Kardec e a história dos livros queimados.

Em São Paulo, temos o Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro – CCDPE-ECM. Não se trata de um Centro Espírita, mas sim de um núcleo de desenvolvimento e disseminação da cultura espírita. Dentro dessa perspectiva, o CCDPE-ECM, busca trazer a atualidade a história do espiritismo, e todo conhecimento que foi produzido ainda que nas primeiras horas da Doutrina Espírita, despertando os espíritas para o estudo, atendendo a máxima que Allan Kardec deixou para orientar-nos: "Espíritas, Amai-vos e Instruí-vos". O surgimento de uma entidade do porte do CCDPE-ECM significa uma busca por alcançar uma igualdade nos três aspectos que sustentam a proposta trazida por Kardec. E com muita satisfação, o Centro Espírita Ismael recebe da presidente do CCDPE-ECM, JULIA NEZU ( * ), o artigo "150 anos do Auto de Fé de Barcelona", que foi publicado no site da entidade (http://www.ccdpe.org.br/). Neste artigo, a história da queima de livros e a perseguição ao Espiritismo, no século XVIII. São detalhes importantes de estudos aos seguidores da Doutrina.
150 anos do auto de fé de Barcelona Na Revue Spirite, de novembro de 1862, Allan Kardec relata aos leitores dobre a queima dos livros espíritas, que ficou conhecido como o auto-de-fé de Barcelona.  Ele escreve na revista que lhe foi narrado o seguinte: "Este dia, nove de outubro de mil oitocentos e sessenta e um, às dez horas e meia da manhã, sobre a esplanada da cidade de Barcelona, no lugar onde são executados os criminosos condenados ao último suplício e por ordem do bispo desta cidade, foram queimados trezentos volumes e brochuras sobre o Espiritismo, a saber; A Revista Espírita, diretor Allan Kardec; A Revista Espiritualista, diretor Piérard; O livro dos Espíritos, por Allan Kardec; O Livro dos Médiuns, pelo mesmo; O que é o Espiritismo, pelo mesmo; Fragmento de sonata, ditado pelo Espírito de Mozart; Carta de um católico sobre o Espiritismo, pelo doutor Grand; A História de Jeanne d'Arc, ditada por ela mesma à Srta. Ermance Dufaux; A realidade dos Espíritos demonstrada pela escrita direta, pelo barão de Guldenstubbé. Assistiram ao auto de fé um padre revestido das roupas sacerdotais, trazendo a cruz numa mão e a tocha na outra mão; um notário; um empregado superior da administração da alfândega e três moços (serventes) da alfândega, encarregados de manter o fogo; um agente da alfândega representando o proprietário das obras condenadas pelo bispo."
Conta ainda que uma multidão inumerável encontrava-se sobre os passeios e cobria a imensa esplanada onde se elevava a fogueira. Quando o fogo consumiu os trezentos volumes ou brochuras Espíritas, o padre e seus ajudantes se retiraram, cobertos pelas vaias e as maldições dos numerosos assistentes que gritavam: Abaixo a inquisição! Numerosas pessoas, em seguida, se aproximaram da fogueira, e recolheram as suas cinzas. Kardec recebeu uma parte dessas cinzas e com elas se encontrava um fragmento de O Livro dos Espíritos consumido pela metade e narra que o conservou numa urna de cristal como um testemunho autêntico desse ato insensato. Zeus Wantuil, no artigo Centenário de um auto de fé, em Reformador de 1961, pág.217/21, informa que a urna foi destruída pelos nazistas na 1ª. Grande Guerra
A História conta que havia dois tipos de auto de fé, os públicos e os privados. Essa expressão diz respeito a uma espécie de ritual de penitência pública, ou humilhação de heréticos, utilizado na inquisição. Portugal e Espanha foram os países que mais adotaram essa prática. Em 1481, em Sevilha, pela primeira vez, foram executados seis homens e mulheres. Em outros países, inclusive no continente americano têm-se notícias de auto de fé. No caso dos espíritas, queimaram-se lhe os livros na pretensão de queimar as ideias espíritas.
Em obras Póstumas, na segunda parte, encontramos dois relatos. O primeiro datado de 21 de setembro de 1861, quando Kardec tomou conhecimento da apreensão dos referidos livros e o Espírito Verdade, por meio do médium Sr. d'A…lhe disse que se quisesse, por direito, poderia reclama-los e que conseguiria que lhe fossem restituídos os livros, dirigindo-se ao Ministro de Estrangeiros da França, mas que segundo seu parecer, desse auto de fé resultaria maior bem do que o que adviria da leitura dos volumes. Acrescentou ainda que, a queima dos livros determinaria uma grande expansão das ideias espíritas e uma procura imensa das obras dessa doutrina. E foi o que, de fato, aconteceu nos anos seguintes.
Os principais jornais da Espanha deram a noticia de forma minuciosa, com ecos na Europa e em diversas partes do mundo. Assim, na Espanha, não obstante as dificuldades ocorridas nos anos e décadas seguintes, escreve Florentino Varrera, no seu livro Auto de Fé em Barcelona, editado na Argentina em 1926, traduzido para o português e publicado pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro, de São Paulo – SP, em 2007, foram fundados 14 periódicos, 15 na América Latina, 46 na Europa continental em mais de dez idiomas, dois na África, dois na Ásia e um na Oceania, que somados aos de origem britânica e norte-americanos chegaram a mais de uma centena de publicações independentes.
Kardec noticia na Revista Espírita, de agosto de 1862, que o Bispo que mandou queimar os livros espíritas, desencarnou no dia nove de agosto daquele ano, ou seja, um pouco mais de nove meses após e dá uma comunicação espontânea por um dos médiuns a Kardec, respondendo-lhe as perguntas que tinha preparado mas que não necessitou fazê-la porque o bispo se antecipa. Ele diz: "Orai por mim; orai, porque ela é agradável a Deus, a prece que lhe dirige o perseguido pelo perseguidor e termina dizendo "Aquele que foi bispo e que não é mais um penitente".
(*) JULIA NEZUEspírita desde a década de 70, advogada, palestrante, divulgadora e articulista da Imprensa espírita. Além de presidente do CCDPE-ECM, está como diretora das USE-União das Sociedades Espíritas do Estados de São Paulo. Ministra há diversos anos cursos e palestras sobre o Espiritismo em todo o Brasil.

Espíritas: estudar, por quê?

Temos novamente a colaboração da nossa companheira Claudia Gelernter com mais um artigo focado na Doutrina Espírita. Há pouco tempo publicamos o artigo "Espíritas precisamos falar sobre a Morte", em duas partes. Lembramos que no dia 15 de abril, ela estará aqui no Centro Espírita Ismael, participando do Seminário "Nascer, Morrer, Renascer Ainda e Progredir Sempre, Tal é a Lei", organizado pela União das Sociedades Espíritas - USE/Distrital Tucuruvi. Claudia Gelernter é designer, psicóloga, pesquisadora espírita, palestrante e uma das fundadoras do C.E. Allan Kardec, da cidade paulista de Vinhedo.  No final deste artigo, apresentamos o seu auto perfil.

Espíritas: estudar, por quê? por Claudia Gelernter, do C.E.Allan Kardec de Vinhedo/SP. (*)

"Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo.
No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram".
                                                                                                   O Espírito da Verdade. (Paris, 1860).

Aprendemos, logo ao adentrarmos os portões do conhecimento Espírita, que a Doutrina nada mais é do que o pagamento de uma promessa, feita há dois mil anos, pelo governador de nosso Planeta: Jesus.


Trata-se do fenômeno conhecido como "O Consolador", comentado pelo Mestre e registrado pela pena do apóstolo João, alguns anos depois: "Se me amais, guardai meus mandamentos. E rogarei a meu Pai e ele vos dará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós" (João, 14:15 a 17).


Em meados do século XIX, quando a humanidade já se encontrava em condições de recebê-lo e compreendê-lo, iniciaram-se vários fenômenos singulares nos cafés da França. Mesas giravam, 'sozinhas', respondendo questões propostas pelos visitantes, numa verdadeira apresentação do Além, que buscava, através dos fenômenos que feriam os sentidos, chamar a atenção das pessoas para algo muito mais grandioso do que até então se imaginara. Muito do que há entre 'o céu' e a Terra, foi revelado durante tais contatos. Então, aos dezoito dias do mês de abril de 1857, surgiu para a humanidade a Terceira Revelação, ditada pelos Espíritos e organizada pelo professor francês Hipollyte Leon Denizard Rivail, nosso querido Allan Kardec.

Temos, portanto, no Consolador, uma vontade, uma programação, um planejamento da Espiritualidade Superior. Jesus desejou que recebêssemos tais informações e estas nos chegaram, límpidas, claras, objetivas e lógicas.

Na obra viga mestra - verdadeiro tratado filosófico que recebeu o nome de O Livro dos Espíritos - podemos encontrar, divididos em quatro grandes módulos, questões e apontamentos sobre o Criador, sobre a natureza da criatura, as relações destas criaturas com o meio e os resultados de tais interações, com encadeamento lógico, estruturado, repleto de racionalidade e objetivos bem definidos.Proposta fundamental  -   Uma das exortações feita pelo Consolador, ou Espírito da Verdade, durante suas revelações à Kardec, destacamos no início deste artigo. Pediu-nos Ele que nos amássemos e nos instruíssemos. Em seguida, comenta que aquilo que Jesus nos ensinou é a Verdade, mas que deturpamos tais conceitos, tendo como resultado o que vimos ao longo de nossa própria história. Ou seja, devido à falta de amor e de estudo, o cristão adulterou o cristianismo, causando imensos prejuízos à humanidade.

Meditemos mais, pois, nesta exortação.


Num primeiro momento, pede-nos que nos amemos. Podemos concluir, portanto, que precisamos aprender a nos suportar uns aos outros, nos compreender, e, acima de tudo, nos ajudar, mutuamente, com verdadeiro espírito fraternal. Parece-nos que, embora ainda não tenhamos conseguido colocar em prática esta parte da proposta em toda a sua pujança, já compreendemos a sua necessidade e temos nos esforçado neste sentido. Tanto que, na maior parte das Casas Espíritas, o bom convívio se faz presente, a ajuda aos desafortunados do mundo é constante, com as mais diversas formas de ajuda material.


Entretanto, quando analisamos a prática da segunda parte, proposta na mesma frase, percebemos que nem sempre existe uma consciência sobre tal necessidade, muito menos de que a primeira parte da evocação depende, diretamente, da segunda e que a segunda, por sua vez, depende, totalmente, da primeira.


Explico-me.

O uso da razão, dos conhecimentos doutrinários, é que norteará a expressão do amor, impulsionando-o para a realização de forma plena, segura e eficaz.

Um exemplo simples, para auxiliar-nos na compreensão do que afirmo: Chega a informação, para certo Espírita, de que determinada pessoa está às voltas com problemas emocionais, ouvindo vozes e vendo vultos pela casa, apresentando episódios de terror, com profundos desequilíbrios psíquicos. Com muito 'amor', aproxima-se o tarefeiro da Casa Espírita, propondo àquele que sofre estes revezes, o exercício da mediunidade e coloca-o, de imediato, como participante das tarefas de intercâmbio com o além. E afirma: "Isso é mediunidade, tenha certeza. Basta que comece a trabalhar, que desenvolva seu dom, para que cessem os problemas". Ledo engano. Reflexo da falta de estudo. Apesar de estar munido da melhor das intenções, devido ao fato de não conhecer bem os pressupostos básicos do Espiritismo, talvez acabe por encaminhar a pessoa em desequilíbrio a problemas ainda maiores.

"A mediunidade em si é uma faculdade neutra, que não tem qualquer conexão com os desajustes físicos, mentais e espirituais da criatura. Estes surgem por motivos específicos, e requerem o tratamento médico, psicológico ou espírita adequado ao caso. Somente após seu retorno à normalidade é que o companheiro poderá vir a participar, como médium, dos trabalhos mediúnicos, se a faculdade surgir espontaneamente. No caso de desequilíbrios mentais e/ou espirituais, o exercício mediúnico não pode nunca ser iniciado, ou continuado. Um médium nessas condições não poderá contribuir positivamente com nada, além de gerar problemas para o grupo, inclusive facilitando a atuação de Espíritos interessados na instalação da desarmonia, dos melindres, das suspeitas, do enregelamento das relações entre os membros" (CHIBENI, 1995). *grifos nossos.


Falta-lhe, pois, [ao tarefeiro em questão] debruçar-se sobre as Obras Básicas, para delas absorver o conhecimento necessário sobre este e tantos outros temas que fazem parte de nosso cotidiano


Amor sem conhecimento é como um facho de luz sem direção inteligente. Tanto pode iluminar os caminhos como ser abruptamente eclipsado pela barreira da ignorância, deixando de atuar dentro de suas potencialidades. O verdadeiro amor educa, eleva, promove autonomia, amadurecimento. E, para tanto, precisa da razão como bússola.

Por outro lado, a inteligência necessita do amor para ser útil, ética e sublime. Ferramenta preciosa, deve ser usada para o bem, pois que sem o amor, a inteligência se perde na escuridão da vaidade e do egoísmo.

Ainda dentro dos conceitos espíritas, aprendemos que todos tendemos à perfeição, e para que tal objetivo se cumpra, precisaremos desenvolver tais aspectos complementares: o amor e o conhecimento.

A Sabedoria nada mais é que a inteligência revestida de amor, ou ainda podemos situá-la como sendo o amor guiado pela Inteligência.
Tipos de Caridade -  Outro ponto que desejamos destacar está na concepção sobre o significado e abrangência da palavra 'caridade'.  Muitos espíritas, apoiados na exortação de Kardec, que afirmou, categoricamente, que fora da caridade não há salvação, consideram a necessidade de ajuda material ou moral a todas as criaturas, atendendo aos necessitados que batem à sua porta, seja através de alimentos, roupas, utensílios, diálogo amoroso, ajuda com documentações, etc. Belo e importante trabalho, que deve continuar sendo realizado da melhor forma possível. Esquecem-se, porém, de que esta [a caridade] é ainda mais ampla, abrangendo outro aspecto, tão importante quanto os anteriores.

Devemos realizar caridade material, claro, assim como devemos realizar a caridade moral, nos suportando, nos ajudando nas questões ligadas ao emocional, nos diversos setores da vida.


Entretanto, a caridade envolve um aspecto importantíssimo do desenvolvimento humano, relacionado à instrução. Esta faceta da caridade pode ser classificada, segundo as palavras de Jesus, como sendo 'o pão para o Espírito'.

Desenvolver e praticar esta caridade é, antes de tudo, exercício de inteligência aliada ao amor.
* * *
Conhecer, compreender e manter a mensagem enviada por Jesus à Terra em sua forma original, respeitando suas diretrizes, inclusive no que se refere à progressão dos conhecimentos relacionados, é compromisso de todo espírita-cristão, sendo grande sua responsabilidade diante do manancial de informações contidos dentro da Doutrina Espírita.
Compromissos do Espírita-Cristão -  Podemos, portanto, relacionar, de forma sucinta, três grandes compromissos assumidos pelo Espírita, diante de Deus e de Jesus:

a) Compromisso com a Doutrina: Não conseguiremos manter, proteger e divulgar com responsabilidade uma Doutrina se não conhecermos sua base, seu conteúdo. Numa analogia bastante simples, podemos comparar com certa pessoa que segue em direção ao aeroporto para receber alguém, com o compromisso de protegê-lo e encaminhá-lo até que chegue a seu destino, neste país. Porém, chegando lá, percebeu que não sabia como era tal pessoa, não conhecia seu nome completo e sequer estudara o caminho que deveria usar para levá-la a seu destino, em segurança. Impossível realizar tal missão com sucesso.
Urgente que estudemos a Doutrina com seriedade! Tal atitude é demonstração de respeito, de amor, de importância a Jesus, à Sua mensagem e ao empenho de seus tarefeiros. Divulgá-la, de forma responsável, é dever de todos nós, sob risco de cometermos os mesmos erros já ocorridos com a Doutrina trazida pelo próprio Cristo, há dois mil anos.

Admitir a progressão doutrinária apenas através de obras confiáveis, que caibam dentro do método proposto por Kardec [o CUEE], faz parte deste contexto de infinita importância. Logo mais tornaremos a falar a respeito.

b) Compromisso com sua melhora íntima: "Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face à face, em todas as épocas da humanidade". Esclarece Allan Kardec. E continua: "A fé raciocinada que se apóia nos fatos e na lógica, não deixa qualquer obscuridade: crê-se, porque se tem certeza e só se está certo, quando se compreendeu". (KARDEC, 1861) Portanto, crer com propriedade, depende, invariavelmente, de se conhecer, racionalmente, o objeto de sua crença. Alterar o que não vai bem em nós, abrindo mão de vícios, abastecendo-nos de virtudes – a tão famosa reforma interior – só se concretiza em toda a sua plenitude, se sabemos o porquê precisamos mudar, em que tempo e de que forma. "No caminho da evolução é imprescindível passarmos pela esquina do autoconhecimento". (GELERNTER, 2011). Precisaremos nos reconhecer no mundo, em nós mesmos, em nossas relações interpessoais, para, então, conseguirmos avaliar as mudanças que precisam ser realizadas.
O quê estudar?  -  Toda a construção de novos conhecimentos dentro de disciplinas preexistentes, parte, essencialmente, de certos axiomas, certos pontos fundamentais, apresentados por teóricos sérios, que se tornam, devido a seu esforço, responsabilidade e seriedade, clássicos da área em questão. Einstein tornou-se um clássico da Física Quântica; Freud, da Psicanálise; Commenius, da Pedagogia e assim por diante. Para construirmos novos conhecimentos dentro das ciências destacadas, necessitamos repassar conceitos primevos, trazidos por estes expoentes.

c) Compromisso com o próximo: Ninguém chega a Deus se não for através de Suas criaturas. Portanto, sem as relações humanas, não há evolução. É através da tessitura das relações que conseguiremos dar os passos necessários, exercitando o amor progressivamente, vida após vida, num continuum maravilhoso, repleto de oportunidades oferecidas pelo Criador. Todo espírita-cristão deve ter em sua mente que, independentemente da experiência que esteja vivendo, precisará buscar desenvolver em si aquilo que chamaremos de 'postura do mestre': ensinar e praticar aquilo que ensina, amando e ajudando as pessoas em seu desenvolvimento individual, ao mesmo tempo em que trabalha, incessantemente, por seu próprio desenvolvimento. Neste sentido, utilizando-se de tom fraternal, explica-nos Emmanuel: "se abraçaste, meu amigo, a tarefa espiritista-cristã, em nome da fé sublimada, sedento de vida superior, recorda que o Mestre te enviou o coração renovado ao vasto campo do mundo para servi-Lo. Não só ensinarás o bom caminho. Agirás de acordo com os princípios elevados que apregoas" (EMMANUEL, p. 371).

Deve, todo aquele que se diz espírita, praticar o Espiritismo, o verdadeiro cristianismo redivivo na Casa Espírita, contribuindo pelo progresso do Planeta, saindo de idéias rudimentares dos cultos exteriores para os cultos interiores. Deve, ainda, saber como receber os neófitos, como prestar o melhor atendimento fraterno, sem confusões doutrinárias, sendo, portanto, imprescindível, [mais uma vez repetimos] estudar os preceitos básicos do Espiritismo.


Pois bem: O Espírito de Verdade, sendo o Consolador prometido por Jesus, é o clássico da Doutrina Espírita, em conjunto com sua equipe espiritual e Allan Kardec que, deste lado da vida, organizou, codificou os conhecimentos, dando enorme contribuição à Doutrina com seus comentários lúcidos, pertinentes. Portanto, nossos primeiros passos dentro do estudo Espírita deve ser em torno das Obras Básicas, sendo que estas mesmas obras devem ser reestudadas ao longo de toda a encarnação do estudante, sendo este um eterno aprendiz. Ousamos comentar que o Espiritismo assemelha-se muito mais com o cordão que liga todas as contas do colar dos saberes humanos do que mais uma das contas. Precisaremos estudá-lo, por sua grandiosidade a abrangência, ininterrupta e sistematicamente, ao longo de todos os anos em que habitarmos o Planeta, e, certamente, após o nosso desencarne. Não apenas para podermos contribuir com sua manutenção e propagação responsável dos conhecimentos, mas também para que possamos utilizá-los em proveito próprio e por toda a Humanidade.
André Luiz, diante deste tema, comenta que devemos "consagrar diariamente alguns minutos 'a leitura de obras edificantes, esquecendo os livros de natureza inferior, e preferindo, acima de tudo, os que, por alimento da própria alma, versem temas fundamentais da Doutrina Espírita. Luz ausente, treva presente. (...) Digerir primeiramente as obras fundamentais do Espiritismo, para entrar em seguida nos setores práticos, em particular no que diga respeito 'a mediunidade. Teoria meditada, ação segura. Disciplinar-se na leitura, no que concerne a horários e anotações, melhorando por si mesmo o próprio aproveitamento, não se cansando de repetir estudos para fixar o aprendizado. Aprende mais, quem estuda melhor." (LUIZ, A, 1978)
Conjuntamente, podemos nos enriquecer com os conteúdos existentes em obras complementares confiáveis, por serem verdadeiros manuais sobre Espiritismo a nos facilitar o entendimento, ampliando as revelações, de acordo com o método CUEE, anteriormente ?citado, que nada mais é do que o uso da razão em novas questões apresentadas por médiuns diversos [e idôneos], todas elas contendo os mesmos ensinamentos, assinadas por determinados Espíritos que se manifestaram através destes. Tais obras, para que sejam consideradas complementares, devem ser, concomitantemente, coerentes com os axiomas da Doutrina, lógicas, racionais, sendo que sua linguagem, seu estilo deve ser "elegante, instrutivo, lúcido, pacificador, consolador, moralizante e respeitador". (PEREIRA, p. 28). Caso alguma informação nos chegue que não esteja de acordo com os pressupostos acima mencionados, não deve ser acatado como conhecimento Espírita, sendo de responsabilidade do divulgador esclarecer aos neófitos sobre este escolho, comum na atualidade, que tantos prejuízos tem trazido à saúde da propagação e manutenção doutrinária.Como estudar? -   Disciplinando o uso do tempo: Emmanuel, o orientador mediúnico de Chico Xavier, quando se apresentou pela primeira vez ao grande médium brasileiro, foi enfático, pronunciando as três regras básicas, necessárias para que Chico pudesse exercer seu mandato mediúnico com sucesso. Disse ele: "Disciplina, disciplina, disciplina".
Na esperança de termos conseguido clarificar o leitor quanto a importância dos estudos para o espírita-cristão, seguimos o raciocínio, salientando sobre a imprescindibilidade da disciplina nas questões do estudo, aproveitando-se, da melhor maneira, do tempo sagrado que nos é concedido.


Sabemos que a realização de determinadas atividades em nosso cotidiano dependem do quanto de tempo temos para nos dedicarmos a elas. Entretanto, não é menos verdadeiro que o tempo estará fatiado de acordo com nossas prioridades. Temos, num dia, 1440 minutos. Se consagrarmos 40 minutos, diariamente, aos estudos, estaremos utilizando apenas 3% do total. Somados, estes 40 minutos resultarão em preciosas 240 horas ao ano, utilizadas com sabedoria. Significativo empenho em benefício do ser, do próximo e da própria Doutrina.


Podemos ainda, a titulo de modesto auxilio, destacar alguns hábitos saudáveis no campo dos estudos espíritas:

a) A prática do Evangelho no Lar, uma vez na semana, em dia e horário pré-determinado, além de trazer proteção ao lar, colabora eficazmente para a manutenção do equilíbrio dos familiares. Encontro marcado com Benfeitores Espirituais é compromisso com o bem, resultando em harmonia íntima e do grupo que ali se reúne.
b) O estudo dentro da Casa Espírita, uma vez na semana, como exercício de troca e absorção dos conhecimentos doutrinários. Respondendo a relevante pergunta a este respeito, o Espírito Emmanuel esclarece que "tanto para os jovens como para os adultos o estudo em grupo é o mais eficiente até porque não podemos nos esquecer que na base do Cristianismo, o próprio Jesus desistiu de agir sozinho, procurando agir em grupo. Ele reconheceu a sua missão divina, constituiu um grupo de doze companheiros para debater os assuntos relativos 'a doutrina salvadora do Cristianismo, que o Espiritismo hoje restaura, procurando imprimir naquelas mentes, vamos dizer, todo o programa que ainda hoje e' programa para nossa vida, depois de quase vinte séculos. Programa de vivência que nós estamos tentando conhecer e tanto quanto possível aplicar na Doutrina Espírita, no campo de nossas lides e lutas cotidianas." (EMMANUEL).
c) A oração com leitura de pequeno trecho de teor elevado, em todas as manhãs e todas as noites, tranqüiliza a mente, promove reflexões e lucidez para os embates do dia, servindo, ainda, de preparação para o desdobramento do Espírito, durante o descanso do corpo.
Cabe a cada um a melhor organização de seu tempo no aproveitamento das horas para este mister. Muitas outras possibilidades existem, sendo todas elas de grande valor para o espírita responsável, ciente de seus deveres diante de si e do mundo.


Lembremos, ainda que, a função principal da Casa Espírita é a de auxiliar a humanidade através de estudos constantes, ofertando campo de trabalho, facilitando o amadurecimento do indivíduo e das sociedades. Neste sentido, recordemos a salutar advertência do Espírito Batuíra, quando nos informa que "toda congregação espírita na Terra tem como finalidade maior esclarecer pelo estudo, promover o amadurecimento emocional pelo trabalho e desenvolver as virtudes em potencial. Eis a atividade prudente e prioritária dos aprendizes do Evangelho. A ação caritativa e a boa vontade do Movimento Espírita prestam inestimáveis serviços à sociedade e ao Estado, conquanto não devam assumir de maneira simplista e com espírito salvacionista as funções do serviço social, que cabe à administração pública". (na obra 'Conviver e Melhorar'). *grifos nossos.


Finalizando nossos apontamentos, agradecemos vossa atenção até aqui. Sabemos que este tema não é tão popular quanto tantos outros, que por si só chamam a atenção de muitos, como por exemplo, as curas espirituais. Entretanto, sabemos que estudar também é medida profilática nas questões da saúde, uma vez que o saber é a antessala do fazer. Na esperança de ter contribuído com algo, despeço-me, realmente agradecida.
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor".
                                                                                                                                                     Paulo (1 Coríntios 15:58)

Referências Bibliográficas:CHIBENI, S., Noções Básicas da Mediunidade, artigo disponível no site Portal do Espírito, acessado através do endereço: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/mediunidade/nocoes-de-mediunidade.html, em 01 de junho de 2011.
CRISTIANO, E./ pelo Espírito de Yvonne Pereira; A Pena e o Trovão; A Importância do Conhecimento Espírita; Campinas, SP, Ed. Allan Kardec, 2010.
GELERNTER, C. A Fala e a Escrita Espírita: Uma Reflexão, artigo disponível no site Proseando, através do link: http://claudiagelernter.blogspot.com/2011/05/fala-e-escrita-espirita-uma-reflexao.html, acessado em 01 de junho de 2011.
NETO, F.E.S., Conviver e Melhorar, pelo Espírito Batuíra, Ed. Boa Nova, 1999.
JOÃO, Apóstolo, Novo Testamento, 14:15 a 17.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Advento do Espírito da Verdade, Tradução Guillon Ribeiro. 3ª Edição. Rio de Janeiro: FEB. 1994.
__________ O Livro dos Espíritos. Tradução Evandro Noleto Bezerra. Edição Especial. Rio de Janeiro: FEB. 2006
XAVIER, F. C. Pão Nosso, lição Crê e Segue, pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: FEB, 24ª edição, 2004.
XAVIER, F. C.; VIEIRA, W. Conduta Espírita. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978.
XAVIER, F.C.; A terra e o Semeador, 6ª. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1975.

AutoPerfil da autora:   Sou Espírita faz 23 anos, aproximadamente. Adentrei os portões do Espiritismo Cristão logo que nasceu minha primeira filha, Juliana, hoje com 24 anos, também Espírita. Realizei tarefas no campo da mediunidade em uma pequena Casa na cidade de Valinhos, depois migrei para o Grupo Batuíra de Vinhedo, onde desenvolvi diversos trabalhos por quinze anos. Saí daquela abençoada Casa para, em conjunto com amigos  queridos, fundar o CE Allan Kardec de Vinhedo. Hoje, nesta Casa, abraço o campo dos estudos, sendo coordenadora dos cursos doutrinários (ESDE, Evangelização e Mocidade), além de realizar tarefas na área mediúnica e de divulgação. Faço palestras e seminários, com frequência. Sou Designer e no momento estou cursando o quinto ano de Psicologia. Fiz um curso (em 2009), na USP de Tanatologia, com Dr Franklin Santos e, desde então, passei a falar mais sobre as questões da morte e do morrer. Fundamos, em 2010, a Tânatos (Associação Brasileira de Tanatologia, sediada em São Paulo, na Praça da República) e pretendemos alargar o campo de divulgação para outras cidades. O tema morte têm sido especialmente salientado por sua urgência e necessidade. Tenho realizado seminários em diversas cidades, falando a respeito, buscando auxiliar nossos companheiros do caminho que ainda sentem dificuldades neste campo. O Instituto Chico Xavier (Itu/ SP) abraçou nossa causa com carinho e nos tem auxiliado na divulgação do trabalho, além de outros amigos queridos, como por exemplo o confrade e amigo Jorge Hessen e o Sr Astolfo, da revista O Consolador.


Doutrina Espírita tem 13 milhões de adeptos.

Uma pesquisa elaborada pela revista  "Super Interessante", da Editora Abril, em matéria de Fátima Pires, revela as oito religiões e/ou doutrinas mais difundidas no mundo. Uma das doutrinas enumeradas na relação tem seu principal núcleo de praticantes no Brasil.

É a nossa Doutrina Espírita, de Allan Kardec.

1.    Cristianismo (aprox. 2,2 bilhões de adeptos)
Mesmo com o crescimento de outras religiões, o cristianismo continua sendo a doutrina com mais adeptos no mundo todo. Porém, seus seguidores têm mudado de perfil. Há um século, dois terços dos cristãos viviam na Europa. Hoje, os europeus representam apenas um quarto dos cristãos. Mas, o interessante mesmo é apontar onde o cristianismo mais cresceu no último século: na África Subsaariana. De 1910 para cá, a população cristã da região saltou de 9 para 516 milhões de adeptos.
        2. Islamismo (aprox. 1,6 bilhões de adeptos)
A medalha de prata na lista das religiões é dos muçulmanos. Segundo projeções, daqui vinte anos, eles serão mais de um quarto da população mundial. Se esse cenário se concretizar, o número de muçulmanos nos Estados Unidos vai mais do que dobrar e um quarto da população israelense será praticante do islamismo. Além disso, França e Bélgica se tornarão mais de 10% islâmicas
         3. Hinduísmo (aprox. 900 milhões de adeptos)
Baseado nos textos Vedas, o hinduísmo abrange seitas e variações monoteístas e politeístas, sem um corpo único de doutrinas ou escrituras. Os hindus representam mais de 80% da população na Índia e no Nepal. Mesmo com tamanha variedade, são apenas a terceira maior religião do mundo. Porém, ostentam um título mais original: o maior monumento religioso do planeta. Trata-se do templo Angkor Wat – depois convertido em mosteiro budista –, que tem cerca de 40 quilômetros quadrados e foi construído no Camboja no século XII.
        4. Religião tradicional chinesa (aprox. 400 milhões de adeptos)

"Religião tradicional chinesa" é um termo usado para descrever uma complexa interação entre as diferentes religiões e tradições filosóficas praticadas na China. Os adeptos da religião tradicional chinesa misturam credos e práticas de diferentes doutrinas, como o Confucionismo, o Taoísmo, o Budismo e outras religiões menores. Com mais de 400 milhões de praticantes, eles representam cerca de 6% da população mundial.
       5. Budismo (aprox. 376 milhões de adeptos)

A doutrina baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama, o Buda (600 a.C.), busca a realização plena da natureza humana. A existência é um ciclo contínuo de morte e renascimento, no qual vidas presentes e passadas estão interligadas. Como era de se esperar, essa religião oriental é a principal doutrina em vários países do sudeste asiático, como Camboja, Laos, Birmânia e Tailândia. No Japão, é a segunda maior religião do país: 71,4% da população é praticante.
      6. Sikhismo (aprox. 20 milhões de adeptos)
Embora pouco difundido, o Sikhismo é a sexta maior religião do mundo.  A doutrina monoteísta foi fundada no século 16 por Guru Nanak e se baseia em seus ensinamentos. O sikhismo nasceu na província de Punjab, na Índia, e grande parte de seus seguidores ainda vivem na região. Eles representam 1,9% da população da Índia e 0,3% de Fiji
       7. Judaísmo (aprox. 15 milhões de adeptos)

Atualmente, a maior parte dos judeus do mundo vive em Israel e nos Estados Unidos, para onde migraram fugindo da perseguição nazista. Mesmo assim, os judeus representam somente 1,7% da população norte-americana. Enquanto isso, na Argentina, nossos hermanos judeus são 2% da população.

        8. Espiritismo (aprox. 13 milhões de adeptos)

Espiritismo não é exatamente uma religião, mas também entra na lista. A sobrevivência do espírito após a morte e a reencarnação são as bases dessa doutrina, que surgiu na França e se expandiu pelo mundo a partir da publicação de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec (1857). É no Brasil que se encontra a maior comunidade espírita do mundo: 1,3% da população do país é espírita.

Os nossos poderes de "administrar".

O companheiro Maurício Visentin Coronado está no Centro Espírita Ismael há muitos anos,  sempre disposto aos trabalhos da Casa. Ele passou por várias fases em nossa Casa e, no ano passado, estava no Curso de Aprimoramento  coordenado pelo nosso presidente Sérgio Biagi Gregório. Além de outras atividades, ele também faz parte das visitas semanais do Samaritano à Casa de David. É um companheiro sempre disposto em ajudar a quem precisa de seu apoio. Maurício V. Coronado já teve colaboração em artigo publicado no site http://www.ceismael.com.br/ com o título sobre "Organização Espiritual", que pode ser acessado através do link:   http://www.ceismael.com.br/tema/organizacao-espiritual.htm . Nesta sua primeira colaboração no BlogCeismael, o nosso companheiro nos mostra os caminhos da "administração divina", com ensinamentos e reflexões. Boa leitura a todos! E fiquem à vontade para os comentários.
A Administração Divina –
por Maurício Visentin Coronado, do Centro Espírital Ismael, São Paulo, SP
                                                                                                                                                                    "A vida é aquilo que você deseja diariamente " (André Luiz)


Desde a antiguidade,  a "administração" recebeu influência da filosofía. Antes mesmo de Cristo, tínhamos filósofos como o Sócrates, Aristóteles e Platão, que impulsionaram a "administração" e colocando-a em prática pelos seus interesses. No ano 5 mil AC, na Suméria, os antigos habitantes procuravam a melhor maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando assim a organização e a coordenação de seus interesses da época.
Então vamos recordar o que aprendemos na Doutrina Espírita sobre a "administração", sendo amparado por grandes ícones personagens e estudiosos no assunto. A Terra foi criada por um mestre designer inteligente para a manutenção da vida.  Segundo o que a Doutrina colocou sempre em sua obras, ¨DEUS¨ é soberamente justo e bom, imutável, onipotente, único e criador de todas as coisas. É o arquiteto do Universo, sendo administrador de tudo e da vida.
O mestre Allan Kardec, ainda em sua postura de pesquisador e estudioso,  fez uma colocação dizendo que a prova mais robusta da existência de Deus reside na assertiva:  "Não há efeito sem causa". Já o astrônomo francês Camille Flammarion – espírita convicto e dedicado amigo e correspondente de Allan Kardec -  escreveu e deixou várias obras, entre elas "O Fim do Mundo".  Flammarion escreveu sobre a trajetória física e espiritual de nosso planeta. Assim fêz, ao lado também de outros filósofos defensores da idéia da pluraridade dos mundos habitados, como Emmanuel Kant e Baruch Spinoza.
Considera-se que o Planeta tenha cerca de 4 a 5 bilhões e 600 milhões de anos, estima-se que a vida tenha iniciado depois de 600 bilhões  de anos, com o resfriamento da Terra. Em linhas gerais, assim foi demarcado o surgimento da vida e evolução das espécies.
Tudo isto tinha que ter um "administrador". E,  para isso acontecer, a organização, o planejamento divino estava em prática com o processo, junto com o Universo e a Terra. Vejam como tudo foi organizado. A Terra, segundo as pesquisas de Flammarion,  está posicionada a exata distância do Sol de forma que nós recebemos a quantidade suficiente de calor para a manutenção da vida. Qualquer mudança no ritmo da rotação da Terra tornaria a vida impossível.  Como exemplo, lembramos que a Terra girando a um décimo de sua rotação atual, toda a vida vegetal seria queimada durante o dia -- ou seria congelada durante a noite. Notamos, portanto,  como tudo sem dúvida nenhuma aponta para " um projeto e administração inteligente em nossa criação". Deus no comando e dentro das leis naturais as condições de vida, progredindo segundo o que está proposto.
E para dirigir nossos caminhos, Deus nos presenteou com a figura do maior psicólogo e educador de almas, Jesus. Ele com a função de guiar as nossas vidas e dar razão no sentido de direção à evolução humana na Terra. Tudo em uma "administração" perfeita. Jesus Cristo, governador geral do planeta...
E para  que possamos melhor entender, estudando a Doutrina Espírita que vem de encontro com as regras e colocações feita pela Ciência, e que através do grande pesquisador Prof.  Hippolyte Léon Denizard Rivail  ( Allan Kardec ) --  atento e cuidadosamente nos aproximando da realidade  de que como devemos seguir e administrar nossas vidas -- codificou a Doutrina Esprita em seu tempo certo e real. Ele nos deixou um presente valioso como um "guia de administração de vidas" em suas obras.
Argumentou Kardec:  "Deus povoou os mundos de seres vivos e todos concorrem para o objetivo final da Providência. Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que habitamos o Universo seria por em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil (...) as condições de existência dos seres vivos nos diferentes mundos devem ser apropriados ao meio em que tem de viver (...)"
A organização fundamentou na Filosofia Espírita o que seria os cinco ítens mais importantes:
1- Existência de Deus -- inteligencia cósmica responsável pela criação e manutenção do Universo.
2- Existência do espírito --- envolvido pelo perispírito conservando a memória mesmo após a morte física e assegurando a identidade individual de cada pessoa.
3- Lei da reencarnação  -- quer dizer, sucessivamente cada criatura vai evoluindo no plano intelectual e moral, enquanto expia os erros do passado.
4- Lei da pluraridade dos mundos -- isto é, das existências de vários mundos habitados, oferecendo um âmbito universal para a educação do espírito.
5- Lei do carma ou da causalidade moral -- pela qual, se interligam as vidas sucessivas do espírito, dando-lhe destino condizente com seus atos praticados.
Vejam como tudo tem sua organização e assim é administrado também na Lei da Ação e Reação. Magnífica é a "administração" em setores da espiritualidade.
  
O amor de Deus é gigante, sempre amparando-nos, jamais poderemos alegar ignorância e desproteção, pois em todos os lugares temos possibilidades de conhecimento...".  Evoluímos sempre, sempre. Na erraticidade passamos por estudos e aprendizados, assim evoluindo. Na encarnação,  a prática e as expêriencias que nos cabe a seguir em nosso curso à evolução.
Sempre iremos encontrar o apoio e o auxílio mútuo da espiritualidade e de Deus  -- nosso Pai maior --, tudo em uma organização para nos atender.  Segundo conhecimentos trazidos pela espiritualidade superior, principalmente através de nosso irmão médium Chico Xavier. E também através dos livros  "Cidade no Além" (Heigorina Cunha pelos espíritos de André Luiz e Lúcius)  e "Imagens do além",  existem várias colônias espirituais, vários ministérios, " em uma linha de administração" formando os Ministérios da União Divina, o da Elevação, o da Regeneração, o do Auxílio, o do Esclarecimento e o da Comunicação, entre outros.  Mas nem todas as colônias seguem esse padrão administrativo e tem cidades espirituais muito superiores, ou planos mais elevados --  segundo o que assegura a instruções dos espíritos.   Toda a estrutura está ligada à Governadoria,  que é um "orgão diretivo".  A supervisão geral das colônias que circulam em torno da Terra é atribuída por Jesus e a vários mensageiros espirituais.
O Brasil,  por exemplo,  esta sob a tutela de Ismael.  Jesus não é visto pelos espíritos, mas é descrito como uma luz, uma força de um administrador de amor e bondade. Qualquer espírito errante pode continuar no Mundo Espiritual as tarefas e os estudos interrompidos pela desencarnação, desde que assim o queira -- cursos como Filosofia, Ciência, Psicologia, Pedagogia, Artes e outros.  O ensino realiza-se através de métodos didáticos moderníssimos e das mais aperfeiçoadas técnicas. Segundo o espírito André Luiz, a jornada normal é de 8 horas diárias e acrescenta que o Governador da colônia Nosso Lar nunca repousa – e quanto mais evoluído, mais trabalha. Nas colônias um dos mais valiosos instrumentos de reabilitação é o trabalho que é usado com terapia ocupacional.
Portanto,  vimos como a "administração divina" é importante em nossas vidas, pois em momento algum estamos sozinhos.  Isto nos remete a pensar que precisamos estudar e praticar o desprendimento. Devemos nos preparar para retornar ao Mundo Espiritual --   da mesma maneira , fazendo aqui do mesmo modo de lá. Em busca do trabalho  para nossa evolução moral, intelectual e espiritual.  E saibamos que  tudo funciona ao nosso redor para que possamos estar mais próximos à perfeição. Há uma demora, mas é o objetivo da "administração divina" em nossas vidas.
Irmãos!, o mundo espiritual é fruto das nossas necessidades materiais e orgânicas. Enquanto isso,  aos espíritos encarnados – desnecessário ao espírito desencarnado – que busca o seu progresso moral, moral e espiritual.   Muita  paz!  

Janeiro, 2012.

Fontes pesquisadas:
O Colapso da Evolução (The Collapse of Evolution) de Thuse Sott M. – Baker Books, 1997.
Revista Espírita, 1868 – Allan Kardec
Reportagens revista "Espiritismo & Ciência"




O nosso jornal registra os "50 anos do Ismael"

Já está circulando a versão on-line do jornal "Atividades", referente a janeiro de 2012. O destaque principal é a nota sobre "1962-2012: 50 anos do Centro Espírita Ismael". Nela contamos um pouco dos preparativos para os eventos comemorativos e também os Seminários de palestrantes convidados em encontros especiais, em nossa sede. E revelamos também, em primeira mão, o logotipo especial dos "50 anos". Ela representa a logomarca tradicional, com "uma das mãos dando acolhimento a um assistido" e com as iniciais do CEI (Centro Espírita Ismael). A direção da Casa está empenhada nas festividades e quer oferecer um agradecimento a todos que deram (e estão dando) um pouco de seus dias ao nosso Centro Espírita. A preocupação é dar mais subsídios e informações a todos os colaboradores e trabalhadores. Participem dos eventos. Na mesma edição, informamos sobre "O retorno das palestras públicas", com os temas e palestrantes nos meses de fevereiro e março. E pedimos o comparecimento de todos nestas palestras, aos sábados, das 20h00 às 21h30. E que possam divulgar aos amigos, parentes e nas midias sociais. Informamos também que essas palestras continuarão a sendo registradas integralmente em gravações de vídeo, mas serão disponibilizadas no You Tube com uma desafagem de seis meses do evento -- salvo casos especiais e com autorização, com avisos através dos meios de comunicação do Centro Espírita Ismael. Portanto, recomenda-se o comparecimento para que possam participar das palestras e eventos, "ao vivo".

E ainda colocamos o registro para as vagas dos Cursos de Educação Mediúnica. E também o registro fantástico de um milhão e trezentos mil acessos ao nosso site http://www.ceismael.com.br, que é referência no meio espírita - com muitas informações e artigos interessantes. E, aproveitando a deixa, informamos que a edição on-line do "Atividades" de janeiro-2012 está também em nosso com o seguinte link de acesso:


Temos um cadastro de e-mail para o envio de informações do Centro Espírita Ismael e mais a edição do "Atividades". Quem não fez o cadastro, pode encaminhar os dados de nome completo, departamento, telefone e endereço do e-mail para ceismael@ceismael.com.br. Aproveite esta chance.

Não deixe de participar.

 

Tatuagens e piercings na visão espírita.

Com autorização ao autor, publicamos abaixo um importante tema desenvolvido pelo nosso companheiro JORGE HESSEN (*), analisando um modismo que se intensificou mais ainda nos últimos anos. Tirem as suas conclusões, divulgue e mande comentários.
" Alguém nos questionou se se usar uma tatuagem na pele teria influência sobre o perispírito. Há dirigentes de casas espíritas advertindo que todas as pessoas que fizeram ou pensam em gravar tatuagens ou usar piercings, automaticamente estarão em processo de obsessão. Alguns cristãos baseiam-se nas Antigas Escrituras, onde encontramos advertência aos israelitas de "que não deveriam marcar o corpo, fazer cicatrizes com açoites como autoflagelo, por nenhum motivo.".(1)

Referências bibliográficas:
(1)    Levítico 19.28; Deuteronômio 14.1-2.
(2)    Xavier, Francisco Cândido e Vieira , Waldo. Evolução em dois mundos, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro, Ed. FEB, 1959
(3)    Xavier, Francisco Cândido. Nosso Lar, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1955


Conhecemos líderes espíritas convictos de que pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o enchem de piercings são espíritos primários que ainda carregam lembranças intensas de experiências pretéritas, sobretudo dos tempos dos bárbaros, quando belicosos e cruéis serviam-se dessas marcas na pele para se impor ante os adversários.

Positivamente não identificamos pontos de caráter prático no uso de tatuagens, especialmente se a lesão imposta ao próprio corpo for por mero capricho. Isso sim, refletirá invariavelmente no perispírito, já que, sendo o corpo físico (templo da alma) um consentimento divino para nossas provas e expiações, devemos mantê-lo dignamente protegido e saudável. Entretanto, será que o uso de piercings e tatuagens sobrepujam qualidades morais? Quem pode penetrar na intimidade do semelhante e saber o que aí ocorre?

Sob a percepção histórica, a tatuagem é uma técnica ancestral que se esvai na memória cultural das civilizações. Antigamente eram aplicadas para marcar o corpo de um escravo com o símbolo do proprietário. Gravavam-se os corpos das prostitutas com o emblema de um reino, governo ou estado. Servia também para estigmatizar o corpo da mulher adúltera. Ainda hoje é tradição o seu uso no corpo de príncipes de tribos beduínas, africanas e das ilhas do pacífico.
Presentemente, servem para marcar o corpo de membros de gangues, grupos de atletas esportistas (surfe, motociclismo), "beatniks" (movimento sociocultural nos anos 50 e princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida antimaterialista, na sequência da 2.ª Guerra Mundial.), hippies, roqueiros e alastrados principalmente entre jovens comuns dos dias de hoje.

Os que se tatuam devem procurar identificar seus motivos íntimos. Recordemos que o corpo é o templo do Espírito e não nos pertence, portanto, é importante preservá-lo contra agressões que possam mutilar a sua composição natural. Há os que usam vários brincos, piercings e outros adereços. Haveria a mutilação espiritual por causa desses apetrechos? Talvez sim, provavelmente não! O certo é que o perispírito é efetivamente lesado pela defecção moral, desequilíbrio emocional que leva a suicídios diretos e indiretos; vícios físicos e mentais, rancores, pessimismos, ambição, vaidade desmesurada, luxúria.

Esfola-se o corpo espiritual todas as vezes que se prejudica o semelhante através da maledicência, da agressividade, da violência de todos os níveis, da perfídia. Destarte, analisado por esse prisma, os adereços afetam menos o corpo perispirítico. Principalmente porque na atualidade muitos desses adornos que ferem o corpo físico podem ser revertidos, já na atual encanação, e naturalmente não repercutirá no tecido perispiritual.

André Luiz elucida que o perispírito não é reflexo do corpo físico; este é que reflete a alma. "As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido ou se o ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida.".(2) As tatuagens e as pequenas mutilações que alguns indivíduos elaboram como forma de demonstrar amor a exemplo de alguém que grava o nome do pai ou da mãe no corpo de modo discreto não trariam, logicamente, os mesmos efeitos que ocorreriam com aqueles que se tatuam de modo resoluto, movimentados por anseios mais grosseiros.
Curiosamente, muitas pessoas, retornando ao plano espiritual, podem optar pelo uso dos adornos aqui discutidos. Segundo o autor do livro Nosso Lar, "os desencarnados podem, sob o ponto de vista fluídico, moldar mentalmente e de maneira automática, no mundo dos Espíritos, roupas e objetos de uso e gosto pessoal. Destarte, é perfeitamente possível, embora lamentemos, que um ser no além-túmulo permaneça condicionado aos vícios, modismos e tantas outras coisas frívolas da sociedade terrena.".(3)

No que concerne às tatuagens especificamente, por ser um tipo de insígnia permanente, pode, sem dúvida, ocasionar conflitos mentais. A começar na atual encarnação, quando chega a ocasião em que o tatuado se arrepende, após ter mudado de idéia, em relação à finalidade da tatuagem. Concebamos que seja o apelido, sobrenome, o desenho ou algum emblema de alguma pessoa que já não estima, não ama ou qualquer outra silueta que já não aceita em seu corpo. Então, o que era um mero enfeite, culmina cansando a estética e torna-se um problema particular de complexa solução.

Então, por que a pessoa se permite tatuar? Nas culturas primitivas se usavam tatuagens com finalidades mágicas, para evocar a interferência de divindades, para o bem ou o mal. Hoje é, para muitos indivíduos, uma espécie de ritual de passagem, envolvendo a integração num grupo. Pode ser também de identificação. Pela tatuagem a pessoa está dizendo algo de si mesma.

Nas estruturas dos códigos espíritas não há espaços para proibições. Não obstante, a Doutrina dos Espíritos oferece-nos subsídios para ponderação a fim de que decidamos racionalmente sobre o que, como, quando, onde fazer ou deixar de fazer (livre-arbítrio). Evidentemente que não é o uso de tatuagens que retratará a índole e o caráter de alguém. Todavia, não podemos perder de vista que alguns modelos de tatuagens, com pretextos sinistros, podem ser classificados (sem anátemas) como censuráveis e inadequados para um cristão de qualquer linhagem.

Nesse contexto, é importante compreender a pessoa de forma integral. As características anunciadas no corpo são resultados de seus estados mentais, reflexos das experiências culturais, aprendizados e interpretação de mundo. Como dissemos, o Espiritismo não proíbe nada e fornece-nos as explicações para os fenômenos psíquicos. Assim sendo, as recomendações doutrinárias não combatem, porém conscientizam! Não são indiferentes aos dramas existenciais e demonstram como edificar e marchar no mais acautelado caminho.

Dissemos que o uso piercings e outros adereços e da própria tatuagem por si só não caracteriza alguém com ou sem moralidade. Investiguemos porém as causas dessas atitudes. Quais sãos os anseios, os sonhos, as crenças dos que cobrem seus corpos com tais marcas? Tatuagens, piercings, são estágios transitórios. Importa alcançar, porém, se tais indivíduos estão mutilados psíquica, emocional e espiritualmente. O que os conduz muitas vezes a despedaçar a barreira da ponderação e do juízo? Por que atentam contra si submetendo-se a dores e sofrimentos incompreensíveis? Para uns o motivo é o modismo. Outros, todavia, ainda se acham atrelados a costumes de outras existências físicas e trafegam do mundo inconsciente para o consciente, derivando na transfiguração do corpo biológico.

Perante questões controversas, as mensagens kardecianas buscam na intimidade do ser o seu real problema. Convidam-nos ao autoconhecimento e ao estágio do auto-aprimoramento. Sugere-nos sensatez, autoestima, altivez, comedimento e a busca incessante de Deus, o Exclusivo Ente, que facultara-nos completar de contentamento e paz de consciência."

Jorge Hessen - nascido no Rio de Janeiro a 18/08/1951, aposentado, residente em Brasília desde 1972. Formado em Estudos Sociais com ênfase em Geografia e Bacharel e Licenciado em História pela UnB. Escritor livros publicados: Luz na Mente publicada pela Edicel, Praeiro, um Peregrino nas Terras do Pantanal publicado pela Ed do Jornal Diário de Cuiabá/MT, Anuário Histórico Espírita 2002, uma coletânea de diversos autores e trabalhos históricos de todo o Brasil, coordenado pelo Centro de Documentação Histórica da União das Sociedades Espíritas de São Paulo - USE. Articulista com textos publicados na Revista Reformador da FEB, O Espírita de Brasília, O Imortal, Revista Internacional do Espiritismo, O Médium de Juiz de Fora, Brasília Espírita, Mato Grosso Espírita, Jornal União da Federação Espírita do DF. Artigos publicados na WEB da Federação Espírita Espanhola, l'Encyclopédie Spirite. Revista eletrônica O Consolador, da Espiritismogi.com.br, Panorama Espírita, Garanhuns Espírita e outros portais. Site: http://jorgehessen.net/




A impressionante história de Jesus.

A Biblioteca do Centro Espírita Ismael recebeu recentemente a doação dos 04 (quatro) volumes – na média de 352 páginas em cada --  da obra "Harpas Eternas", da médium argentina Josefa Rosalia Luque Alvarez e que foram psicografados pelo espírito de Hilarião de Monte Nebo. No Brasil, esses livros foram editados pela Editora Pensamento, entre 1994 e 1998. Os quatro volumes desta obra estão disponíveis e podem ser requisitados na Biblioteca – localizada no térreo, logo na entrada – com reserva anrtecipadamente e empréstimos por volumes separados.
É uma obra rara de um grande valor histórico com um relato sobre a vida de Jesus (Profeta Nazareno), resultado de mais de vinte anos de pesquisa nos centros culturais de diversos países – Palestina, Síria, Grécia. Alexandria, Damasco, Antoóquia e Ásia Menor -- , completados pelas informações obtidas nos antigos arquivos essênios de Moab e do Líbano e nas Escolas de Sabedoria fundadas por sábios do Oriente.
É a história de Jesus de Nazaré narrada com impressionante riqueza de detalhes sobre todas as etapas da sua vida, detendo-se mais particularmente nos seguintes aspectos: As circunstâncias astrológicas em que se deu o seu nascimento; A infância em Nazaré na companhia de Maria, de José e de seus meio-irmãos; Sua iniciação e educação entre os essênios; A juventude e as viagens que fez aos centros culturais mais importantes do seu tempo; O quadro social e histórico em que realizou seus milagres; A repercussão de seus ensinamentos no ambiente político e religioso da Judeia; As convicções que seus contemporâneos tinham acerca de sua missão como o Messias; Os incidentes que resultaram na sua condenação à morte; e a sua ressurreição e ascensão ao céu.
E a grandeza do mestre Jesus não está fundamentada apenas no seu martírio, mas em toda a sua vida, prova grandiosa e convincente de sua doutrina, que ele construiu sobre as duas vigas mestras: a paternidade de Deus e a fraternidade entre os homens.
Com uma mente iluminada, a escritora e médium Josefa Rosalia Luque Alvarez nasceu na província argentina de Córboda em 18 de março de 1893 e desencarnou em junho de 1965, com 72 anos. Em uma de suas biografias está resumida a sua produção de estudos e pesquisas em livros:
"Escritora de pena ágil, com asas de condor, sobrevoou os planos terrestres até pousar na morada dos escolhidos pela Eterna Lei para descerrar os véus do Arquivo da Luz, onde está gravado com decalques de fogo a evolução de cada partícula de centelha divina emanada do Grande Todo Universal".
E a mesma escritora tem outros títulos psicografados: A Chave de Ouro, Cumes e Planícies (3 volumes), Moisés: O vidente do Sinai (3 volumes) e Origens da Civilização Adâmica (4 volumes) – que, infelizmente, não temos em nossa Biblioteca, mas aceitamos doações.
A Biblioteca do Centro Espírita Ismael funciona de 2ª a sábado nos horários de 14h00 às 16h00 e das 19h30 às 21h00. E também está precisando de voluntários nestes horários, uma vez por semana. Colabore, vamos ter mais livros e mais leitura entre os nossos trabalhadores, frequentadores e estudantes. Inscreva-se pelo e-mail: ceismael@ceismael.com.br .

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