A responsabilidade por nossas vidas.

Publicamos abaixo o primeiro artigo de nosso companheiro Marcelo Stanczyk (*) com observações importantes sobre nossos comportamentos e a Reforma Íntima. A propósito, lembramos que logo abaixo há uma nota com o título "Em Busca da Reforma Íntima", que é justamente os estudos e debates desenvolvidos pelo GRUPO DE ESTUDO PARA HARMONIA ÍNTIMA. Convidamos para que a nota seja lida ou relida. Esse grupo reúne-se às 4as. feiras, das 19h30 às 21h00, com retorno no próximo dia 15 de fevereiro.  O livro base em estudo é justamente o que tem referências no artigo a seguir. Ainda há vagas para novos participantes. Inscreva-se na Secretaria.

O quanto posso dizer que sou responsável pela minha vida --- por Marcelo Stanczyk (*) -   Da leitura do livro "Reforma Íntima Sem Martírio", de Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley S. de Oliveira, mais especificamente na primeira lição ("Consciência de Si") que ele traz, pude extrair diversos ensinamentos (conhecimento) que foram muito salutares. Entretanto, um deles creio ter se destacado entre os demais, ao menos para mim, e neste momento. Diz respeito a nossa realização, ou seja, a nossa ação no dia-a-dia. E como será que ela está?
Daí eu digo que podemos refletir algo interessante. A passagem que destaco é:"… exaremos alguns conceitos que merecem ser resgatados no seu melhor entendimento: uma construção gradativa de valores, a solidificação de qualidade eternas. uma proposta de plenotude e não de derrotismo. E fazer mais luz para varrer as sombras. Muitos, porém, acreditam que luz se faz extinguindo as trevas… É a formação do homem de bem. Não se trata de deslocar vícios e colocar virtudes. é dada muita importância ás imperfeições nos ambientes da Doutrina, quando deveríamos falar mais das virtudes de bem. processo libertador da consciência. Não se trata de vencer o ego, mas conquistá-lo através do domínio natural da "voz" divina que ecoa em nossa intimidade"
E eu estive pensando muito a respeito disso tudo que está ai em cima escrito. E análise lógica sempre passa por uma série de pensamentos sucessivos, onde nós vamos construindo uma idéia que, ao final, podemos até resumir, e eu o farei isso, mas que tem todo um carcabouço de explicações internas, que muitas vezes não conseguimos expressar da forma escrita. Mas devo dizer que das conclusões finais (até agora, é claro!) desse determinado trecho eu entendi que, SE EU QUERO SER BOM, nada me impede de eu SER BOM, assim, eu resumiria: QUER SER BOM? ENTÃO SEJA…
Ninguém pode me impedir de eu ser o que eu quiser ser: se eu quiser ser caridoso, basta ao invés de levantar os pés quando varrem o chão (mantrendo-me sentado na cadeira ou sofá onde estou alojado), eu posso levantar e ir buscar a pázinha de lixo onde aquele material todo será recolhido para ser acondicionado no saquinho respectivo. É algo até simples, que eu confesso, não faço mesmo! E não faço por quê??? Pois foi essa pergunta que começou a me pegar… acho que seja a comodidade de continuar sentado? ou a preguiça de fazer algum exercício? – E, daí me pergunto, estou cansado mesmo??? Para eu poder me levantar e buscar a pázinha, há alguns 5 metros de onde estou? Não… não estou cansado não.
É realmente pura preguiça. Minha preguiça. Inaceitável preguiça que tenho e cultivo, e nem é inconscientemente não, é bem conscientemente.
E falo para mim mesmo: preciso perder peso… preciso fazer condicionamento físico… queria entrar na academia… quando eu tiver bom poderei entrar na academia…
Mas esqueço que essas mínimas atitudes de levantar, sentar, andar… tudo isso é movimento que, de uma forma ou de outra, consome caloria… gasta energia… ajuda no condicionamento físico e, eu tenho 24 horas (ops, 24 – 8 horas, porque tenho que dormir) para fazer exercícios simples e manter-me condicionado. Não preciso de uma academia por 1 ou 2 horas ininterruptas, suando e suando…
Mas não estou mentalmente condicionado a isso, e por quê???? porque me condicionei ao descanso, à preguiça… a vida mole. E saboto eu mesmo a mim mesmo, e depois me irrito porque ainda tenho pneuszinhos, ou porque estou com sobrepeso (ai se meu problema fosse esse!!!). É aquilo que tão comumente na atualidade é conhecida como "sombra".
E como corrigir isso??? Mudando minha forma de agir. Parando de esperar por um milagre e fazendo de minha própria vida um milagre. ou seja, parando de achar que a solução dos meus problemas estão por "fora" de mim, ou para fora" de mim, e entendendo a responsabilidade pessoal e individual que eu tenho comigo mesmo, aliás, o que, por sí só podemos chamar de maturidade.
Ser maduro não é ter respostas para tudo… Ser maduro é um processo onde percorremos nossa própria ignorância do saber, ou então, numa instância mais profunda, quando sabemos, a instância de não fazermos o que sabemos, mas ainda assim nos dedicarmos pela conquista tanto do saber (teórico – da idéia que dá origem a ação) quanto da conquista do fazer (execução em mim mesmo).
Quando colocamos a responsabilidade de nós nas mãos alheias, nos sentimos (pseudo) leves, mas não somos capazes de perceber que apenas enganamos a nós mesmos. Já que o outro não tem autonomia de nos dirigir a ações. Pode, sim, e muitas vezes o é, um amigo importante a nos mostrar determinados detalhes dos defeitos que possuímos  e das qualidades que ainda não se encontram em nós, mas isso só quando estamos em um processo de autocrítica… autoconhecimento… auto-aprimoramento.
E quando a coisa não dá certa, se assim procedemos (colocando as decisões de nossa vida em mãos alheias) nos decepcionando com o outro… esquecendo que ele também tem as autocorreções próprias a fazer… nos irritamos com o outro, porque parece que nos pega no pé e aponta apenas defeitos… nos enfurecemos com aquele que nem é responsável por nós… transferindo o que deveria ser a autodecepção pela nossa ineficácia, para o outro.
E se não posso colocar no outro a minha própria culpa… culpa não seria talvez a palavra mais adequada, mas sim infelicidade pelas nossas próprias decisões e mais a frente nossas ações. É a mim mesmo que devo atribuir meu insucesso…   Mas minhas idéias não param por ai, mas posso perfeitamente entender então que: QUERO SER FELIZ, ENTÃO POR QUÊ NÃO ME FAÇO FELIZ????
(*) Marcelo Stanczyk - Instrutor, Expositor e Pesquisador Espírita. Diretor-Adjunto de Pesquisas do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro (CCDPE-ECM) Membro moderador da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE) Coordenador das Palestras Doutrinárias do Depto de Ensino Doutrinário do C.E.Ismael

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