Elias
Barbosa, no livro Entre Duas Vidas,
registra as mensagens — algumas com comentário — recebidas pelo médium
Francisco Cândido Xavier na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, Minas.
São relatos de pessoas que desencarnaram na flor da idade aonde narram suas
lutas, alegrias e a esperança e o consolo de que a vida não acaba com a morte.
Na apresentação
do livro, há defesa da escrita sem os preceitos de literatura. Diz-nos que
esses Espíritos comunicantes escrevem-nos com o coração repleto de amor. Muitos
esculpiram frases de carinho e reconhecimento. Outros gritaram de saudade e
acenaram aos entres queridos em advertências que nos servem a todos.
Sensação de
vazio, a separação é ilusória, não mais consigo escrever, o maior fenômeno
é este profundo amor que nos reúne uns aos outros — são alguns dentre muitos detalhes que podemos
observar na leitura deste livro.
A seguir algumas
notas e seus respectivos capítulos.
Registre-se, entretanto, apenas esses passos: a) "vou percebendo
que entregar nosso entendimento em forma de auxílio aos outros é fazer seguro
de Vida Espiritual"; b) "aqui, a esposa é acima de tudo, também
mãe"; c) "não existem males, no sentido de delinquência. Há ilusões e
nessas ilusões nós outros todos andamos". (Cap. 2 — “Festa de Luz”)
Que todos os pais e mães da Terra meditem sobre este trecho antológico
da mensagem endereçada ao genitor: "Eu estaria muito triste se houvesse
cometido um crime em desacordo com os ensinamentos e exemplos que recebi de sua
vida, constantemente, mas, graças a Deus, voltei para cá de consciência
tranquila." (Cap. 4 — “De Consciência Tranquila”)
Com lágrimas nos olhos, servindo-se de sua linguagem característica, D.
Adelaide não se cansava de repetir: "Que Deus abençoe a mediunidade de
Chico Xavier! Que Deus abençoe Allan Kardec e Chico Xavier!" (Cap. 8 —
“Letras Formadas com Lágrimas”)
"Choremos porque as lágrimas são orações sem palavras tão-somente
aquelas que não guardam a labareda da revolta". (Cap. 9 — “Filho Regressa
do Além”)
"Quanto puderem, estudem os assuntos da alma", acrescentando:
"São eles os ingredientes capazes de nos trazerem a consolação e a energia
pelas quais todos estamos agora profundamente necessitados". (Cap. 13 — “Ante o Mundo Novo”)
Compreendendo, assim, a Verdade, entesourando-lhe as bênçãos, aprendamos
a encontrar na morte o grande portal da vida e estaremos incorporando, em nosso
próprio espírito, a luz inextinguível da gloriosa imortalidade (Cap. 18 — “Dramática Prova de Autenticidade”)
"Sua mensagem, através do lápis de Chico Xavier, não é senão um
manancial de socorro urgente aos queridos pais angustiosamente atingidos no
âmago de sua alma.
Ali está o jovem professor em toda a sua firmeza de autonarrador,
detalhando trechos de estranha cana, vazada em carinho e profundo sentimento
filial, destinado aos queridos pais. E que o exemplo de Agnelinho se torne
consolação e certeza de que a morte seja compreendida como recurso de evolução
divina, e não como um mal irremediável, separação eterna daqueles que se amaram
na romaria terrena, sem uma única possibilidade de se reencontrarem.
A lição da outra vida que nos está sendo oferecida pelo moço idealista,
são páginas de um livro aberto onde todos poderão conhecer o significado da
morte". (Cap.28 — “A Reencarnação é uma Lei
de Justiça”)
Confortadora, sem dúvida, a primeira mensagem de Rosângela. Que cada um
de nós se prepare, condignamente, para quando tiver que se ver em duplicata,
frente a frente consigo mesmo, no Mundo Maior. (Cap. 30 — “Lágrimas de Esperança e Coragem”)
Com notável propriedade, assevera Augusto Cézar: "O maior fenômeno
é este profundo amor que nos reúne uns aos outros", acrescentando:
"Mesmo assim, envio lembranças às meninas e a todos — todos os nossos,
desejando que a paz e a bênção de Deus estejam conosco em todos os
passos". (Cap. 32 — “Disciplinas Necessárias”)
XAVIER, Francisco Cândido e BARBOSA, Elias. Entre Duas Vidas,
pelos Espíritos Diversos.
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