizar uma verdadeira mudança:
Culpar-se por que?
O sentimento de culpa somente faz com que fiquemos paralisados, necessitamos olhar para o passado e não cometer os erros que já cometemos e repetir nossos acertos.
Permita-se cair e levantar. Não desista.
Diversas personalidades tiveram fracassos e nem por isso deixaram de persistirem e fizeram projetos incríveis.
Devemos ter certeza do que realmente desejamos
Os caminhos do recomeço muitas vezes são árduos, devemos saber o que realmente desejamos e para isso nos empenharmos.
Ter sempre alegria
Mudanças não precisam estar aliadas a sacrifícios. O que quiser fazer, faça com a alegria e trabalhe com afinco e não se esqueça dos períodos de descanso e comemore as vitórias.
Trabalho duro
Conhecimento
Atitude
Amor de Deus
Todas essas são características para praticarmos a ARTE DO RECOMEÇO.


(26/02/2012-domingo-21h45)

O nosso problema de cada dia!

Dando segmento ao assunto, o nosso companheiro Marcelo Stanczyk nos encaminha mais um artigo, baseado e em referências ao livro "Reforma Íntima Sem Martírio", de Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley S. de Oliveira. Sugerimos a (re)leitura do artigo anterior sob o título "A Responsabilidade por nossas vidas", publicado logo abaixo. Lembramos que o Centro Espírita Ismael mantém um grupo de estudos e debates, com o nome de GRUPO DE ESTUDO PARA HARMONIA ÍNTIMA.  Esse grupo debate a Reforma Íntima com reuniões às 4as. feiras, das 19h30 às 21h00.  O livro base em estudo é justamente o que tem referências neste artigo. 
A NOSSA TÃO GRANDE DIFICULDADE DE COMPREENDER NOSSOS PROBLEMAS – por Marcelo Stanczyk (*) -  A terceira e última questão que dedici abordar após a leitura da primeira lição (Consciência de Si), do Livro REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO, de Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley S. de Oliveira, diz respeito a nossa dificuldade de compreender nossos problemas. E daí vertemos essa questão para duas grandes fileiras:

A primeira para o fato de que existem muitas questões que tratamos muitas e muitas vezes mas nunca conseguimos de fato compreender profundamente elas e apender com tais situações, e não sabemos o que fazer... E muitas vezes num primeiro momento nos desesperamos, e num segundo instante nos sentimos impotentes. Nossa vida se transforma em um caos porque não conseguimos nos reajustar com aquele determinado problema. E também desequilibramos a vida de quem está a nossa volta. Nada de solução! Ao longo do tempo, porém, conscientizamo-nos de nossa impotência para solucioná-lo, acabamos o entregando para um segundo, terceiro ou quarto plano, e o arquivamos dentro de nós, insolúvel e mal resolvido. Se transforma num recalque e numa lei de vida individual que enlameia muitas outras situações novas que surgem. são as decepções contagiosas, especialmente com outras pessoas, principal fator que está fora de nosso controle.

A segunda, um tanto diferente da primeira, são situações que já encontramos soluções. E não apenas uma, e nem sequer duas... foram inúmeras soluções, mas nenhuma delas realmente se encaixou perfeitamente no problema. Nenhuma delas saneou a situação e afastou de nós a insegurança. As tentativas nos deixaram ansioso por diversas vezes e a cada passo dado que não deu solução, a frustração foi se tornando mais e mais forte e o problema solapador dentro de nós. Sem descobrir as causas do insucesso, marchamos desiludidos de nós mesmos.

Ambas as formas como acontecem as coisas, se não forem bem processadas por nós causam tremendo mal estar e tragédias internas sem proporções, mexem com nossa auto estima e a gente nem se dá conta do porquê de tanto fracasso.

Pois é isso que eu penso em agora buscar.

Por que tanto fracasso? ou melhor, será que fracassamos tanto assim?

Primeiro que eu acho que não fracassemos tanto assim. Creio, na verdade, que nós damos muito maior atenção aos fracassos em nossas vidas do que nos sucessos. E isso é até óbvio. O sucesso acaba tendo um curto período de comemoração, visto que após uma conquista, naturalmente planejamos uma nova conquista.

Já com o fracasso é bem diferente. Se ele vem habitar nossos dias, ele interrompe esse ciclo, impedindo que nós nos lançemos, ao menos imediatamente para novos horizontes... para novos desafios. Ele fica nos rondando o tempo todo.

Ainda quando a gente acaba deixando ele de lado, no segundo momento que já mencionei, esse fracasso acaba se tornando uma "lei de destruição" aos nossos objetivos, posto que todas as vezes que formos avaliar um novo projeto, a situação retorna consciente ou não para "pesar" negativamente sobre a decisão. A tendência natural e termos menos empreendimentos com medo de "não termos sucessos". É o medo de errar, que nos impulsiona para a inércia.

Infelizmente não existe um equilibrio entre o sucesso e o fracasso quando estamos analisando novos empreendimentos. Bom seria que a gente sempre analisasse assim, consegui isso e aquilo, e deixei de colseguir aquilo outro, e dentro desses parâmetros perceber que, muitas vezes, nosso "placar" de aspectos positivos está muito mais alto que o de aspectos negativos.

Seria, pelo menos, algo mais justo em favor de nossas decisões.

Mas encontramos uma possível causa de nosso medo de tentar novamente. Agora precisamos encontrar uma situação que neutralize essa causa. Claro que o fracaso, em si, não teremos como neutralizar jamais, posto que é um aspecto da vida e faz parte do ser humano decidindo, acertar ou errar em suas decisões. E como sempre digo, acertar e errar faz parte do "jogo da evolução".

Talvez uma primeira forma de neutralizar essa visão derrotista seja eliminar a ansiedade de forma a analisarmos sempre o que devemos decidir com calma e muita prudência. Quanto mais calma e propriedade tivermos dos detalhes da situação que devemos resolver, mais informações temos par resolver o caso.

Pode ser que precisemos não só eliminar essa ansiedade, mas compreender a vida como um processo. E que uma solução depende de outras menores, ou anteriores. E que enquanto não criarmos o alicerce para a solução de determinado problema de volto, nada será possível.

É uma crise mesmo de compreensão do tamanho do problema. O que é comum, e nem se constitui em falha moral, mas simples limitação de nossa capacidade de inteligência lógica. Algo que podemos, no futuro, corrigir.

Outro tempero importante nessa decisão é sermos honestos conosco mesmos. Há muitas situações que vão exigir esforços que nem sempre estamos dispostos a realizar. E, se não estamos dispostos a isso, nada podemos reclamar. Se o remédio para uma doença exige algo que não queremos fazer, nada podemos reclamar do remédio, é óbvio! Precisamos sim é criar vergonha na cara e assumir isso. e parar ai o esforço de resolver a questão que será insolúvel.

Existem certos esforços que embora tenhamos plenas condições físicas de realizar, moralmente ou não conseguimos fazer ou não temos coragem de realizar. Ora, não podemos esquecer que nossa felicidade depende de nós exclusivamente (dentro de um paradigma que tras de "dentro para fora" a solução dos problemas que advém em nossa vida), e que não existe um remédio que  ofereça solução para todos os males vindo de "fora para dentro", posto que cada qual de nós é uma pessoa individual (e por isso chamada individualidade) e os remédios que tratam de "fora para dentro" tratam a todos de forma genérica e não individualizada.

Seria tentar encaixar o cubo em um furo (redondo).

A honestidade/fidelidade é algo que vem de dentro de nós para conosco mesmo.Só depois ela se irradia para as outras pessoas. Não existe honestidade e nem fidelidade que exista para as pessoas fora de nós, sem que antes ela não tenha se manifestado para nós antes mesmo de surgir para o outro.

Deus criou o Espírito para a evolução, e isso é muito claro na Doutrina Espírita.

E para a evolução somos compelidos a passamos por diversas situações tão comumente conhecidas por provas, e se sucumbirmos a elas, nada mais justo que nós nos reavaliemos em expiações. É um mecanismo criado para nosso próprio benefício, posto que independemos de outrém nos dar ou não algo que podemos conquistar com nossos esforços puros.

Se há algo que nos incomoda muito. Justo que busquemos a solução. Mas se realmente nos incomoda muito, por que acreditar que não sejamos nós a resolvê-lo? Por que achar que não teremos que abrir mão de algo em favor de nossa felicidade? Algo que até, muitas vezes, seja uma das causas pelo atual status de infelicidade. É algo que precisa ser refletido com profundidade.

Creio até que essa seja a verdadeira causa pelo qual nós tratemos muitas vezes de determinado problema mas nunca consigamos de fato solucioná-lo. Porque não nos dispomos a nos despir de tudo que é necessário para a solução. Não largamos o velho para a entrada do novo. E esse erro infelizmente nos consome tempo e muitos esforços. Porque nós ofertamos outras coisas em troca do que seria necessário, mas que não servem, de fato ao intento. É pura perda.

Nós podemos tentar, mas nem sempre vamos conseguir enganar a nós mesmo, mas ainda que nós consigamos enganar a nós mesmos, não significa que consigamos enganar aos outros e a todo o universo. As Leis Divinas são milimetricas, aliás, na ciência atual, podemos dizer que são nanométricas, e não poderemos nos furtar a correção daquilo que não estiver em perfeito equilibrio, queiramos ou não isso.

Essa honestidade/fidelidade passa a ser então uma ferramenta importante a medir o quanto nós realmente nos entregamos a nossa capacidade de resolver nossos problemas.

A espiritualidade comenta em diversos livros a respeito das condutas das pessoas, que dizem sofrer determinado mal, compreendem bem qual a solução que lhe é exigida para dar cabo ao problema, mas que não mergulham na decisão banhando-se de corpo e alma em seus benefícios. Os auxilios do mais alto sempre nos acompanham, posto que a bondade divina é um manancial sem fim de amor e de bençãos a jorrar em orvalho abundante sobre todos nós, dos quais muitas vezes nós mesmos, qual pessoas com medo de nos molharmos  vestimos capas e guarda-chuva repelindo até as menores gotas.

Essa nossa infantilidade é que demonstra qual o nosso grau evolutivo (muitas vezes acompanhada da vaidade de que somos alguém dentro de uma igreja ou instituição espiritista, e merecedores de um acompanhamento especial deste ou daquele espírito benfeitor), a exigir reparo imediato de rumo, sob pena de nós permanecermos presos como árvores frondosas ao local onde estacionamos, enraizados em erros dos quais não encontramos saída. A observar sempre os mesmos erros passando por nós e sem encontrar soluções.


(*) Marcelo Stanczyk - Instrutor, Expositor e Pesquisador Espírita. Diretor-Adjunto de Pesquisas do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM) Membro moderador da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE) Coordenador das Palestras Doutrinárias do Depto de Ensino Doutrinário do C.E.Ismael
Nota do Editor:
O artigo e/ou texto acima é de inteira responsabilidade de seu comentarista/articulista e/ou autor.  E as opiniões/críticas/conceitos/observações/citações aqui emitidas não refletem necessariamente a opinião da direção do Centro Espírita Ismael e/ou deste blog.







Grupo teatral faz ensaios no CEIsmael

Além do trabalho de Evangelização, realizado aos sábados das 15h00 às 16h00, o Departamento de Infância, Juventude e Mocidade –DIJM - do Centro Espírita Ismael considera importantíssimos os vínculos que os jovens e crianças criam com a Casa e seus frequentadores.
E com objetivo de estreitar esses laços e possibilitar o aprendizado de novas habilidades (dentro da temática cristã), o DIJM coordena um grupo teatral " para os alunos que frequentam as aulas da evangelização". No ano passado, esse grupo teatral fez sua primeira apresentação com a peça "Contágio: A Ameaça do Melindre". E agora os ensaios para a nova peça "A sala da Decisão"  terão início neste próximo sábado ( 25/02 ).  Os encontros serão realizados aos sábados, das 13h30 às 14h30 em nossa Unidade II, à Rua Ponta de Pedras, 59 -- rua paralela à Unidade I. 
Os alunos têm um intervalo de 30 minutos entre o término do ensaio do grupo teatral e o início das aulas de evangelização.
Se você faz parte das turmas de Evangelização, não perca esse chance!


Falta pouco para a palestra de J.Carlos De Lucca!

Já temos 218 inscritos para a palestra "Cura e Libertação", de JOSÉ CARLOS DE LUCCA, que acontecerá no domingo, dia 26/02, a partir das 9 horas. É mais um evento comemorativo dos 50 Anos do Centro Espírita Ismael. Com essa participação, teremos duas salas para recepcionar o público – sendo uma delas com transmissão simultânea. Essa palestra não será gravada em vídeo e, portanto, não será postada no  You Tube. Ainda há tempo para inscrever-se na Secretaria da Casa.
É a segunda vez que o escritor e radialista  JOSÉ CARLOS DE LUCCA vem ao Centro Espírita Ismael. Ele é palestrante espírita há 15 anos com 12 livros publicados: "Sem Medo de Ser Feliz", "Justiça Além da Vida", "Para O Dia Nascer Feliz", "Com os Olhos do Coração", "Olho Mágico", "Força Espiritual", "Atitudes para Vencer", "Vale a Pena Amar", "O Médico Jesus", "Minutos com Chico Xavier", "Recados do Meu Coração" e "Cura e Libertação". Todos os direitos autorais de seus livros foram cedidos a entidades filantrópicas. Fundou, juntamente com outros companheiros, o Grupo Espírita Esperança.  De Lucca apresenta na Rádio Boa Nova o programa "Sem Medo de Ser Feliz" e na Rádio Mundial o programa "Cura e Libertação".
É necessária a inscrição com antecedência na Secretaria ou através do e-mail: ceismael@ceismael.com.br. Informações podem ser obtidas através do telefone (11) 2242.6747. Faça logo a inscrição e garanta o seu lugar no auditório. Não deixe para a última hora! E participe das comemorações do cinquentenário do CEIsmael – que acontecerá no domingo dia 19 de agosto nos salões do Clube Guapira.

Violência e Paz sob os olhares do Espiritismo!

Recebemos de nosso companheiro Bismael B. Moraes, Secretário Geral do Centro Espírita Ismael, o primeiro artigo que nos leva ao conhecimento dos conflitos, guerras e a busca de paz por governos de outros países, mostrando também esses pontos sob a ótica do Espiritismo e os ensinamentos da Doutrina. É um artigo para que nos envolve em reflexões, com informações e dados atualizados. O Sr. Bismael é advogado, mestre em Direito Processual pela Universidade de São Paulo. Ele foi presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado, é membro da Academia Guarulhense de Letras, é autor, dentre outros, do livro "Estado e Segurança diante do Direito" (Editora Revista do Tribunais/SP) e, também, pertence à União dos Delegados Espíritas do Estado de São Paulo.  

"A Expressão 'Si Vis Pacem, Para Bellum', Numa Visão Espírita" – por Bismael B.Moraes 

À guisa de introdução
                                   Dos axiomas ou brocardos medievais até hoje usados, sem raciocinar, por pessoas aparentemente anestesiadas, dois deles - irmãos, ao que parece -, escritos em latim, sempre me deixaram perplexo: "Si vis pacem, para bellum" (Se queres paz, prepara-te para a guerra) e "Qui desiderat pacem, praeparet bellum" (Quem deseja a paz, esteja pronto para a guerra). Meu Deus! Com que lógica, racionalmente aceitável, alguém que aspire à saúde deve se preparar para a doença? Como se pode conceber, de forma ponderada, que alguém, desejando o bem, tenha que se armar para o mal?
                                   Qualquer ser humano de bom senso, ou seja, de espírito equilibrado, por certo, sabe que água e fogo, vida e morte, o bem e o mal, são coisas efetivamente distintas, para não dizer diametralmente opostas. Assim, também, oxigênio e nitroglicerina, embora elementos de Química, têm finalidades em total discrepância. Por isso - repetimos – sempre nos sentimos chocados com aquelas expressões latinas, do antigo pensador Vegecio, muito difundida por militaristas e armamentistas, bem como - e principalmente – pelos fabricantes dos instrumentos da morte, acompanhados, infelizmente, também por indivíduos interesseiros, exibicionistas e inocentes úteis, anestesiados.
                                     Ensinou Jesus Cristo, nos Evangelhos: "Conhece a verdade, e a verdade te libertará". E recomendou Mahatma Gandhi ao seu povo, na Índia, liberta do jugo inglês pela sua liderança pacífica: "Crer na verdade, raciocinar na verdade e viver a verdade". São pensamentos éticos e válidos para toda a eternidade. Por seu turno, o físico Albert Einstein, em seu livro "Como Vejo o Mundo" (Editora Nova Fronteira, Rio), dentre os muitos ensinamentos que nos deixou, três deles merecem destaque, aqui e agora: 1. "A violência fascina os seres moralmente mais fracos"; 2. "A luta pela verdade deve ter precedência sobre todas as outras lutas"; e 3. "O Estado deve ser nosso servidor e não temos obrigação de ser seus escravos". Guardemos essas lições e acompanhemos a presente análise.
Visão moral de um diplomata inspirado
                                     Recentemente, passados 10 anos dos ataques terroristas, de 11 de setembro de 2001, às Torres Gêmeas de Nova Iorque, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, o diplomata Antonio Patriota, conforme registra o jornal "O Estado de S. Paulo" (11-9-2011, p. A-13), acusou, em nome do governo brasileiro, "as potências militares de tentarem manter 'velhas práticas' de tomar decisões pelo restante do mundo, a alerta que intervenções são 'remédios que podem matar o paciente'. E afirma: "A guerra no Iraque e no Afeganistão mostrou os limites do poder militar: nenhum país pode estabelecer sozinho a direção do mundo, nem os mais poderosos, e temos novos atores presentes". E, depois de dizer que "o mundo bipolar acabou", citou que, no caso da invasão do Iraque, "centenas de milhares de civis morreram".
                                     Aliás, já em publicação anterior, ao escrever sobre "Direitos Humanos e Ação Diplomática" (jornal "Folha de S.Paulo", 1º/9/2011, p. A-3), o nobre Ministro Patriota afirmou: "Não nos esqueçamos de que o primeiro direito humano é o direito à vida", esclarecendo que "cada vez que a violência se dissemina, as primeiras vítimas são os segmentos mais vulneráveis: as crianças, as mulheres, os idosos, os desvalidos". E termina seu artigo, afirmando: "Não podemos correr o risco de regredir a um estado em que a força militar se transforme no árbitro da justiça e da promoção social".
                                     Quem tenha um rudimentar conhecimento do que seja fraternidade e entenda as lições do Cristo – de "amar ao próximo como a si mesmo" e de "não desejar ao semelhante o mal que não quer para si" nem para os seus -, por certo, já entende que todos os Exércitos dos países da Terra são compradores cativos da indústria mundial da morte! E como nenhum Exército existe para a paz, mas para a guerra, ou, no mínimo, como órgão amedrontador e coercitivo do Estado, deduz-se que, para "justificar" essas expectativas, toda a propaganda do militarismo, ou do "heroísmo de sangue", e a indústria desses instrumentos letais agradecem aos políticos anestesiados ou ávidos por dinheiro ou por notoriedade, eleitos com as grandes contribuições dessa indústria e as palmas dos seus donos, algozes,"acima de qualquer suspeita".                                
Silêncio sepulcral sobre a indústria da morte
                                       A propósito de mortes em guerras, revoluções, golpes de Estado, atentados terroristas, chacinas, assim como nos casos de crimes comuns – lesões corporais, homicídios, roubos, assaltos, extorsões de toda ordem, e mesmo acidentes com armas envolvendo crianças, há perguntas que, "misteriosamente", jamais são feitas, nem mesmo em teses científicas, de pós-graduação em Direito, ou em Sociologia, ou em Ciência Política: por que esse silêncio pernicioso e constrangedor, esse mutismo sepulcral, altamente nocivo aos indivíduos e à coletividade, em relação aos fabricantes de armas, munições e demais apetrechos especificamente destinados à produção de violência, de sequelas, de mortes e de lágrimas? Será que a vida humana vale menos do que as cifras e as políticas armamentistas?
Observações de um premiado com o Nobel da Paz
                                         Em seu artigo "Rearmamento do Haiti prejudica a paz", publicado pelo jornal "Folha de S. Paulo" (11-12-2011, p. A-3), o ex-presidente Oscar Arias Sánchez, da Costa Rica, na sua condição moral de ganhador do Prêmio Nobel da Paz, escreveu que, "na América Latina, a maioria dos Exércitos tem sido inimiga do desenvolvimento, da paz e da liberdade. Na América Latina, foi a bota militar que pisoteou os direitos humanos. Foi a voz do general que pronunciou as ordens sangrentas de captura contra estudantes e artistas. Foi a mão do soldado que atirou no povo inocente pelas costas. No melhor do cenários, os Exércitos significam um gasto proibido para nossas economias; no pior, uma fonte de instabilidade para nossas democracias". E, depois de inúmeros outros argumentos, apontou que os 95 milhões de dólares usados para o rearmamento do Haiti "deveriam ser investidos em educação e saúde". Usou ainda, como argumento, o processo pelo qual passou o seu país, que aboliu as Forças Armadas, e advertiu, ao final: "será um erro tentar reinstalar o Exército no Haiti". 
                                        Ao que parece, qualquer pessoa que fala em defender a liberdade e a paz, mas, hipocritamente, "releva" o poder destruidor das armas e seus fabricantes, é aquilo que os franceses mais sensíveis chamam "âme puissante a la mort" (alma afeita à morte), ou seja, é um Espírito obtuso, ainda moralmente atrasado, que se compraz com o sofrimento alheio, como ensina a doutrina espírita. Mas não é o caso do ex-presidente Oscar Arias, da Costa Rica, homem inspirado e de elevados dotes morais, direcionados à paz, com a sabedoria dos Espíritos elevados, como se vê acima.
Breve enfoque da Filosofia Espírita.
                                           Aqueles que estudam e pesquisam com seriedade, bem como todos que sabem ouvir e, ao mesmo tempo, fazer bom uso da razão, com certeza, já descobriram que o Espiritismo Cristão é uma doutrina ética. Não é uma invenção ou criação do homem. Foi revelada pelos Espíritos Mentores, através de médiuns psicofônicos e psicógrafos, e codificada em livros, no Século XIX, pelo mestre francês Hippolyte-Léon Denizard Rivail, respeitável pedagogo, conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec. Defende o princípio da fé raciocinada (não apenas decorando e repetindo as lições do Cristo, mas analisando tudo o que se lê, o que se ouve e o que se vê, e exercitando os bons exemplos cristãos). Essa Doutrina dos Espíritos envolve todos conhecimentos necessários ao progresso da humanidade e tem seus alicerces na Filosofia (analisando o pensamento e as ideias), na Ciência (trabalhando com a pesquisa, a experimentação e a prova) e na Religião (refletindo sobre a verdade, a moral e a fé).      
                                            Pois bem. Dos inúmeros ensinamentos espíritas, destaca-se que a moral e o intelecto nem sempre caminham juntos, ou seja, nem sempre se acham no mesmo patamar. É por isso que existem seres humanos com boa educação formal, com vários títulos, mas de procedimento incorreto e reprovável. Destarte, sendo o ser humano um Espírito encarnado, uma alma habitando um corpo, de modo passageiro (com nascimento, vida e morte física), e sendo o Espírito (que anima o corpo) o ser inteligente da Natureza e eterno, vivendo quantas vezes se fizerem necessárias ao seu progresso e aprendizado moral, em novos corpos (ora como homem, ora como mulher, como negro, branco ou amarelo), logo se deduz  haver indivíduo altamente intelectualizado, mas de princípios morais baixos. É comum encontrarmos,  nos vários cantos da Terra, pessoas que se servem de seus conhecimentos para pisar sobre os demais, para explorar os menos favorecidos, usar de falcatruas para enriquecer de forma ilícita ou se manter em posição de destaque, enquanto muitos morrem ou sofrem, em decorrência de seus atos.
Lições dos Espíritos sobre a guerra
                                              Em "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec (Edições FEESP, tradução de J. Herculano Pires), obra que é a expressão máxima da Filosofia Espírita, no  Livro Terceiro, Capítulo IV, no Título III, que trata da Lei (natural) de Destruição, na questão 742, encontramos a seguinte lição: "A causa que leva o homem à guerra é a predominância da natureza animal sobre a espiritual e a satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito do mais forte, e é por isso que a guerra, para eles, é o estado normal". E, depois de esclarecer, na resposta à questão 743, que a guerra desaparecerá da face da Terra, "quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus", o Espírito Mentor alerta  que aquele "que suscita a guerra em seu proveito é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas existências para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado pra satisfazer a sua ambição". 
Analisando a busca da paz e um artigo desconcertante
                                                De longa data, temos procurado fazer um proposital questionamento: se todos os indivíduos, pobres ou ricos, analfabetos ou letrados, dos campos ou das cidades, se dizem contrários à violência e à morte por armas e são favoráveis à segurança e à paz, e - mais ainda – dizem defender a democracia, por que a humanidade ainda não alcançou a realização dessa vontade coletiva? Claro: é porque cada ser humano está na faixa moral do Espírito que anima seu corpo, sendo, às vezes, mais adiantado moralmente, noutras vezes, mais atrasado, nas várias encarnações e experiências por que passou. Terá que renascer muitas vezes, para, com esforço, aprender o consenso do bem.                                                 
                                                 Como se depreende da leitura do Capítulo XX, de "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec (tradução de J. Herculano Pires, Editora LAKE, 23ª edição, SP), a mediunidade é um dom concedido por Deus ao ser humano para realizar o bem, mas há  Espíritos atrasados, que só a empregam para a prática do mal, em decorrência de seus interesses egoísticos e da falta de freios morais, independentemente dos títulos, diplomas e dotes intelectuais que possuam.
                                            Mas, nessa curta análise sobre armas e guerra sob a ótica espírita, surpreendemo-nos com a leitura de um artigo de Daniel Mack, sob o título de "Armamos Ditadores" (Folha de S. Paulo, 22-9-2011, p. A-3). Ele nos dá conta de que o nosso país, com sua indústria bélica, exportou pistolas para a Líbia (do ditador Gaddafi); também, para a Argélia, para a Tunísia e para o Egito (do ditador Mubarak), assim como vendeu 2 milhões de dólares e munição para o Zimbábue (do ditador Mugabe) e 50 mil armas para o Iêmen, além de mísseis para o Paquistão e bombas cluster para a Malásia. E conta, ainda, da venda de quase 1 milhão de armas para os Estados Unidos e cerca de 30 milhões de munições para o Reino Unido! Observamos, a propósito, que há inúmeras maneiras de progredir e auxiliar a humanidade por meios moralmente defensáveis, mas, ao que parece, a vida humana vale menos do que os interesses egoísticos e grupais dos indivíduos dotados de conhecimento e  em posição de destaque, mas ainda são Espíritos obtusos e vaidosos.
Por que devemos nos orgulhar do Brasil...
                                           Orgulhemo-nos do Brasil, porque é um país gigante, cheio de amor, fartura e trabalho, e está sempre de braços abertos para o mundo; orgulhemo-nos do Brasil, porque não mais é chamado pejorativamente de "republiqueta das bananas" nem é objeto de gracejos da parte de europeus e norte-americanos; orgulhemo-nos do Brasil, porque, pelo esforço e a perseverança de seu povo, conseguiu tirar mais de 40 milhões de seus filhos da estrema miséria, mostrando-lhes novas perspectivas; orgulhemo-nos do Brasil, porque, desde de 1934, garantiu o voto livre às mulheres, que são as queridas mães, filhas, avós, netas, esposas, tias e sobrinhas desses homens vaidosos; orgulhemo-nos do Brasil, porque, após mais de um século de dívida e subserviência a potências estrangeiras, é, por fim, credor de seus credores; orgulhemo-nos do Brasil, porque, depois de dois longos períodos de ditaduras, - com a perda de vidas e de liberdade de tantos mártires – hoje, respira democracia; orgulhemo-nos do Brasil, porque, ao tempo em que existem países com mulheres ainda em estágio de escravidão, 52% das brasileiras já são eleitoras e 57% da população universitária são do sexo feminino; orgulhemo-nos do Brasil, porque  recebe e convive fraternalmente com pessoas de todos os cantos da Terra, interna e externamente, sem choques de qualquer natureza; orgulhemo-nos do Brasil, sem menosprezar as demais nações do mundo, porque ele é, efetivamente, "o coração do mundo e a pátria do Evangelho"; mas, não nos orgulhemos do Brasil e, sim, oremos às falanges do bem em seu favor, porque ele é, também, mais um fabricante de armas que se prestam à violência e à morte! 
À guisa de conclusão
                                             Finalmente, devemos relembrar a existência de um ensinamento cristão que manda não desejar para o semelhante quilo que você naturalmente não quer para si mesmo. Ora, se eu quero a amizade de alguém, devo ser amigo desse alguém; se eu quero reconhecimento pelos meus atos, eu também devo reconhecer o valor do semelhante; se eu não quero ser maltratado, eu não devo maltratar o semelhante;  se eu não quero ser ferido, eu não firo o semelhante; se eu não quero ser humilhado, eu não devo humilhar o semelhante, e assim sucessivamente. Da mesma forma, se eu quero ser um médico, eu devo estudar Medicina; se eu quero ser engenheiro, devo estudar Engenharia; se eu quero ser cozinheiro, devo aprender os segredos dos temperos e da cozinha. Igualmente, se eu quero paz, devo me preparar para a paz, aprender a ser pacífico, como recomendou o Cristo, e não me preparar para a guerra e me armar até os dentes. Logo, a expressão "Si vis pacem, para bellum", (se queres paz, prepara-te para a guerra), é totalmente contrária ao bom senso, à harmonia, à fraternidade, ao diálogo, ao sentimento cristão; é própria dos Espíritos ainda selvagens e insensíveis!
                                            Que as luzes divinas clareiem nossas mentes e que os Espíritos da paz  inspirem as pessoas de bem a se oporem aos mercadores da violência, dos crimes e das guerras. Muita paz a todos.
..................................
São Paulo, fevereiro de 2012                      

Uma lição: " Cadê os meus pais? "

O portal "Espiritismo na Rede", publica mais um artigo de nosso companheiro e irmão Marco Aurélio Rocha, sobre o comportamento de pais com seus filhos. No mundo agitado de hoje com a tradicional desculpa da "falta de tempo", enquanto o próprio tempo esvazia-se.

"Sabe, meu filho, até hoje não encontrei tempo para brincar com você. Arranjei tempo para tudo, menos para vê-lo crescer. Nunca joguei dominó, xadrez ou empinei pipa com você.

Sabe, sou muito importante. Não tenho tempo para sentar no chão com você. Não, não tenho tempo!

Certa vez você veio com o caderno da escola. Não liguei. Continuei lendo o jornal. Afinal, os problemas internacionais são mais sérios que os de minha casa.Qual a importância de eu saber se hoje você venceu ou perdeu a corrida na escola? Amanhã, quando falar com os homens de negócio, o que eu preciso saber é a cotação da bolsa e como anda a política internacional.

São esses assuntos que me tornam importante aos olhos dos outros e que permitem que eu cresça no mundo dos negócios, sempre mais. Nunca vi o seu boletim, nem sei qual foi a sua primeira palavra.

Você entende... Não tenho tempo.

Eu não reparo em quase nada. Minha vida é muito corrida. Sei que você se queixa, que sente falta de uma palavra minha, de um corre-corre, de um chute na sua bola.

Sei que você sente falta do meu abraço e do meu sorriso. Mas não tenho tempo.Você entende, sou um homem muito importante.

Preciso dar atenção a muita gente, dependo delas.

Na verdade, sou um homem sem tempo.

Sei que você fica chateado, porque as poucas vezes que conversamos, só eu falo, e a maior parte é bronca. Quero silêncio! Quero sossego! E você tem a péssima mania de pular sobre a gente, de agarrar, querer contar tudo que lhe acontece.

Filho, não tenho tempo para abraçá-lo para ficar com papo-furado com criança.

Filho, o que você entende de comunicação, cibernética, racionalismo?

Você sabe o nome dos grandes economistas? Dos grandes investidores? Sabe quais são as ações que estão em alta? Sabe qual é o melhor investimento a ser feito?

Sabe, filho, não tenho tempo. Tenho muitos cursos a frequentar, muitas coisas a aprender.

Mas o pior de tudo é que... Se você morrer agora, já, neste instante, eu ficaria com um peso na consciência, porque até hoje não arrumei tempo para brincar com você.

E sei que nada iria preencher o vazio que sua ausência deixaria em nossa casa. Oh, filho, por que eu não consigo arrumar tempo para estar com você?

O mundo sente falta de homens que sejam pais. De homens que, após o dia das tarefas exaustivas, saibam ser doces e se debruçar sobre o berço do pequeno que dorme e o acariciem.

Que tenham ternura e cuidado suficientes para se erguer pela madrugada para acompanhar o filho que segue para a viagem de férias com amigos.

O mundo precisa de pais que saibam ouvir não somente os grandes executivos e o tilintar das moedas. Mas, que, se fazendo pequenos, ouçam com atenção a narrativa ofegante do garoto que chega da rua, da escola, da creche.

Esses pais formarão cidadãos nobres, homens dignos que se preocuparão com os demais, porque desde cedo aprenderam que o amor e a dedicação são peças indispensáveis para o mundo melhor que todos desejamos."

A responsabilidade por nossas vidas.

Publicamos abaixo o primeiro artigo de nosso companheiro Marcelo Stanczyk (*) com observações importantes sobre nossos comportamentos e a Reforma Íntima. A propósito, lembramos que logo abaixo há uma nota com o título "Em Busca da Reforma Íntima", que é justamente os estudos e debates desenvolvidos pelo GRUPO DE ESTUDO PARA HARMONIA ÍNTIMA. Convidamos para que a nota seja lida ou relida. Esse grupo reúne-se às 4as. feiras, das 19h30 às 21h00, com retorno no próximo dia 15 de fevereiro.  O livro base em estudo é justamente o que tem referências no artigo a seguir. Ainda há vagas para novos participantes. Inscreva-se na Secretaria.

O quanto posso dizer que sou responsável pela minha vida --- por Marcelo Stanczyk (*) -   Da leitura do livro "Reforma Íntima Sem Martírio", de Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley S. de Oliveira, mais especificamente na primeira lição ("Consciência de Si") que ele traz, pude extrair diversos ensinamentos (conhecimento) que foram muito salutares. Entretanto, um deles creio ter se destacado entre os demais, ao menos para mim, e neste momento. Diz respeito a nossa realização, ou seja, a nossa ação no dia-a-dia. E como será que ela está?
Daí eu digo que podemos refletir algo interessante. A passagem que destaco é:"… exaremos alguns conceitos que merecem ser resgatados no seu melhor entendimento: uma construção gradativa de valores, a solidificação de qualidade eternas. uma proposta de plenotude e não de derrotismo. E fazer mais luz para varrer as sombras. Muitos, porém, acreditam que luz se faz extinguindo as trevas… É a formação do homem de bem. Não se trata de deslocar vícios e colocar virtudes. é dada muita importância ás imperfeições nos ambientes da Doutrina, quando deveríamos falar mais das virtudes de bem. processo libertador da consciência. Não se trata de vencer o ego, mas conquistá-lo através do domínio natural da "voz" divina que ecoa em nossa intimidade"
E eu estive pensando muito a respeito disso tudo que está ai em cima escrito. E análise lógica sempre passa por uma série de pensamentos sucessivos, onde nós vamos construindo uma idéia que, ao final, podemos até resumir, e eu o farei isso, mas que tem todo um carcabouço de explicações internas, que muitas vezes não conseguimos expressar da forma escrita. Mas devo dizer que das conclusões finais (até agora, é claro!) desse determinado trecho eu entendi que, SE EU QUERO SER BOM, nada me impede de eu SER BOM, assim, eu resumiria: QUER SER BOM? ENTÃO SEJA…
Ninguém pode me impedir de eu ser o que eu quiser ser: se eu quiser ser caridoso, basta ao invés de levantar os pés quando varrem o chão (mantrendo-me sentado na cadeira ou sofá onde estou alojado), eu posso levantar e ir buscar a pázinha de lixo onde aquele material todo será recolhido para ser acondicionado no saquinho respectivo. É algo até simples, que eu confesso, não faço mesmo! E não faço por quê??? Pois foi essa pergunta que começou a me pegar… acho que seja a comodidade de continuar sentado? ou a preguiça de fazer algum exercício? – E, daí me pergunto, estou cansado mesmo??? Para eu poder me levantar e buscar a pázinha, há alguns 5 metros de onde estou? Não… não estou cansado não.
É realmente pura preguiça. Minha preguiça. Inaceitável preguiça que tenho e cultivo, e nem é inconscientemente não, é bem conscientemente.
E falo para mim mesmo: preciso perder peso… preciso fazer condicionamento físico… queria entrar na academia… quando eu tiver bom poderei entrar na academia…
Mas esqueço que essas mínimas atitudes de levantar, sentar, andar… tudo isso é movimento que, de uma forma ou de outra, consome caloria… gasta energia… ajuda no condicionamento físico e, eu tenho 24 horas (ops, 24 – 8 horas, porque tenho que dormir) para fazer exercícios simples e manter-me condicionado. Não preciso de uma academia por 1 ou 2 horas ininterruptas, suando e suando…
Mas não estou mentalmente condicionado a isso, e por quê???? porque me condicionei ao descanso, à preguiça… a vida mole. E saboto eu mesmo a mim mesmo, e depois me irrito porque ainda tenho pneuszinhos, ou porque estou com sobrepeso (ai se meu problema fosse esse!!!). É aquilo que tão comumente na atualidade é conhecida como "sombra".
E como corrigir isso??? Mudando minha forma de agir. Parando de esperar por um milagre e fazendo de minha própria vida um milagre. ou seja, parando de achar que a solução dos meus problemas estão por "fora" de mim, ou para fora" de mim, e entendendo a responsabilidade pessoal e individual que eu tenho comigo mesmo, aliás, o que, por sí só podemos chamar de maturidade.
Ser maduro não é ter respostas para tudo… Ser maduro é um processo onde percorremos nossa própria ignorância do saber, ou então, numa instância mais profunda, quando sabemos, a instância de não fazermos o que sabemos, mas ainda assim nos dedicarmos pela conquista tanto do saber (teórico – da idéia que dá origem a ação) quanto da conquista do fazer (execução em mim mesmo).
Quando colocamos a responsabilidade de nós nas mãos alheias, nos sentimos (pseudo) leves, mas não somos capazes de perceber que apenas enganamos a nós mesmos. Já que o outro não tem autonomia de nos dirigir a ações. Pode, sim, e muitas vezes o é, um amigo importante a nos mostrar determinados detalhes dos defeitos que possuímos  e das qualidades que ainda não se encontram em nós, mas isso só quando estamos em um processo de autocrítica… autoconhecimento… auto-aprimoramento.
E quando a coisa não dá certa, se assim procedemos (colocando as decisões de nossa vida em mãos alheias) nos decepcionando com o outro… esquecendo que ele também tem as autocorreções próprias a fazer… nos irritamos com o outro, porque parece que nos pega no pé e aponta apenas defeitos… nos enfurecemos com aquele que nem é responsável por nós… transferindo o que deveria ser a autodecepção pela nossa ineficácia, para o outro.
E se não posso colocar no outro a minha própria culpa… culpa não seria talvez a palavra mais adequada, mas sim infelicidade pelas nossas próprias decisões e mais a frente nossas ações. É a mim mesmo que devo atribuir meu insucesso…   Mas minhas idéias não param por ai, mas posso perfeitamente entender então que: QUERO SER FELIZ, ENTÃO POR QUÊ NÃO ME FAÇO FELIZ????
(*) Marcelo Stanczyk - Instrutor, Expositor e Pesquisador Espírita. Diretor-Adjunto de Pesquisas do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM) Membro moderador da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE) Coordenador das Palestras Doutrinárias do Depto de Ensino Doutrinário do C.E.Ismael

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