A importância da prece

Eficácia da prece, uma constatação – artigo autorizado por Jorge Hessen (*) -  "A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar que há coisas que eles não sabem e os convidar para estudá-las; que a natureza tem recursos que eles ignoram; que o elemento espiritual que elesdesconhecem, não é uma quimera, e que, quando o levarem em conta abrirão novos horizontes à ciência e terão mais êxitos do que agora".
(1) Existem pesquisas sobre os efeitos da prece na saúde das pessoas. -  Uma delas foi realizada pelo Laboratório de Imunologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, com a participação ativa de mais de cinquenta e dois estudantes de medicina durante o período de 2000 a 2003. A pesquisa, segundo divulgação no final de outubro, nos principais jornais do País, apresentou resultados positivos que se materializam no aumento da estabilidade celular dos indivíduos que receberam a prece.De acordo com o estudo em foco um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose() - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância. "Na análise dos cinquenta e dois voluntários, a cada semana, uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse. Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a um grupo de dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam preces para aquela pessoa. Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa demorou três anos para ser concluída. (2)
A prece atua sobre indivíduos sadios, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo pioneiro realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. Nesse hospital "foi possível comprovar que os pacientes que receberam preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos".(3) Para nós, espíritas, ela se reveste de características especiais, pois "a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da prece" (4) Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que "o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal".(5) A rigor "a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética"(6) .
Considerando-se a propriedade do fluido magnético para que nos influenciemos mutuamente, e "reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico - particularmente as sanguíneas e as histiocitárias -, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos (...)" Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito pouco ainda conhecemos do seu mecanismo de funcionamento. Por isso mesmo, pouco a valorizamos, e por vezes até a esquecemos. É até um procedimento compreensível, uma vez que o Espiritismo é uma Doutrina relativamente jovem com aproximadamente 150 anos, e a análise de seus aspectos científicos requer conhecimentos básicos, sem os quais não entenderíamos as suas explicações, precisaríamos então ter noções de física, ciências, biologia, fluidos, magnetismo, eletromagnetismo, eletricidade, telecomunicações, etc. Mas, uma coisa é clara, a prece não pode mudar a natureza das provas pelas quais o homem tem que passar, ou até mesmo desviar-lhe seu curso, e isto porque elas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação. Muitas vezes surgem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador.
No entanto, não pode perder de mira a assertiva do Mestre "O que quer que seja que pedirdes na prece crede que obtereis, e vos será concedido".(7) Embora as preces que fazemos não irão desviar-nos de nossos problemas e desilusões, elas são um bálsamo reconfortante para a nossa alma enfermiça, pois faz-nos penetrar em estados de suave sossego e gozos que somente aquele que ora é capaz de decifrar. Tem, assim, a prece o inefável dom de dar-nos forças para suportarmos lutas e problemas, internos e externos, de colocar-nos em posição de vencermos obstáculos que, antes, pareciam irremovíveis. Kardec dava tanta importância ao ato de pensar que um dia escreveu no livro "A Gênese": "O pensamento produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral: é isso unicamente o que o Espiritismo poderia fazer compreender".(8)É o pensamento que dá qualidade curativa aos fluidos, que existem em estado natural ao nosso redor. É ele que transforma o fluido inerte em energia capaz de recompor um tecido doente ou reduzir os males de ordem espiritual que afetam os indivíduos. É o pensamento também o fio que nos permite estabelecer um relacionamento positivo com os espíritos, que participam das atividades curadoras. Mas, ao mesmo tempo em que nos permite tudo isso, ele também poderá nos ligar a espíritos cuja presença será prejudicial ao ato de curar. Toda moeda tem dois lados, as leis da natureza são estradas de duas mãos. A mente é fonte de energia curativa ou de energia destruidora.
A prece é, sem dúvida, um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Mas é, também, um meio dos mais difíceis, haja vista a pequena capacidade mental que temos para orar. Isto porque a oração tem sido um ato mecânico, que se realiza pelos lábios. Contudo, a prece é algo que depende enormemente do pensamento e da vontade. Sem esses dois requisitos, a prece se transforma em algo sem maior valor. Destarte, cremos que a temática prece deveria se constituir em matéria de constante estudo nos centros espíritas, porém, estudo sério e não se tornar objeto de considerações puramente místicas, que impedem alcançar a sua essência e importância.
FONTES: (1)- Kardec, Allan. Revista Espírita, novembro de 1866. /// (2)- Publicado no Jornal Folha de São Paulo em 09.Julho de 2004. /// (3)- Artigo de Kátia Penteado intitulado Efeitos da Prece na Saúde : a Ciência confirma a Doutrina Espírita - Nov/2004 /// (4)- Kardec, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2004, Cap28, item77. /// (5)- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, questão 662. /// (6)- Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. P.16 /// (7)- Marcos 11:24() Incorporação de partículas sólidas por uma célula mediante o envolvimento daquelas por esta. [Esse processo não implica penetração da membrana celular e serve à nutrição e de defesa contra elementos estranhos ao organismo.
(*) JORGE HESSEN -  jornalista, professor e historiador (licenciado pela Unb) articulista e palestrante. Natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília , do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF, site pessoal http://jorgehessen.net
<jh/26/05/2012>



José Roberto Godoy no "Minutos com a Doutrina"

Com 7 minutos e 27 segundos de edição, já está no ar o segundo programa "Minutos com a Doutrina", do Centro Espírita Ismael/São Paulo, na continuidade do tema sobre "anencefalia" – a interrupção da gravidez do anencéfalo – com o instrutor do Curso de Educação Mediúnica, JOSÉ ROBERTO GODOY. Com os seus estudos, pesquisas e conhecimentos, Godoy nos traz o assunto com a visão e os ensinamentos através da Doutrina Espírita. 
O assunto foi amplamente discutido e ainda gera controvérsias após  o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido pela descriminalização da interrupção da  gravidez do anencéfalo. E com o objetivo de abrir mais o campo de informações, inauguramos na semana passada esse novo espaço, com os vídeos postados no You Tube, além de total compartilhamento no site e mídias sociais, incluindo a postagem via marketing através de um mailing-list por e-mails do Brasil e de vários países.   
"Minutos com a Doutrina", em um primeiro momento, terá em pauta assuntos da semana e de repercussão nas mídias. O objetivo, nesse caso, é proporcionar um maior entendimento dessas questões, dentro dos princípios da Doutrina Espírita -  que são princípios cristãos. Haverá depoimentos de instrutores dos cursos desta Casa,  ou de seus diretores e responsáveis pelos vários departamentos.  Teremos, também, depoimentos de outras personalidades do meio espírita.
Na próxima semana, teremos o depoimento de outro colaborador e instrutor, com o mesmo assunto, dando uma visão pela ótica jurídica.
Assista agora ao segundo "Minutos com a Doutrina" acessando diretamente o You Tube, na linha de comando (segure a tecla CTRL e clique em cima da linha):


E reveja o depoimento da semana passada, no primeiro programa, com o Dr. Mauro Gomes – clique na linha a seguir:
E que estão  disponíveis no site: http://www.ceismael.com.br
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Opiniões / sugestões e-mail:

<mb/2405/2012>

Os assuntos enfocados no jornal "Atividades" .

Já está em circulação a edição de abril/2012 (que teve  atraso na circulação por um problema operacional) do jornal "Atividades", que traz assuntos do Centro Espírita Ismael. Nesta edição, temos o destaque sobre a prática e os benefícios do "Evangelho no Lar". Uma nota sobre "os eventos em homenagem aos 50 Anos do CEIsmael", relacionando as palestras e seminários que acontecem até o final do ano. E fechando com a nota da "estreia de Minutos com a Doutrina no You Tube" – que é um programa desenvolvido e produzido pela nossa Casa, com enfoque de assuntos importantes e polêmicos sob a visão da Doutrina Espírita. 
Os exemplares do jornal "Atividades" estão sendo distribuídos nos corredores e nas salas de aula do Ismael e também postado no site:
Se você não recebe por e-mail o jornal "Atividades" (em PDF) e outras comunicações do Centro Espírita Ismael, solicite a inclusão através de ceismael@ceismael.com.br.
Incentive as nossas atividades.  Mande críticas e sugestões. A sua participação é muita importante. Colabore.
<mb/17/05/2012>

Um teatro especial para as crianças

Neste sábado (19/05), às 15 horas,  o Departamento de Infância, Juventude e Mocidade do Centro Espírita Ismael, através de seu grupo de teatro, trará uma proposta diferente para as aulas de Evangelização. Esse grupo, que é coordenado pelo André David (na foto comandando o ensaio), fará uma apresentação especial de aproximadamente 30 minutos. O local de apresentação será na sala 25.

As crianças que frequentam a casa terão a oportunidade de aprender sobre o tema "Desencarne" na pequena apresentação "A Sala da Decisão", que conta a história de uma garota preguiçosa que se vê diante da decisão sobre o destino que terá após desencarnar.

A peça tem por objetivo estender o trabalho que já é realizado pelos evangelizadores em sala de aula. E poderá contar com a presença das crianças, jovens, pais, familiares e frequentadores da Casa.

Ficha técnica do espetáculo: Roteiro/Direção: André David (Evangelizador da Juventude); Assistência de Direção: Carol David (Evangelizadora do 3º Ciclo) - Atores (em ordem alfabética): André   (3º Ciclo) – Bombeiro; Caio (3º Ciclo) – Desencarnado; César (Evangelizador da Mocidade) – Recepcionista do Plano Espiritual; Gabriel  (3º Ciclo) – Narrador/Jeremias; Lays  (3º Ciclo) – Carnavalesca; Lucas  (3º Ciclo) – Soldado Bryan; Marianna  (Juventude) – Laziness; Matheus  (Juventude) – Bombeiro/Morador de rua;  Pétala  (3º Ciclo) – Desencarnada;  Rafaela (3º Ciclo) – Desencarnada; Tayan  (3º Ciclo) – Gustavo Lima; Taymile  (Mocidade) – Senhorita Clotilde; Victor  (Juventude) – Senhor Velhote; e Vitória (3º Ciclo) – Carnavalesca.

<ad/mb – 16/5/2012)

A estreia do programa "Minutos com a Doutrina".

Muitas informações circulam em jornais, rádios, televisão e nas mídias sociais. Há muitas opiniões conflitantes e controversas nessas informações. Na maioria dos casos  não se tem uma visão do assunto abordado pela ótica cristã, sequer pela Doutrina Espírita.  

Nesse contexto,  o Centro Espírita Ismael/São Paulo  vem trazer sua colaboração.  Um pouco da história desta Casa: entidade fundada há  50 anos --- comemoram-se em agosto próximo --- cuja Pedra Fundamental é a Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec e embasada no Evangelho de Cristo, tem seu  foco no ensino e na caridade.

No ensino, porque não basta auxiliar, quer seja material ou espiritualmente, mas proporcionar o despertar das consciências. E na caridade, pois não podemos olvidar os problemas sociais e pessoais que todos temos enfrentado no dia-a-dia.
Nesta Casa é mantido um site com muitas informações e artigos – atingindo no ano passado 1,3 milhão de acessos – e as mídias sociais: blog, facebook e twitter. Com isto, busca-se uma maior integração de informações com a possibilidade de dar maior conhecimento à todos os seus colaboradores, frequentadores e amigos. Com o objetivo de abrir mais o campo de informações, inauguramos um novo espaço: " Minutos com a Doutrina". É um vídeo postado no You Tube, com total compartilhamento no site e mídias sociais, incluindo a postagem via marketing através de um mailing-list por e-mails do Brasil e de vários países.
 
"Minutos com a Doutrina", em um primeiro momento, terá em pauta assuntos da semana e de repercussão nas mídias. O objetivo, nesse caso, é proporcionar um maior entendimento dessas questões, dentro dos princípios da Doutrina Espírita -  que são princípios cristãos. Haverá depoimentos de instrutores dos cursos desta Casa,  ou de seus diretores e responsáveis pelos vários departamentos.  Teremos, também, depoimentos de outras personalidades do meio espírita.

Como a viga-mestra do
Centro Espírita Ismael é o ensino, também serão abordados nesse espaço os assuntos doutrinários de grande interesse, como a reencarnação, a formação do homem de bem, os estudos evangélicos, ecologia e assim por diante. Mas sempre com a finalidade de esclarecimento com base na Doutrina Espírita.  Quando necessário, serão feitas referências e citações aos pesquisadores e autores das mais diversas obras do meio espírita.
 
Com 05 minutos e 51 segundos de edição, está no ar o primeiro depoimento, com o tema recente e polêmico sobre anencefalia.  Esse assunto foi amplamente discutido e ainda gera controvérsias após  o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido pela descriminalização da interrupção da  gravidez do anencéfalo.

 "Minutos com a Doutrina"  traz os esclarecimentos pela ótica da Medicina, com o do Dr. Mauro Gomes, médico-pneumologista e que é um dos instrutores desta Casa Ismael. Em seguida, teremos depoimentos de outros colaboradores e instrutores, com o mesmo assunto, dando uma visão ampla, embasada nos princípios doutrinários e ainda o ordenamento jurídico.
Assista ao primeiro "Minutos com a Doutrina"  acessando diretamente o You Tube, na linha de comando (segure a tecla CTRL e clique em cima da linha):
E que estará disponível no site: http://www.ceismael.com.br
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<mb/irr-15/05/2012>

A produção teatral do CEIsmael

            A história do teatro no Centro Espírita Ismael está intimamente ligada ao celeiro de produções que aconteciam em sua Moral Cristã. Por meio de seus jovens trabalhadores da JUVESCEI e da Mocidade Carmen Cinira produziram peças ou esquetes teatrais, inicialmente adaptadas de parábolas evangélicas e de autores espíritas, como Leopoldo Machado, e de outros autores identificados com o Espiritismo.

  Porém, a inexistência de textos espiritualistas voltados à realidade dos jovens dos anos 80 e 90 estimulou a criação de uma dramaturgia espelhada, inicialmente, em programas humorísticos e jornalísticos da televisão, histórias em quadrinhos, com suas personagens marcantes, e até o cinema serviu de inspiração. Esses textos possuíam em comum a criatividade para relacionar assuntos do cotidiano com as questões basilares da codificação: a reencarnação, a pluralidade das existências, a existência de Deus, seus atributos e as Leis Morais. Num segundo momento, esses textos passaram a demonstrar uma preocupação com a temática familiar e as consequências das leis de ação e reação e do uso desregrado do livre-arbítrio. O humor sempre esteve presente nos temas que exploravam as complexidades das relações humanas, mas o gênero dramático também ganhou o seu espaço nessas produções.
  As peças eram apresentadas nas festividades de aniversário do Centro Espírita Ismael e em outros eventos realizados na própria casa. Provavelmente, no início dos anos 70, ocorreu a primeira peça teatral no CEI, encenada por quatro atores renomados (Dionísio Azevedo, Flora Geny, Célia Helena e Tarcísio José), que abrilhantaram a inauguração do salão Carmen Cinira. Alguns anos depois, a Mocidade Carmen Cinira produzia sua primeira peça teatral intitulada "O Bom Samaritano", de 1977, adaptação de uma parábola de Jesus, com direção do expositor e trabalhador da casa, senhor Mamede Cirino Filho. Antes do início do espetáculo, apresentava-se uma cena inspirada na passagem da vida de Jesus e da Samaritana com poemas declamados pelo senhor Antonio Francisco Rasga, que ficava fora da cena, apenas ouvindo-se a sua voz.  O espetáculo foi apresentado duas vezes no Centro Ismael e também no antigo Clube Guapira, da Av. Luiz Stamatis, no bairro de Jaçanã. Anos mais tarde, algumas peças do figurino dessa produção vestiriam as personagens da espiritualidade na peça "Reconstrução", de 1986, e posteriormente no espetáculo "O Fantasma de Canterville", em 1995.
  Em 1982, houve uma reestruturação da Mocidade Carmen Cinira e, no ano seguinte, os novos integrantes iniciaram diferentes atividades culturais, com o objetivo de expressar, por meio delas, suas convicções doutrinárias e atrair outros jovens para o estudo do Espiritismo no ambiente da mocidade. A linguagem teatral, novamente, encontrou o seu espaço, e a primeira peça apresentada foi "O diabinho coxo", de Leopoldo Machado, produzida em 1983.
  No período de 1983 a 1989, várias peças e esquetes foram produzidas e apresentadas no CEI e em outras casas espíritas, com ótima repercussão junto ao público. Dentre elas: "Jornal Infernal", "O Perseguidor", "O Avarento", "Os Caça-Fantasmas". Destacamos outras três produções, por sintetizarem a qualidade da dramaturgia e produção: "A Praça Ismael", de Mauro Gomes, com colaboração de Antônio Máximo David, Fábio Vicente e Ximena de Moraes, "Reconstrução", de Mauro Gomes, e "Parabéns pra você", de Fábio Vicente e Ximena de Moraes.
  No período de 1990 a 1997, foram realizadas produções para as festividades de aniversário do CEI e outros eventos: "Escolinha JUVESCEI", "Batman", "Escolinha Mocidade", "Fábulas de Esopo", "A casinha de cristal", "A reencarnação de Julião Antão", primeira versão feita pela JUVESCEI, "Jornal Anormal", "O Mundo Mágico" e "Jesus de Nazaré". Essas peças igualmente emocionaram e provocaram bons risos no público que compareceu à casa.
Em 1990, a Mocidade Carmen Cinira cria o grupo GRAFITES, para as atividades do teatro, e, no mesmo ano, obtém a autorização da atriz Flora Geny, pioneira da televisão no Brasil, para produzir seu texto até então inédito: "Quero voltar pra casa". A peça teve sua estréia em novembro do mesmo ano, no teatro Nelson Rodrigues, na cidade de Guarulhos e, depois, em janeiro de 1991, em São Paulo, no teatro Cacilda Becker. O resultado acolhedor desta peça junto ao público entusiasmou Flora Geny e seu marido, o ator Dionísio Azevedo, para a realização de uma futura produção profissional, fato que ocorreria em 1994, três anos após a desencarnação de Flora Geny.
Em 1993, o grupo de teatro ganha outro nome: Crecin, inspirado na poetisa Carmen Cinira. Este grupo tinha, inicialmente, apenas integrantes da Mocidade Carmen Cinira, e, diante da repercussão e seriedade dos trabalhos já desenvolvidos no passado, atraiu, como novos membros, também outros colaboradores e trabalhadores do CEI. O caminho do amadurecimento e da união de esforços, que teve como berço o grupo de teatro da Mocidade, foi acrescido de estudantes dos cursos de educação mediúnica e de trabalhadores da casa, que resultou num grupo de teatro do Centro Espírita Ismael. Neste ano, estréia a peça "Nossos Destinos", texto de Aguinaldo Gabarrão, inspirado no livro "Ação e Reação", psicografia de Francisco Cândido Xavier, do autor espiritual André Luiz. A novidade deste espetáculo era a utilização da técnica milenar do teatro de sombras. Ocorreram diversas apresentações no Estado de São Paulo e, em novembro de 1993, o grupo de teatro do CEI abriu o V ENTESP – Encontro de Teatro Espírita de São Paulo, que reuniu, durante três dias, 16 grupos teatrais de nove Estados brasileiros. E, no ano de 1994, veio o convite da Prefeitura Municipal de Guarulhos para apresentar o espetáculo na XXIV Temporada de Arte e Cultura. Ainda nesse ano, o grupo de teatro do CEI uniu-se a outros três grupos teatrais espiritualistas e fundaram o "Mês do Teatro Espírita". Este evento foi realizado regularmente em muitas Casas Espíritas. O público tinha a opção de assistir a um espetáculo diferente a cada final de semana. O grupo de teatro do CEI participou, durante 5 anos, desse evento, chegando a organizar um "Mês do Teatro Espírita" no bairro do Jaçanã, em setembro de 1994.
No ano de 1995, estréia "O Fantasma de Canterville", de Oscar Wilde, adaptação do grupo Crecin, igualmente apresentado em diversas cidades do interior de São Paulo. Em 1996, o grupo de teatro do CEI é convidado pela Prefeitura de Guarulhos para se apresentar na "XXVI Temporada de Arte e Cultura".
Em 1997, com um grupo renovado de integrantes, o Crecin produz o espetáculo "A reencarnação de Julião Antão", de Aguinaldo Gabarrão, adaptação e direção de Ximena de Moraes. São realizadas apresentações no CEI e em teatros de São Paulo e Guarulhos. Esta peça encerra suas apresentações em 1998 e o ciclo do grupo Crecin.
Em paralelo às produções do Crecin, a Mocidade Carmen Cinira e a JUVESCEI não deixaram de marcar presença com vários trabalhos.
Entre 1977 e 1997, o Centro Espírita Ismael produziu vinte e sete espetáculos diferentes, que foram apresentados na própria Sede, em outras Casas Espíritas, teatros de São Paulo e do Interior do Estado, totalizando um público aproximado de 12.000 pessoas.
Registre-se, por fim, que, em 2011, tivemos a apresentação de "Contágio: A Ameaça do Melindre", por André de Freitas David. Esta peça retrata o esforço do detetive Saulo e seu aprendiz Dux, para eliminar o vírus do Melindre. Esse vírus faz com que amigos se voltem contra amigos e vejam a necessidade de discórdia em qualquer tópico. O terrível vilão D'Merlin infectou Ricardo e seus amigos com o vírus, e agora só o amor poderá resolver o problema. A encenação acompanha os detetives na investigação do caso e nas armadilhas de D'Merlin, que pode se revelar um espírito cheio de mágoas do passado.

No site do Centro Espírita Ismael, organizado pelo presidente Sérgio Biagi Gregório, através do http://www.ceismael.com.br, há uma página especial sobre "Os 50 Anos da Fundação do Centro Espírita Ismael", com vários itens interessantes. Além do texto acima, é possivel ver detalhadamente a relação de todas as peças no período de 1977 a 1997 (20 anos) e informações de ano de produção, participantes e apresentações.

<15/05/2012>

O Espiritismo e os desafios de doenças

Reproduzimos com sua autorização artigo de nosso companheiro JORGE HESSEN (*) publicado sob o título "Nunca desanimemos diante dos desafios de qualquer doença". É um assunto delicado para todos e as palavras do autor mostram os caminhos e o comportamento que devemos seguir nestas situações, sob a ótica do Espiritismo.

Vamos ao artigo:  

            Das patologias humanas, o câncer é o mais, fortemente, enraizado aos erros morais do passado (recente ou remoto).  O conhecimento espírita nos auxilia a transformar a carga mental da culpa, incrustada no perispírito, e nos possibilita maior serenidade ante os desafios da doença. Isso influenciará no sistema imunológico. Os reflexos dos sentimentos e pensamentos negativos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados em ondas mentais, tumultuando nossas funções orgânicas.

            Todavia, será crível que a carga mental positiva, por meio de um estado psicológico ou emocional, tem a capacidade de curar doenças? Para alguns, o fato de as pessoas com câncer estarem otimistas ou pessimistas, em relação à cura, não influencia, diretamente, nas chances de sobrevivência à doença. Evidentemente, discordamos desses argumentos, uma vez que diversas provas registram que, no caso de doenças graves, a mente pode influenciar no resultado de recuperação.

            Em que pese considerarmos a importância dos médicos e o valioso contributo da ciência, quando não apoiados na mudança de comportamento mental do doente, somente o bom relacionamento médico-paciente é limitado e insuficiente para atacar as causas da doença e a angústia dela decorrente. O paciente, ao chegar ao hospital, traz consigo, além da doença, sua trajetória de vida atual e passada. O seu estado emotivo é resultante de alguns vetores como a estrutura da personalidade, interpretação e vivência dos acontecimentos, considerando aspectos do imaginário e do real, além de outras variáveis de causas patogênicas.

            Os espíritas sabem que a matéria mental é criação de energia que se exterioriza do Espírito e se difunde por um fluxo de partículas e ondas, como qualquer outra forma de propagação de energia existente no Universo. Pensar é um processo de projeção de matéria mental e essa matéria é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, saúde ou doenças, que não se reduzem, efetivamente, a abstrações, por representarem turbilhões de forças em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo, para si mesma, os agentes [por enquanto imponderáveis], de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade, conforme conceitua o Espiritismo.

           Nesse aspecto, o estado mental, fruto das experiências de vida passada e presente, deixa de ter uma dimensão intangível para se consubstanciar na condição de matéria em movimento. Muitos pacientes, diante do diagnóstico da doença, transformam a dor em esperança e despertam, neles, a vontade de lutar por uma vida melhor. Outros, porém, desistem e se entregam, admitindo que estão sob uma sentença de morte. Cada caso é um caso e, a cada um, a vida responde segundo seus merecimentos.

           Do exposto, urge que busquemos, acima de tudo, os hábitos salutares da oração, da meditação e do trabalho, procurando enriquecer-nos de esperança e de alegria, para nunca desanimarmos diante dos desafios de qualquer doença, ainda que sob o guante de nossos delitos do passado "esquecido". Lembremos, sempre, que o Evangelho do Senhor nos esclarece que o pensamento puro e operante é a força que nos arroja das trevas para a luz, do ódio ao amor, da dor à alegria.

           E  para todos os males e quaisquer doenças, centremos nossos pensamentos em Jesus, pois nosso remédio é, e será sempre, o Cristo. Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor, pois o Mestre dos mestres é a meta de nossa renovação.


(*) JORGE HESSENnatural do Rio de Janeiro, 61 anos, jornalista, professor e historiador (licenciado pela Universidade de Brasília, articulista e palestrante. Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília , do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF. Site: http://jorgehessen.net

<15/05/2012>

O vírus sob a ótica espírita

Em mais uma contribuição do “Espiritismo na Rede”, através de nosso companheiro Marco Aurélio Rocha, trazemos a entrevista com a Dra. Marlene Nobre, presidente das Associações Médico-Espíritas do Brasil e Internacional, que explica porque a falta de interação equilibrada entre o corpo espiritual e o físico pode causar certas doenças. Segundo a ótica espírita, quando analisamos as infecções e as predisposições mórbidas, sejam elas quais forem, é preciso buscar na alma as raízes das doenças. Segundo a Dra. Marlene Nobre, “as infecções surgem como fenômenos secundários, porque já existem as zonas de predisposição à doença por falta de interação equilibrada entre o corpo espiritual e o físico"

Pergunta - Do ponto de vista espiritual, como interpretar os casos de morte por gripe suína?

Marlene Nobre - As pessoas que desencarnam com a gripe suína estão passando por provas necessárias ao aperfeiçoamento de seus espíritos, da mesma forma que aqueles que são vitimados pela gripe comum. Devido a ações cometidas em vidas passadas, as pessoas renascem com a predisposição para determinadas doenças infecciosas, como, por exemplo, a causada por esse novo tipo de vírus. Por meio da doença, expiam as faltas cometidas, obedecendo à lei de causa e efeito.

Pergunta - Por que algumas pessoas são mais predispostas a determinadas infecções que outras?

Marlene Nobre - Segundo a ótica espírita, quando analisamos as infecções e as predisposições mórbidas, sejam elas quais forem, é preciso buscar na alma as raízes das doenças. A mente humana, comandada pela alma, pode gerar tanto as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico quanto os raios magnéticos de alto poder destrutivo que as aniquilarão. E o desequilíbrio da mente resulta do complexo de culpa, que reponta naturalmente na consciência da pessoa toda vez que ela transgride a Lei Divina, que é Misericórdia e Amor. As forças mentais desequilibradas, por sua vez, lesam o perispírito ou corpo espiritual, em certas áreas, decretando a fragilidade do corpo físico em relação a certas infecções ou doenças. Assim, conforme sejam as disfunções do perispírito, determinadas zonas do organismo ficam mais vulneráveis, tornando-se passíveis de invasão microbiana. Desse modo, há pessoas que ficam propensas às mais diversas infecções, como é o caso da tuberculose, da hanseníase, da amebíase, da endocardite bacteriana, a da gripe suína, entre outras. Na verdade, essas infecções surgem como fenômenos secundários, porque já existem as zonas de predisposição à doença por falta de interação equilibrada entre o corpo espiritual e o físico. Assim, para a Medicina Espiritual, os germes patogênicos são uma ocorrência secundária. O verdadeiro desequilíbrio nasce na mente, porque, ao lesarmos os outros, lesamos primeiramente a nossa própria alma. Por meio da doença e do sofrimento, conseguimos o reajuste, porque expelimos os resíduos do mal que implantamos na vida ou no corpo dos nossos semelhantes.

Pergunta - Mesmo trazendo essa predisposição, a gente não pode se livrar da infecção?

Marlene Nobre - É claro que pode. Como diz Emmanuel, é na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. Tudo vai depender da atitude mental da pessoa em relação à doença. Ela não pode aceitar a própria decadência moral, para não acabar na posição de excelente incubadora de bactérias e sintomas mórbidos. E para recuperar-se, é preciso que se integre à corrente positiva da vida, cultivando a humildade e a paciência, o espírito de serviço e o devotamento ao bem. Somente assim assimilará as correntes benéficas do Amor Divino que circulam, incessantes, em favor de todas as criaturas. Como afirma o pneumologista Paulo Zimermann Teixeira, orientador do programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, "as doenças respiratórias ocorrem em perispíritos alterados que induzem o corpo físico a ficar suscetível aos diferentes agentes biológicos, físicos e químicos que, dependendo da capacidade de autodefesa ou auto-agressão, desenvolvem alguma doença respiratória. Caso haja retificação do pensamento, o caráter evolutivo se modifica. Caso contrário, novas doenças ocorrerão nos reencarnes sucessivos, pois o perispírito permanece alterado".

E finaliza Marlene Nobre: “ Não se pode esquecer que somente o bem constante gera o bem constante. Quer dizer, somente o amparo aos outros cria amparo a nós próprios. No futuro, além de vacinas e medicamentos, teremos o apoio efetivo à mente humana, para que consiga superar, através do trabalho construtivo, o próprio remorso. É imprescindível reconhecer que os princípios de Jesus devem ser seguidos, para afastar de vez animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza. Somente assim conquistaremos simplicidade e humildade, virtudes essenciais para alcançarmos a imunologia perfeita tanto para o corpo físico quanto para o espiritual”.

(Espiritismo na Rede – 14.05.2012)



"Dia das Mães" com muito amor e carinho.

Na quarta-feira passada (09/05), antes de domingo, que é o Dia das Mães, as nossas companheiras e trabalhadoras da Assistência Social fizeram a comemoração desta data importante. Mas não foi uma comemoração para as próprias trabalhadoras, que são mães e avós. Tem um significado a mais, com muito amor e carinho. Foi o dia dedicado às Mães Gestantes, que frequentam semanalmente o nosso Centro Espírita Ismael.

Neste lugar, elas são recebidas carinhosamente todas as quartas-feiras para receber instruções de ordem moral, social e espiritual. As gestantes são inscritas no Projeto Peixinhos de Luz, que levam os ensinamentos de nosso Evangelho, onde todas participam das palestras e algumas recebem o passe espiritual.

Muitas gestantes já tem outros filhos, que também recebem o apoio de nossas trabalhadoras da Assistência Social. Enquanto as mães estão nas orientações do Pré Natal ou nas aulas de crochê, corte-costura, manicure e culinária - entre outros -, os seus filhos ficam em uma sala especial com brincadeiras, jogos, passatempos, desenhos e outras atividades. Lá essas crianças passam algumas horas agradáveis. Depois,  as mães e os filhos encontram-se no café da tarde recebendo café, chá, suco, bolos, bolachas, torradas, pães e outros. Antes de irem embora, também recebem roupas, calçados e outras ajuda para enfrentar as dificuldades do dia a dia.

E para este Dia das Mães, as gestantes confeccionaram, durante semanas,  panos de prato com motivos feitos à mão, que foram agregados a um vazinho de flores. Uma singela homenagem a elas mesmos, com a orientação das trabalhadoras da Assistência Social. E, além deste agrado, elas puderam também levar para casa roupas e, principalmente, cobertores para o frio que está chegando. As crianças também confeccionaram lembrancinhas, com desenhos e outras homenagens. E fizeram a festa com músicas, versinhos e muitos abraços de mães e filhos. Foi a bela festa, simples e com dedicação.

Mais um dia especial, que pulsou com muita dedicação de todas as tabalhadoras da Assistência Social do Centro Espírita Ismael. Parabéns!

(Obs.: vejam fotos dos bastidores desta homenagem do Dia das Mães no Facebook: http://www.facebook.com/centroespiritaismael - Curta e compartilhe)

mb-11/05/2012

Um olhar sobre a inveja

Com autorização de Marco Aurélio Rocha, do "Espiritismo na Rede", passamos a reproduzir os textos sobre temas do Espiritismo.  São textos com temas do nosso dia a dia, que mostram o enfoque final dentro dos ensinamentos de nossa Doutrina. São temas que as vezes não damos importância, mas tem muitos significados e que dependem de nossa Reforma Íntima. E pedem reflexões. Esperamos que sejam úteis e de bom aproveitamento. Uma boa leitura para todos.

"Um olhar sobre a inveja":  Cada um de nós já nasce trazendo em sua essência dons, capacidades e talentos "únicos", porque a vida é sábia e na concepção de suas criaturas jamais repete figuras e, muito menos, comete a injustiça de favorecer a uns e desfavorecer a outros, pois se houvesse uma desigualdade, certamente, ao descobrirmos que fomos desabonados, enquanto outros foram beneficiados, isso despertaria em nós uma destruidora comparação que fatalmente criaria intermináveis divergências.

As pessoas mais determinadas, logo cedo descobrem os potenciais que precisam desenvolver no decorrer de sua existência, para chegar à realização e, assim, por direito, manifestar a sua nata e intransferível competência.  Mas, existe um tipo de pessoa que ainda não reconhece em si esses tesouros íntimos e desperdiça os seus dias tentando ser uma cópia daquilo que admira, nos outros, sem perceber que a estrela da sorte só brilha através daqueles que agem com originalidade, e que o carisma dos criadores estará sempre acima dos copiadores, como um farol de luz ofuscando a visão de seus imitadores.

Com o passar do tempo, a pessoa que anula os seus próprios potenciais para seguir na cola dos outros torna-se abatida, frustrada e amarga. Ao se deparar com alguém que conseguiu desabrochar o melhor de seus talentos, em vez de se espelhar no exemplo como modelo e inspiração, acaba é despertando a inveja. Então, colocando o seu poder contra o próprio progresso, ela perde a sua força espiritual e não consegue avançar na vida, porque age guiada por um sentimento de inferioridade, dando-se por vencida diante dos obstáculos - que precisa ultrapassar para chegar à concretização de seus sonhos.

Uma pessoa impulsiva -  A pessoa invejosa é mente indisciplinada que, facilmente, desiste de tudo que começa, porque as poucas decisões que toma geralmente são ações impulsivas, que geram apenas arrependimento. Ela é tão cabeça dura que, mesmo atraindo só resultados destrutivos para a sua própria vida, não analisa as consequências de seus atos anteriores, que terminaram em pesadelos, e repete os mesmos erros - que novamente lhe causarão terríveis dores de cotovelo.

A pessoa invejosa vive de aparência e gasta até o que não tem para manter um padrão de vida acima de suas condições, buscando impressionar os outros com a imagem de pessoa bem-sucedida, mas, acaba pagando um preço muito alto por isso, tendo noites mal-dormidas e sendo torturada pela sombra de suas dívidas. Ela não olha a vida com otimismo e nem reconhece as oportunidades que lhe são apresentadas como possibilidades de transformação e, geralmente, está atuando em uma área que detesta, ocupando um cargo que não lhe dá satisfação - e com raiva daqueles que exercem a mesma função com alegria e diversão.  Ela não imprime o melhor de sua essência nas tarefas que desenvolve e nas responsabilidades que assume, fazendo apenas o básico, pois já está acostumada com a condição de mediocridade e, sendo assim, não tem o objetivo de alcançar níveis elevados de excelência naquilo que representa.

Sempre cobrando -  Sabe cobrar os seus direitos, mas não procura se qualificar para executar as suas obrigações e nunca expressa gratidão pelos benefícios que lhe são concedidos. Sua pobreza de espírito mostra claramente que o seu comodismo sugador é como de um pedinte que fica decaído na rua da amargura, fazendo cara de coitado e com a mão aberta, só esperando receber altas recompensas sem nada oferecer em troca do que é ofertado.

A pessoa invejosa exige que a sua privacidade seja respeitada, mas age como um intruso que entra na sala dos outros sem bater na porta antes de invadir a intimidade alheia, porque está sempre tentando pegar alguém no flagra praticando alguma coisa errada.  Porém, se fizermos igual e adotarmos o mesmo comportamento fiscalizador, logo nos repreenderá com indiretas, pois ela, sim, é quem vive fazendo coisas erradas e não deseja ser flagrada cometendo um deslize.

A pessoa invejosa, falando em público, age como um robô; não é espontânea e nem olha nos olhos das pessoas com firmeza, porque o seu discurso egocêntrico é recheado de palavras sofisticadas, "ditas da boca para fora"; e, por não transmitir segurança em sua comunicação, não convence a quem está lhe ouvindo, pois fala sem deixar a premeditada pausa para a reflexão de seu raciocínio, e tem a cruel necessidade de atacar os seus concorrentes, desqualificando os feitos dos mesmos, para poder se autoafirmar.

Muitas dessas mentes insatisfeitas até já ultrapassaram as barreiras da vida difícil que tiveram na infância, mas, internamente, ainda continuam como crianças pobres estagnadas emocionalmente na imaturidade de seu triste passado e, brigando com outros desafortunados por velhos brinquedos quebrados.  Com certeza, você, que gosta de compartilhar os momentos felizes de sua vida, já deve ter se sentido mal ao tentar contar algo, de maneia empolgada para alguém, pensando que a sua boa notícia deixaria a pessoa contente, e ela, por ter uma mente invejosa - e incomodada com a sua alegria, olhou para o relógio fingindo estar atrasada para coisas mais importantes, só para não ter que ouvir a conversa de quem se deu bem.

Porque, para a pessoa invejosa, ouvir alguém comemorando a vitória de um objetivo é como se a mesma estivesse sendo acusada de fracassada. Ao ver duas pessoas conversando alegremente, a pessoa invejosa não consegue conter a sua língua ferina.


 
Espiritismo na Rede – 11/05/2012




Os efeitos físicos de "Peixotinho".

Francisco Peixoto Lins foi um médium de efeitos físicos, mais conhecido como Peixotinho. Ele nasceu em 1905 na cidade cearense de Pacatuba e desencarnou em 1966, com 61 anos, em  Campos dos Goytacazes – conhecida como Campos no norte do Estado do Rio de Janeiro. A revista "Caminho Espiritual" deste mês traz uma interessante reportagem de Érika Silveira, com  biografia e passagens da vida deste espírita. O título é  "As materializações com Peixotinho", ostrando como eram realizadas as sessões de efeitos físicos com os espiritos. Reproduzimos abaixo o texto da enciclopédia livre Wikipédia sobre Peixotinho:
Infância e juventude - Seus pais foram Miguel Peixoto Lins e Joana Alves Peixoto. Embora nascido em 1905, para efeito do Registro Civil e, destarte, para todos os efeitos, seu nascimento se deu em igual data do ano de 1907.  Tendo perdido a sua mãe em tenra idade, passou a sua infância em Fortaleza, cercado pelo afeto dos tios. Iniciou a sua educação em um seminário, iniciando-se nessa etapa da vida sérias dúvidas sobre a existência de Deus, diante de temas tão distintos como o das diferenças sociais marcantes na Região Nordeste do Brasil, e do nascimento de seres anormais.  Aos catorze anos de idade deixou o seu estado natal em busca da Amazônia, à época um Eldorado para um nordestino. Durante dois anos trabalhou na extração de borracha nos seringais amazonenses, enfrentando, além da solidão, os perigos da região e a exiguidade de recursos da época.

A prática mediúnica -- Em 1926 veio para o Rio de Janeiro, então capital da República, tendo se alistado no Exército Brasileiro, vindo a servir na Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Posteriormente, foi transferido para Macaé, no litoral do estado. Foi naquela cidade que se iniciou a sua prática na Doutrina Espírita, vindo a fundar, com um grupo de amigos, o Grupo Espírita Pedro. Também em Macaé, em 1933, veio a constituir família, desposando Benedita Vieira Peixoto, carinhosamente apelidada de "Baby". Em sua carreira como militar foi por diversas vezes transferido. Para onde quer que fosse, fixava residência com a família e ali fundava um posto de receituário homeopata. Assim se deu em Imbituba, Rio de Janeiro, Santos e Campos dos Goitacazes.

O Grupo Espírita André Luiz -- Em 1945 foi transferido de Imbituba para o Rio de Janeiro, onde serviu na Fortaleza de São João. Nesta cidade reencontrou-se com antigos amigos, entre os quais Antônio Alves Ferreira, velho confrade do Grupo Espírita Pedro, em Macaé, nessa época residindo no Rio. Das reuniões semanais na residência desse confrade nasceu um culto doméstico que, em poucos meses, se transformou no Grupo Espírita André Luiz, cuja sede provisória era, então, no escritório de representações do confrade Jaques Aboab, à Rua Moncorvo Filho, 27, sobrado. No Grupo Espírita André Luiz Peixotinho prestou os seus serviços mediúnicos. Nessa fase, enquanto residiu no Rio de Janeiro, reunia os amigos em sua residência, todos os domingos.  Da cidade do Rio de Janeiro Peixotinho foi transferido para a de Santos em 1948, onde passou a frequentar o Centro Espírita Ismênia de Jesus. Naquele ano, antes de mudar-se para Santos, ocorreu o seu encontro com Francisco Cândido Xavier, o primeiro de muitos outros que se sucederiam. Em Pedro Leopoldo, juntamente com Chico Xavier, ocorreram várias reuniões de materialização e de tratamento.

Grande número das sessões no Grupo André Luiz e em Pedro Leopoldo encontram-se narradas por Rafael A. Ranieri em "Materializações Luminosas" (1973).

O Grupo Espírita Aracy --- Transferido para Campos em fins de 1949, iniciou seus serviços no Grupo Espírita Joana D'Arc. Pouco depois, diante do crescimento da frequência ao culto doméstico que fazia com os seus familiares e amigos, nasceu o Grupo Espírita Aracy, sua guia espiritual e que, na última encarnação, fora sua filha. Ao Grupo Aracy Peixotinho dedicou os seus últimos anos de vida terrena.

Aspectos da personalidade -- Apesar de sua eficiência no receituário mediúnico, foi portador de asma, e compreendia ser essa a sua provação terrena. Apesar dos sofrimentos, era alegre e brincalhão, e por muitos considerado uma criança grande. Como médium nunca cobrou por seus dotes mediúnicos. Viveu pobre e exclusivamente dos seus vencimentos de oficial da reserva do Exército, reformado que foi no posto de capitão.  Manteve sempre grande zelo pelos princípios esposados por Allan Kardec, em todos os Grupos ou Centros por ele fundados. Dedicou-se ao tratamento de casos de obsessão, chegando mesmo a, por várias vezes, levar doentes ao próprio lar, onde os hospedava junto de sua família. Passou por testemunhos sérios e sofreu ingratidões que soube perdoar, não desanimando nunca de servir.  Desencarnou às seis horas da manhã do dia 16 de junho de 1966, em Campos, cercado pela família, deixando viúva e nove filhos.

Curiosidades - Divaldo Pereira Franco narra, em uma de suas palestras, que Peixotinho sofrendo certa vez de úlcera gástrica, todas as medicações prescritas para esse tratamento agravavam os sintomas da asma, de que também padecia. Como misericórdia, o plano espiritual, através de seu mentor, revelou-lhe que lhe seria dado uma "anistia temporária" de sua asma, para assim ele poder tratar a úlcera. Narra Divaldo que assim que o médico anunciou a cura da úlcera, ele respondeu já em crise: gra- hum ças- hum a Deus! (voltara a asma).  De acordo com Divaldo essa asma do médium era fruto de uma reencarnação como corsário, em que ele matava as vítimas sufocando-as em pele molhada de animal ao sol, matando-as por asfixia.

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