30/06/2012: os 10 anos de Chico Xavier!

O homem simples que, apesar de professar a fé espírita, transcendeu religiões pela prática do bem, fechou os olhos para o mundo dos vivos há exatos dez anos para dar lugar ao mito que permanece mais presente do que nunca nos corações de quem o admira. Francisco Cândido Xavier, ícone do Espiritismo no Brasil, faleceu no dia 30 de junho de 2002. Como numa profecia, o médium havia dito que queria morrer num momento de alegria para os brasileiros. Ele acertou: naquele dia, a seleção de futebol foi pentacampeã da Copa do Mundo.  Há uma década o "mui amado Tio Chico", como gostavam de chamá-lo amigos mais próximos, retornava à pátria espiritual a qual ajudou a desvendar por meio de mensagens orais e escritas, ditadas pelos espíritos. Em contato com o mundo invisível desde criança, faculdade denominada pela doutrina espírita de mediunidade, Chico Xavier psicografou mais de 400 livros, entre romances, poesias, livros de mensagens e de estudo, mesmo tendo concluído apenas o ensino primário. Confira a biografia de Chico Xavier:

2/4/1910 - Nasce, na cidade de Pedro Leopoldo (MG), Francisco Cândido Xavier, filho do operário João Cândido Xavier e da doméstica Maria João de Deus.

1914 - Começa a ter visões.
29/9/1915 - Perde a mãe, com apenas 5 anos. O pai, sem condições de criar os nove filhos, os entrega a padrinhos e amigos. Chico sofre na companhia da madrinha, que lhe dava surras com vara de marmelo e enfiava um garfo em sua barriga, para "curá-lo" das visões que tinha. Chorava muito e sua mãe começou a aparecer a ele para incentivá-lo a ter. paciência.
1917 - O pai de Chico casa-se novamente; desta vez com Cidália Batista, que reuniu todos os enteados para criar e ainda teve seis filhos.
1919 - Começa a trabalhar, aos 8 anos, numa fábrica de tecidos.
1923 - Conclui o primário.
1924 - Com problemas nos pulmões devido ao trabalho, é aconselhado a deixar a fábrica. Emprega-se como atendente num bar.
1926 - Vai trabalhar no armazém do ex-marido da madrinha.
1927 - Depois de ver a irmã curada de uma obsessão após se tratar com um casal de espíritas, a família institui o culto do Evangelho no Lar (leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo em reunião semanal em casa). Decide dedicar-se ao espiritismo. Funda, em 21 de junho, em Pedro Leopoldo, o Centro Espírita Luiz Gonzaga. Numa sessão em 8 de julho, tomou o lápis e começou a escrever freneticamente. No fim, foram 17 páginas, assinadas por um "amigo espiritual". Dois dias depois, psicografa uma mensagem da mãe.
1928 - Começa a psicografar poemas, a maioria anônimos, e a sofrer perseguição de religiosos e intelectuais.
1931 - Cidália morre em março e pede a Chico que não deixe os irmãos se separarem de novo. O espírito Emmanuel, seu guia até o fim da vida, aparece a ele e revela sua missão. Sente pela primeira vez, os sintomas de uma catarata incurável que reduziu a visão no olho esquerdo e lhe provocou muita dores e sangramentos até o fim da vida.
1931 a 1932 - Psicografa diversos poemas depois condensados na primeira de suas publicações: Parnaso de Além Túmulo, que reúne 59 textos de 14 poetas famosos brasileiros e portugueses mortos, e é lançado em 9/7/1932. A publicação foi considerada um escândalo, gerando reação até da Academia Brasileira de Letras. A renda do livro é revertida para a Federação Espírita Brasileira (FEB), assim como todos os demais livros dele.
1933 - Começa a fazer bicos na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo. Em 1935, foi contratado como escrevente-datilógrafo e trabalhou na fazenda até se aposentar no final dos anos 50, por invalidez (doença incurável nos olhos). Apesar da precária saúde e do trabalho no centro espírita fora das horas de serviço, nunca teve uma única falta ou gozou licença médica, conforme registros do ministério, citados pela FEB.
1938 - Começa a psicografar em outubro o texto do livro Há dois mil anos, ditado por Emmanuel e publicado no ano seguinte.
1943 - Começa a psicografar o livro Nosso lar, do espírito André Luiz, publicado em 1944 e até hoje seu best-seller, com 1.782.000 exemplares vendidos até janeiro de 2010. O livro é um primeiro de uma série de 11 do autor que descreve a vida no além.
1944 - Enfrenta e vence ação movida pela família de Humberto de Campos, questionando a autencidade de livros do autor que teriam sido psicografados por Chico e cobrando direitos autorais.
5/1/1959 - Mudou-se para Uberaba, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. A cidade se tornou pólo de atração de inúmeros visitantes do Brasil e exterior.
1967 - Começa a receber, em sessões públicas, recados de mortos para suas famílias, o que aumenta ainda mais a peregrinação a Uberaba.
1971 - Em 28/7, participa do programa de entrevistas Pinga-Fogo, na TV Tupi, que bate recorde de audiência e dura três horas, em vez dos 60 minutos previstos inicialmente. Em 21 de dezembro, volta ao programa, que desta vez teve quatro horas de duração.
1976 - Sofre crises de angina e dois infartos até 1982, quando passa a precisar ser assistido permanentemente por um médico, o clínico geral Eurípedes Vieira, e a tomar medicamentos diariamente.
1979 - Uma carta psicografada por ele ajuda a inocentar, em Goiânia, José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques. Foi a primeira vez que a Justiça aceitou uma psicografia como prova válida.
1981 - É indicado ao Prêmio Nobel da Paz por 10 milhões de brasileiros.
2000 - É eleito o Mineiro do Século, numa promoção da Rede Globo Minas.
30/6/2002 - Morre, aos 92 anos, de parada cardíaca, em casa em Uberaba (MG). Foi enterrado em 2/7/2002 com honras militares debaixo de uma chuva de pétalas de rosas. Fila de 4 km foi formada durante seu velório. Pelo caixão passaram 40 pessoas por minuto.
2006 - É eleito o maior brasileiro da história numa votação promovida pela Revista Época.
2010 - Centenário do seu nascimento.
2012 - Dez anos do desencarne.
Fontes: Biografia elaborada por Marival Veloso Matos, presidente da União Espírita Mineira, e livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior (Editora Planeta, 2003)

Um Seminário/Palestra muito importante!

No domingo (24/06) o Centro Espírita Ismael/SP teve a honra de receber o palestrante ISMAEL BATISTA SILVA, de Guaxupé/MG. Ele veio substituir o palestrante e radialista AGNALDO PAVIANI, que infelizmente teve um problema durante a viagem, no sábado. Estava tudo acertado com a palestra de Paviani no CEIsmael, mas ele resolveu viajar de carro com a familia. Em Araçatuba a esposa dele teve problemas de saúde e foi imediatamente internada em hospital daquela cidade. Não houve condições de Paviani confirmar a palestra no domingo.
E o palestrante Ismael Batista Silva foi localizado em São Paulo, e que já estava com viagem marcada de retorno à sua cidade. Mas com a ajuda de nossa amiga Regina Bachega, ele se prontificou gentilmente em substituir Paviani. E foi um sucesso a palestra com o tema "O Perfil do Trabalhador Espírita para o 3º Milênio", que foi proferida no domingo de manhã. Uma palestra muito esclarecedora do comportamento de trabalhadores e de Centro Espíritas, que merecem nossas profundas reflexões. É uma palestra muito interessante, com pontos importantes, que deve ser repercutido também em outras Casas Espíritas.
Um palestrante com muitos conhecimentos, boa oratória, um assunto importante e muito brincalhão - com muitas "tiradas" que agradaram a platéia. Tudo foi perfeito com mais de 200 pessoas lotando o auditório. A diretoria do Centro Espírita Ismael agradece muito o expositor ISMAEL BATISTA SILVA e façamos muitas vibrações pela saúde da esposa de nosso companheiro AGNALDO PAVIANI – que em breve terá uma nova data para a sua importante presença em nossa Casa. Obrigado a todos!
E não deixe de curtir e compartilhar os três álbuns com mais de 200 fotos do café da manhã, da palestra e do encerramento.
Muitas fotos no http://www.facebook.com/centroesperitaismael .
Lá também está o link para o video completo da palestra (com 2 horas e 30 minutos – sem cortes ou takes).
<mb/26.06.2012>

Livro dos 50 Anos do CEIsmael e depoimentos

Dentro das programações das festividades de comemorações do Cinquentenário de nossa Casa, que se realizará no domingo 19 de agosto, no Clube Guapira, estará sendo lançado o livro "50 Anos do Centro Espírita Ismael: Breve Histórico (1962-2012)", organizado pelo nosso presidente Sérgio Biagi Gregório, que estará deixando o cargo para uma nova Diretoria (triênio 2012 a 2015).  Esses trechos foram gravados em vídeo para a memória do Centro Espírita Ismael e também farão parte na edição de um vídeo especial dos 50 Anos. Antecipamos alguns trechos destes depoimentos de algumas pessoas que estiveram ao redor da fundação do Centro Espírita Ismael/SP – que também estão no site http://www.ceismael.com.br, junto com outros material referente aos 50 Anos.
    
João Zilio Grillo: depoimento em 25/01/2012.

Frequenta o Centro desde a sua fundação.

João Zilio Grillo, fundador do CEI, tesoureiro da primeira Diretoria Executiva, exerceu esta função em muitas gestões posteriores. Disse-nos que a fundação desta entidade originou-se das conversas travadas entre o Sr. Humberto Bury e o Sr. Antonio Grillo Filho, seu irmão, em 1961, quando voltavam das reuniões do "Culto Cristão no Lar", realizadas, às 5.ª feiras, nas dependências da Federação Espírita do Estado de São Paulo.
A questão levantada por eles era a seguinte: por que, em vez de nos locomovermos até o centro da cidade, não o fazemos em nossas próprias residências? Colocando em prática tal idéia, eles implantaram o "Culto Cristão" em seus próprios lares, alternando a casa para a realização do mesmo. Com o tempo, outros lares entraram no rodízio do "culto": a da família Vianello e a do próprio Sr. João Zilio Grillo.
Os membros de cada família foram, naturalmente, divulgando as reuniões entre os seus parentes e amigos. Com isso, a procura pelos novos ensinamentos aumentava enquanto as casas ficavam cada vez menores. A solução encontrada foi estabelecer um único local, ou seja, a residência do Sr. Antonio Grillo, localizado na Rua da Alegria, 84 Fundos, em Jaçanã.
Neste depoimento, realçamos um fato bastante interessante, que diz respeito à compra do imóvel, localizado à Av. Henri Janor, 141: como o imóvel já estava oferecido a outro comprador, insistiram tanto para que o proprietário vendesse ao Centro, que até prece fizeram para que o outro pretendente desistisse da compra.


Anita Cecília Munhoz Vieira: depoimento em 10/02/2012

Frequenta o Centro desde 1966.

Os desequilíbrios mediúnicos a trouxeram a esta Casa. Como fora criada na Igreja Católica, os seus familiares não entendiam os fenômenos mediúnicos e pensavam que estaria ficando louca. Indo ao Chico Xavier, recebe dele a seguinte orientação: "Você não tem loucura, o que você tem é que desenvolver a mediunidade".

Começou a frequentar na Rua da Alegria, 84. Lá, ouve do Sr. Antonio Grillo, que ele teve um sonho de abrir um Centro Espírita, e que este Centro deveria se chamar Centro Espírita "Anjo Ismael".
Dentre as suas atividades, no campo da escola e da assistência espiritual, o fato marcante é que é fundadora do trabalho do Colégio de Médiuns, em 1972, e nele continua até hoje.

Maria de Lourdes Zanino: depoimento em 24/02/2012.
Frequenta o Centro desde 1968
Agradeceu, sensibilizada, ao equilíbrio físico e espiritual que conseguiu nesta Casa. Devido à doença do seu segundo filho, procurou muitos Centros Espíritas na redondeza, sem encontrar um que a sensibilizasse. Um dia, muito chateada, encontra Alice César, e conta-lhe o seu drama. Esta a encaminhou ao Centro Espírita Ismael, para fazer um tratamento espiritual.
Depois de algum tempo, recebeu o seguinte aviso: "Você ainda irá retribuir tudo que recebeu". Logo, foi convidada para os trabalhos na Casa. Na Diretoria Executiva, já exerceu o cargo de tesoureiro. Passou por quase todos os departamentos; ajudou, inclusive, a implantar o trabalho na Casa de David. Identificou-se muito com o trabalho de Assistência Social, e o exerceu por um bom período de tempo. Presentemente, é responsável pelo Bazar Beneficente.

Manoel Francisco dos Santos: depoimento em 29/02/2012.
Freqüentou o Centro entre 1962 e 1980
Fez o Curso de Médiuns na Federação Espírita do Estado de São Paulo. Como tinha amizade com a família Grillo, acabou exercendo a sua mediúnica espírita nesta Casa. Foi o primeiro diretor do Departamento de Assistência Social do CEI. Na época, em 1968, havia 50 famílias cadastradas.
Seguindo as diretrizes da Campanha Auta de Souza, que é arrecadar alimentos na casas da redondeza, para depois distribuir aos necessitados, conseguiam os alimentos para a sopa e a distribuição das sacolas. Disse que uma pessoa, certa vez, chegou a repetir 6 pratos.

Arminda Cruz Paiva: depoimento em 21/03/2012.
Frequentou o Centro entre 1968 e 2000.
Está com 89 anos de idade. Veio ao Ismael porque falavam que era bom. Como tinha "mediunidade", esta Casa deu-lhe oportunidade de desenvolvê-la, o que a deixou muito feliz. Para isso, fez os Cursos de Educação Mediúnica e Aprendizes do Evangelho. Exercitou a sua tarefa sempre com prazer e boa vontade.
Presentemente, está com problemas de saúde, o que a impede de dar a sua contribuição mediúnica, e lhe faz muita falta. Fala bem de todos, principalmente os que conviveram mais de perto, tais como, Humberto Bury e Henriqueta Bury.

Nair Vianello Luizeto: depoimento em 24/03/2012.
Frequenta o Centro desde a sua fundação.
É cunhada de Antonio Grillo. Fez parte das famílias que começaram com o Evangelho no Lar. Morou durante 9 anos no fundo do imóvel da Av. Henri Janor: pagava aluguel e zelava pela casa. Fez o Curso de Médiuns, de Aprendizes do Evangelho e de Passe, no próprio CEI. Acha que o Centro ensinou-lhe a ser mais humilde e sempre pensar no outro, antes de pensar em si própria.
Por dificuldades de locomoção, parou de frequentar, em 2010, o que lhe dá um pouco de tristeza. Antes disso, vinha três vezes por semana. Guarda lembrança de Antônio Francisco Rasga, José Moreira, José Ferreira, Humberto Bury,  Henriqueta Bury, Antonio Sanches, José Vitorino do Nascimento e Ubirajara.

Avenina Tonetti Gregório: depoimento em 30/03/2012
Começou a frequentar o Centro em 1968.
Está com 91 anos de idade. Antes vir para esta Casa, participou, durante 5 anos do Centro Espírita Nosso Lar, das Casas André Luiz, em Vila Galvão. Quis vir ao Ismael, porque havia cursos e precisava aprender o Espiritismo. Aqui, fez o Curso de Educação Mediúnica, o Curso de Aprendizes do Evangelho e o Curso de Passes.  Colaborava, no CEI, quatro vezes por semana.  Dedicou-se exclusivamente aos trabalhos de desobsessão. Foi, durante 6 anos, diretora do Departamento de Assistência Social. Ajudou muito na costura. Ainda hoje, faz sapatinhos para o enxoval das gestantes. Nos chás beneficentes, era a montadora dos pratos de salgadinhos.
Presentemente, está afastada dos trabalhos, mas tem boas recordações dos senhores Nascimento, Humberto Bury, Henriqueta Bury, Antonio Sanches e Wanderlon.  Era uma turma muito unida. Acha que a sua presença no Centro ajudou a sua vida e a da sua família, pois o Espiritismo ensina a gente a fazer o bem ao outro. No trabalho de desobsessão, pela doutrinação, a gente ajuda um irmão em apuro.

Domingas Angelina Grillo: depoimento em 11/04/2012.
Frequenta o Centro desde sua fundação.
Começou em Araçatuba, pois sofria de ataques e recomendaram que seu pai a levasse ao Centro Chico Inácio. Vindo para São Paulo, indicaram-lhe a FEESP. Lá, começou a penitência dos passes. Depois de três anos, começou a fazer os cursos de médiuns, aprendizes do evangelho e o curso de passes. Na FEESP, conheceu o Sr. Antonio Rasga. Participava, também, do Evangelho no Lar, na casa de seu irmão Antonio Grillo.
Presentemente, colabora nos passes das crianças, aos sábados à tarde, e na Assistência Social, às quartas-feiras à tarde. No meio do seu depoimento, disse que não tinha fé, mas fazia de tudo por causa dos ataques que sofria, pois tinha medo de andar e cair no meio da rua. Um mentor da FEESP falou que ela deveria trabalhar com as crianças.

Eunice Gomes: depoimento em 19 de abril de 2012
Frequenta o Centro desde 1967.
Antes de vir ao Centro, já recebia mensagens do Espírito Meimei. Convidada pela sua tia Henriqueta Bury, por causa de problemas de saúde de seu filho, vinha escondida do marido, e nunca mais deixou a Casa. Na segunda semana, por falta de trabalhador, começou a fazer entrevista. Participou de diversos trabalhos e cursos, porém foi no setor de Entrevista em que ficou mais tempo. Por vários anos seguidos, foi responsável pela arrecadação de fundos, com os Chás Beneficentes e Festas Juninas. 25 anos antes de construir a sala 25, conta que teve um sonho de um telhado azul, que lhe ensejou a rascunhar diversos desenhos.
Agradeceu aos seus tios Humberto e Henriqueta Bury, pois eles modificaram a sua vida e a de seus filhos. Gostaria que a Casa estivesse sempre aberta para todos os necessitados, no sentido de receber outros com problemas graves a serem resolvidos.

José Antenor Gomes Filho: depoimento em 19 de abril de 2012.
Frequenta o Centro desde 1967.
Começou acompanhando a esposa. Primeiro, ficava no muro; depois, atrás da porta. Como tinha confiança em dona Henriqueta Bury, e não via gente falando alto e dando pancadas, como na Umbanda, veio a conhecer o verdadeiro Espiritismo, aprendendo a coisa correta. Como era contador, cuidou de tirar o CNPJ e fazer os devidos lançamentos contábeis. Fez o Curso de Educação Mediúnica, em que o Sr. Wanderlon era o professor e seus colegas de classe eram Eunice, Mamede e esposa Terezinha, dona Arminda.
Gomes também agradeceu aos seus tios Humberto e Henriqueta Bury, pois eles abriram a sua mente e fizeram com que toda a sua família recebesse educação espiritual. Acha que esta é a sua segunda família e, talvez, a mais importante. Mesmo nos momentos mais difíceis, não arredou pé da tarefa que lhe cabia como missão.

Antonio Tonetti: depoimento em 04/05/2012.
Frequentou o Centro entre 1968 e 1976.
Antes de começar no Ismael, a convite de sua irmã, Avenina Tonetti Gregório, já fora em outros Centros. Teve problemas muito sérios de mediunidade, inclusive ficou internado em hospital psiquiátrico. Tem boas recordações do Sr. Sanches, Wandelon, Bury, João Lourenço, Nascimento, Mamede e Ana Gaspar. Mudou-se para Guarulhos e passou a frequentar o Centro Espírita Nosso Lar, das Casas André Luiz. Depois, o Centro Espírita Jesus é o Caminho.
Agradeceu a oportunidade de receber orientações corretas sobre a Doutrina Espírita, que muito o auxiliaram na época e que perduraram ao longo do tempo. O que marcou a sua estada no CEI foram os livros antigos do Curso de Educação Mediúnica.

Olga Molina Tonetti: depoimento em 04/05/2012
Frequentou o Centro entre 1968 e 1976.
Como tinha problema de mediunidade, pois se achava muito "perturbada", começou a frequentar o Ismael, a convite de sua cunhada, Avenina Tonetti Gregório. Fez o Curso de Médiuns. Depois, foi instruída pelo Sr. Nascimento a fazer um Curso de Plantonista na FEESP. Mudou-se para Guarulhos e passou a frequentar o Centro Espírita Nosso Lar, das Casas André Luiz. Depois, o Centro Espírita Jesus é o Caminho. O filho, necessitando de cuidados permanentes, fez com que abandonasse o Centro. Após o desencarne do filho, voltou a  frequentar novamente o Centro Espírita.
Agradece o apoio que teve no Centro Espírita Ismael, principalmente na pessoa do Sr. Nascimento, que muito a auxiliou nos problemas com sua mediunidade.

(Sérgio Biagi Gregório-14/06/2012)

A grande festa da 2ª Noite da Pizza

Foi um sábado superespecial (02/06), em um novo espaço do Clube Guapira, e com o tempo excelente – sem chuva. Tudo deu certo. E tivemos a realização da 2ª Noite da Pizza Solidária do Centro Espírita Ismael/SP, com mais de 350 pessoas  saboreando dez tipos de pizzas diferentes, entre salgadas e doces. A massa estava excelente e a alegria contagiante. Foram momentos agradáveis de companheiros, famílias, amigos e de reencontros. Quase quatro horas de momentos inesquecíveis.
Sob a coordenação da Diretora de Eventos, Ádila Berretella, tudo funcionou dentro da organização e do cronograma previsto. As crianças tiveram o seu espaço reservado com a cama elástica e a piscina de bolinhas. Enquanto os adultos puderam, além de saborear as deliciosas pizzas, participar de vários sorteios com prêmios. E o grande prêmio da cama com o jogo completo de acessórios foi ganho pela Janaína Reis Dantas.
Teve música italiana, homenagem à Assistência Social, conjunto musical e muita alegria. Agora já estamos nos preparando para a próxima Noite da Pizza, que deverá acontecer no começo de 2013. Enquanto isto, temos os eventos com palestras e Seminários. E em agosto a Festa de Aniversário dos 50 Anos do nosso Ismael.
E a todos que colaboraram na organização, no trabalho, no incentivo e na presença, os agradecimentos da Diretoria e da organização do evento.
Curtam e compartilhem os quatros álbuns de fotos:
                             http://www.facebook.com/centroespiritaismael .
São  quase 250 fotos de momentos inesquecíveis durante o evento.





Reflexões sobre os motivos do suicídio

Com autorização do autor, publicamos o artigo "Suicídio - fuga sem norte, sem sentido, sem razão"  - de Jorge Hessen (*) - Em julho de 1862, Kardec analisa uma estatística estarrecedora e publica na Revista Espírita que "desde o começo do século XIX, o número dos suicídios na França de 1836 a 1852, era de 52.126 suicídios, ou seja em média 3.066 por ano. Em 1858, contaram-se 3.903 suicídios, dos quais 853 mulheres e 3.050 homens; enfim, segundo a última estatística no curso do ano de 1859, 3.899 pessoas se mataram, a saber, 3.057 homens e 842 mulheres."(1)
Atualmente, como se não bastasse o inquietante "Dia Nacional de Prevenção ao Suicídio", a Justiça francesa está investigando a onda de suicídios na operadora de telefonia France Telecom. Nos últimos anos, 46 funcionários da companhia se mataram – 11 deles apenas em 2010, segundo dados da direção da empresa e dos sindicatos. Infelizmente , são exatamente nos países ricos, em que a ambição e o materialismo se acentuam, onde sobressaem os preconceitos que o número de óbitos por suicídios é aterrorizante. Segundo estimativa dos estudiosos, alguns países do Velho Continente carecem de um "plano nacional para a prevenção de suicídios", pois é ameaçador o número de mortes auto-infligidas.
Kardec  escreveu que o suicídio é contagioso; "o contágio não está nem nos fluidos nem nas atrações; ele está no exemplo que familiariza com a ideia da morte e com o emprego dos meios para que ela se dê; isto é tão verdadeiro que quando um suicídio ocorre de uma certa maneira, não é raro ver vários deles do mesmo gênero se sucederem."(2)  Quinze anos antes da Revolução Francesa , o lançamento do livro "Werther" do poeta alemão Goethe, provocou uma onda de suicídio na Europa. "Romeu e Julieta, criação de Shakekspeare, assim como tantos Romeus e Julietas da vida real, se matam para vingar-se de seu ambiente e das pessoas que estão ao seu redor"(3)
Albert Camus em "O Mito de Sísifo" defende a tese que só existe um problema filosófico realmente grave: o suicídio - Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder a questão de filosofia.(!?) Que o abonem os escritores Artur Shopenhauer  em "As Dores do Mundo", que induz seu leitor invigilante ao suicídio, e Friedrich Wilhelm Nietzsche que escreveu em "Assim Falava Zaratustra" que orar é vergonhoso,  afirmando  que "a ideia do suicídio é uma grande consolação: ajuda a suportar muitas noites más."(!?) .
O suicídio é uma ação unicamente humana e está presente em todas as civilizações. Suas matrizes originais são abundantes e intricadas. Algumas pessoas (re)nascem com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que obviamente acresce o risco de suicídio.  Os determinantes do autocídio patológico estão nas ansiedades mentais, desesperanças, desgostos, intranquilidades emocionais, alucinações recorrentes. Pode estar vinculada a falência financeira, vergonha e mácula moral, decepções amorosas, depressão, solidão, medo do futuro, soberba pessoal (recusa a admitir o fracasso) ou exacerbado amor próprio (acreditar que sua imagem não possa sofrer nenhum arranhão ou ferimento). Mas, cremos que a exata causa do suicídio não está nas ocorrências infelizes em si, todavia na atitude como a pessoa cede diante do desgosto.
Há autoextermínio por ideias fixas, realizados fora do império da razão, como aqueles, por exemplo, que ocorreram na psicose, na embriaguez; aqui a causa é meramente fisiológica; mas paralelamente "se encontra a categoria, muito mais numerosa, dos suicídios voluntários, realizados com premeditação e com pleno conhecimento de causa."(4) O Codificador indagou aos espíritos - "que pensar do suicídio que tem por causa o desgosto da vida?". Os Benfeitores responderam: "Insensatos! Por que não trabalhavam? A existência não lhes seria uma carga!"(5)
Há dois milênios Jesus disse: "Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados".(.6) Mas, como compreender a conveniência de sofrer para ser feliz?  Por que uns já (re)nascem abastados e outros na miséria, sem nada haverem feito (na atual existência)que justifique essas posições? "A certeza da imortalidade pode confortar e gerar resignação, contudo não elucida essas aberrações, que parecem contradizer a justiça Divina. Se Deus é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa." (7)
Na Terra, é preciso ter tranquilidade para viver e conviver, até porque, não há tormentos e problemas que perdure uma eternidade. Lembremos que a vida não assenta em nossos ombros fardos mais pesados que nossos limites e carregá-los. A calma e a resignação hauridas da maneira de avaliar a vida terrestre e da certeza no futuro "dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio." (8) Porém, a incredulidade, a simples suspeição sobre o futuro espiritual, as opiniões materialistas, por fim, são os grandes incitantes ao suicídio e ocasionam o acovardamento moral.
Os Benfeitores Espirituais advertem que o suicídio é comparável a alguém que pula no escuro sobre um despenhadeiro de brasas. Após a morte ,  descrevem os espíritos , advém ao suicida a sede, a fome, a friagem ou o calor insuportável, o cansaço, a insônia, os irresistíveis desejos impudicos, a promiscuidade e as tempestades com constantes inundações de lamas fétidas. E pior, aos que fogem da luta,  recordamo-lhes que adiar dívida moral significa reencontrá-la mais tarde (pela reencarnação) com juros somados com cobrança sem moratória.
A Terceira Revelação comprova através das comunicações mediúnicas a posição desventurada em que se deparam os suicidas e comprova  que nenhuma pessoa infringe impunemente a lei de Deus. O espírita tem, assim, vários motivos a contrapor à ideia do suicídio: a confiança de uma vida futura, em que, sabe-o ele, será de tal maneira mais venturosa, quão mais infeliz e abdicada tenha sido na Terra. 
É vero! O suicídio é uma porta falsa em que o indivíduo, avaliando alforriar-se de seus incômodos, desmorona em circunstância extremamente mais arruinada. Precipitado, violentamente, para o Além-túmulo, repleto de fluido vital no corpo aniquilado, revive, continuamente, por longo tempo, os espicaces de consciência e sensações dos últimos momentos, além de permanecer debaixo de  penosa tortura aprisionado aos despojos carnais sob a própria tumba. Como se ainda não bastasse, permanecerá na dimensão espiritual submerso em regiões de penumbras, onde seus martírios serão tenazes , a fim de aprender na dor pungente a respeitar a vida com mais empenho noutras oportunidades reencarnatórias.
Portanto, "a certeza de que, abreviando a vida, chega justamente a um resultado diferente daquele que espera alcançar; que se livra de um mal para tê-lo um pior, mais longo e mais terrível, que não reverá, no outro mundo, os objetos de sua afeição, que queria ir reencontrar; de onde a consequência de que o suicídio está contra os seus próprios interesses. Também o número de suicídios impedidos pelo Espiritismo é considerável, e se pode disso concluir que quando todo o mundo for espírita, não haverá mais suicídios voluntários, e isso chegará mais cedo do que se crê." (9)
Sabemos que a prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade do Criador. Destarte, quando nos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, urge sobrepor-se a ela, e, quando houvermos conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, devemos dizer, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."  (11)
Ante o impositivo da Lei da fraternidade, precisamos orar pelos nossos irmãos que deram fim às suas vidas, apiedando-nos de suas dores, sem condená-los.
Referências bibliográficas:
(1)Análise sobre Estatística dos suicídios que  Kardec fez  do livro "Comédie sociale au dix-neuvième siècle" , autoria de B. Gastineau, publicado na Revista Espírita, julho de 1862
(2)Idem
(4)Análise sobre Estatística dos suicídios que  Kardec fez  do livro "Comédie sociale au dix-neuvième siècle" , autoria de B. Gastineau, publicado na Revista Espírita, julho de 1862
(5)Kardec , Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001, perg. 945
(6)Lc. VI, vv. 20 e 21
(7) Kardec , Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, RJ: Ed FEB, 2006, cap V
(8)Idem
(9)Análise sobre Estatística dos suicídios que  Kardec fez  do livro "Comédie sociale au dix-neuvième siècle" , autoria de B. Gastineau, publicado na Revista Espírita, julho de 1862
(10) Kardec , Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, RJ: Ed FEB, 2006, cap V
(*) JORGE HESSEN - jornalista, professor e historiador (licenciado pela Unb) articulista e palestrante. Natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília , do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF, site pessoal http://jorgehessen.net

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