O Bem e o Mal

Apresentamos abaixo mais um artigo de nosso companheiro e ex-presidente do Centro Espírita Ismael, Sérgio Biagi Gregório. Outros artigos podem ser consultados no www.ceismael.com.br.

 

SUMÁRIO:
1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Origem do Bem e do Mal: 4.1. O Mal não Pode Ter Origem em Deus; 4.2. A Causa do Mal; 4.3. O Princípio do Bem e do Mal. 5. Necessidades Humanas: 5.1. O Que é uma Necessidade?; 5.2. Vícios; 5.3. Dor. 6. Bem versus Mal: 6.1. Estender o Bem; 6.2. Desertor do Bem; 6.3. Resistir ao Mal. 7. Conclusão.
1. INTRODUÇÃO
O que é o bem? E o mal? O mal é ausência do bem? Onde está a origem do mal? Em Deus? Nos Homens? Utilizamos essas perguntas para a introdução deste tema, que se subdividirá em: a origem do mal, as necessidades humanas e o bem versus o mal.
2. CONCEITO
Bem
– Designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade. Segundo o Espiritismo, tudo o que está de acordo com a lei de Deus.

Mal
– Para a moral, é o contrário de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Divide-se em: mal metafísico (imperfeição); mal físico (sofrimento); mal moral ("pecado"). Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com a lei de Deus.
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A questão das mudanças de nossas avaliações é um dos pontos centrais para o entendimento do bem e do mal. Malinovsky, etnólogo polonês, estudando a moral sexual dos selvagens australianos, chegou à conclusão de que tudo o que entre nós é considerado válido e até santo, lá é considerado mal. Embora haja uma moral objetiva, traçada pelas leis divinas, só captamos o que nossa visão interior consegue abarcar. O valor das coisas está constantemente alterando-se, principalmente devido à educação cultural dos diversos povos. O valor, por sua vez, pode ser entendido como: valor moral (refere-se à ação); valor estético (refere-se ao dever-ser); valor religioso (refere-se ao sentimento de temor ou de confiança na divindade). Sendo assim, um fato pode ser analisado, respectivamente, como proveniente de uma ação má, feia ou "pecaminosa".
De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas várias encarnações. É o que veremos a seguir.
4. ORIGEM DO BEM E DO MAL
4.1. O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS

Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios sobre a demonologia, ou seja, o tratado sobre o diabo. Baseando-nos nessas imagens, seríamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode provir a origem do mal. Mas o mal existe e deve ter uma origem. Onde estaria? (Kardec, 1975, cap. III)
4.2. A CAUSA DO MAL

O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios.) Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.
No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. Conforme os amigos espirituais foram nos facultando tal liberdade, tivemos que fazer escolhas e com isso errar e conseqüentemente praticar o mal.
4.3. O PRINCÍPIO DO BEM E DO MAL

O bem e o mal como princípios podem ser encontrados no livro da natureza. O conhecimento deles requer experiência. Tomemos as figuras de Adão e Eva. Eles comeram o fruto proibido, instigados pela serpente. Para conhecerem o bem e o mal, tiveram de prová-los. Mas Adão pode ter pensado: não vou ligar para isso, pois foram a serpente e a Eva que me tentaram. Porém, nesse momento, Deus passa-lhe a noção de responsabilidade. A "consciência moral" começa com a responsabilidade.
Quando começarmos a dar valor à moral, nosso progresso começa a se fundamentar. O Espírito André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, traça-nos a trajetória do princípio inteligente através dos vários reinos da natureza. O princípio inteligente é conduzido pelos "Operários Espirituais". A repetição dos atos cria a herança e o automatismo. Ao adentrar na fase hominal, ele adquire o pensamento contínuo, o livre-arbítrio e a razão. Aos poucos esses operários espirituais vão entregando o aprendizado ao livre-arbítrio, sob a própria responsabilidade.
5. NECESSIDADES HUMANAS
5.1. O QUE É UMA NECESSIDADE?

Necessidade é a consciência de que nos falta algo. Por que nos falta algo? Porque a necessidade, sendo um estado de espírito e um atributo do homem subjetivo, impõe ao homem este ou aquele desejo. As necessidades podem ser: a) prioritárias: comer, beber, dormir etc.; b) secundárias: vestir-se bem, passear, cinema etc.
Em termos espirituais, as necessidades vão se depurando conforme vamos galgando novos degraus de evolução espiritual. Há, assim, muita sabedoria no provérbio: "Deus, livra-me das minhas necessidades". Deveríamos deixar de lado os apetites da carne e nos direcionarmos para os anseios do Espírito.
5.2. VÍCIOS

Os vícios são as ações que tendem para mal. Allan Kardec diz: "Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra". O animal, por exemplo, só come para preservar a sua vida; o homem, dotado de inteligência, come mais com os olhos do que com a boca. O vício surge não pelo fato de atender a necessidades, mas no excesso que com que se atende a necessidades. Há um ditado que diz: "devemos comer para viver e não viver para comer". Nesse sentido, a pessoa que se alimenta em demasia acaba se tornando glutão, o que lhe impede de estar bem com o seu físico. O mesmo se diz daquele que se excede nas bebidas alcoólicas, na sexualidade etc. É preciso, pois, relembrar que todos sofreremos as conseqüências de nossas ações, quer sejam boas ou más. (Kardec, 1975, cap. III)
5.3. DOR

A dor é teleológica e leva consigo um destino. É um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não fosse a dor, sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo. Por ela podemos saber o que fomos e, também, o que tencionamos ser. Ela é sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o futuro. De acordo com Allan Kardec, "A dor é o aguilhão que impele o Espírito para frente, na senda do progresso". Se o Espírito nada tivesse a temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; ficaria inativo, como entorpecido. Reportando-nos à alimentação, poder-se-ia dizer que ao ingerirmos alimentos em excesso, teríamos um mal-estar físico, uma espécie de sentinela do equilíbrio.
6. BEM VERSUS MAL
6.1. ESTENDER O BEM
"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem".  — Paulo. (Romanos, 12, 21)
O Espírito Emmanuel lembra-nos de que a natureza é pródiga em nos oferecer exemplos vivos para a nossa mudança comportamental. Depois de um temporal (mal), em que parece ter destruído a paisagem, novas forças congregam-se para a obra de refazimento: "O sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão, o vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos, o cântico das aves substitui a voz do trovão... A árvore de frondes quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos". Incita-nos, com isso, a aprender com a natureza, ou seja, mesmo sofrendo os maiores dos males, deveríamos nos concentrar no bem, estendendo-o ao infinito, porque o mal é passageiro e fruto da ignorância humana. (Xavier, sdp, cap. 35)
6.2. DESERTOR DO BEM

Se soubéssemos, de antemão, o tributo de dor que a vida nos cobrará, evitaríamos o homicídio, a calúnia, a ingratidão e o egoísmo. O mesmo sucede com aquele que se esquiva do bem. O Espírito Emmanuel diz: "Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres". Lembremo-nos de que viemos a este mundo para cumprir uma missão, um dever. Nesse sentido, a esposa de Heidegger dizia que Deus tinha condenado o seu marido a ser filósofo. Para nós outros, que nos compenetramos da necessidade de praticar o bem, poderíamos dizer que Deus nos condenou a ser benevolente. (Xavier, sdp, cap. 38)
6.3. RESISTIR AO MAL

Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo. Contudo, no momento aprazado separaria um do outro. O trigo representa o bem; o joio, o mal. Os dois devem crescer juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro, pois o mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só surge quando o bem não se fez presente. É como o ladrão que rouba. Ele só rouba porque não houve antes uma prevenção.
Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua presença, mas sem perder de vista o bem. Haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de continuarmos firmes em nossa jornada evolutiva, pois "a seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecidos".
7. CONCLUSÃO

Não nos detenhamos apenas em praticar atos de caridade; sejamos também caridosos. Auxiliemos o próximo, não por uma espécie de convenção social, mas como um arroubo que parte do íntimo de nosso coração.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, [s.d.p.]

Chico Xavier, "O MAIOR BRASILEIRO"!

CHICO XAVIER VENCE "O MAIOR BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS" --- A grande final do programa aconteceu na noite desta quarta, 3 de outubro, na sede do SBT, em São Paulo. Após encerrada a votação, o jornalista Carlos Nascimento anunciou Chico Xavier como o grande vencedor da competição. Representado por Saulo Gomes, o ícone espírita obteve 71,4% dos votos do público pela internet e via SMS.

Chico Xavier sempre foi considerado um mensageiro do amor. Um homem sereno e humilde que tocou o espírito de seus seguidores. Com apenas 21 anos, psicografou o primeiro livro. Logo viriam mais publicações, os elogios e as críticas. Durante toda a sua vida, ele teve que lidar com acusações e desconfianças dos descrentes na sua obra. Sua mensagem chegou a milhões de pessoas. Muitos são os relatos de vidas transformadas através das suas palavras.

Biografia - Chico Xavier foi um dos maiores expoentes do espiritismo no Século XX. Da infância pobre ao reconhecimento internacional, ele nunca pensou nele, e sim, no próximo.  Depois de conhecer seu guia espiritual, Chico levou o dom psicográfico às livrarias. Autores falecidos puderam continuar suas obras através do médium. Foram mais de 400 obras psicografadas e publicadas em diversos idiomas, uma vendagem superior a 50 milhões de exemplares.  Chico Xavier nunca ficou com um centavo do dinheiro arrecadado com as vendas. Toda renda, desde o seu primeiro livro, foi destinada a instituições espíritas e a seus trabalhos sociais, que ajudou sempre os mais necessitados.  O médium recebeu dezenas de homenagens de várias cidades. Porém, humildemente achava que esta admiração pertencia à doutrina espírita e não a ele.  Chico também era uma ponte de conforto para milhares de mães que buscavam nele a esperança de contato com os filhos já mortos. Um trabalho que passou a ter notoriedade graças ao seu empenho e disciplina.

Curiosidades

• Chico Xavier venceu Ayrton Senna na fase semifinal do programa, com 63,8% dos votos.

• Sempre usava óculos escuros porque sofria de um tipo de catarata que não tinha cura.

• Aos 4 anos, Chico Xavier dizia que via espíritos. O pai pensou que o menino estava com o "demônio no corpo".

• O primeiro livro de Chico Xavier tinha 259 poesias ditadas por 56 poetas mortos, entre eles Olavo Bilac e Castro Alves.

• Durante sua vida, Chico Xavier nunca ganhou dinheiro como médium. Trabalhou como operário e foi até datilógrafo.

• Emmanuel, o mentor espiritual de Chico Xavier, já teria vivido como um senador romano, um escravo e até mesmo um padre.

• A estreia do filme Chico Xavier ocorreu no mesmo dia em que o médium completaria 100 anos se estivesse vivo.

• Mesmo com problemas de saúde, como hérnia de disco e angina, Chico Xavier cumpriu sua missão espírita por toda a vida.

• Viajou para os Estados Unidos, em 1965, com intuito de divulgar o espiritismo no exterior.

• Tinha uma única vaidade: usava peruca para esconder sua calvície.

• Chico Xavier psicografou cerca de 10 mil cartas de desencarnados durante toda sua vida.

No SBT, Chico Xavier pode ser o vencedor

Nesta 4ª feira (03/10 – 23h30) chega ao último programa de O MAIOR BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS / SBT, com os três finalistas CHICO XAVIER, PRINCESA ISABEL e SANTOS DUMONT. E, por uma grande coincidência, a data de hoje (3 de outubro) é comemorativa aos 208 anos do nascimento de Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita. E nesta linha está o maior nome do Espiritismo no Brasil, Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier. Na última disputa para chegar à grande final, Chico Xavier obteve 63,8% da preferência contra o adversário anterior (Ayrton Senna) , sendo que a Princesa Isabel chegou a 58,8% contra o seu adversário  (Getúlio Vargas) e Santos Dumont com 50,6% superou o seu oponente (Juscelino Kubitschek).

No programa, Chico Xavier será apresentado e defendido, mais uma vez, pelo jornalista Saulo Gomes, que esteve muito próximo do médium brasileiro, por vários anos. O jornalista também é autor de várias reportagens e livros que mostram a vida de Chico Xavier. Nesta grande final, o apresentador Carlos Nascimento apresenta a última disputa em busca do título de personalidade mais importante do País, de acordo com a votação do público, através do site (  http://www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/  ) e via SMS-via celular ( para votar em Chico Xavier envie C para o número 49701 ).

Na mini biografia de Chico Xavier, o programa apresentou: "Um mensageiro do amor. Um homem sereno e humilde que tocou o espírito de milhões: Chico Xavier. Com apenas 21 anos, psicografou o primeiro livro. Logo viriam mais publicações, os elogios e as críticas. Durante toda a sua vida ele teve que lidar com acusações e desconfianças dos descrentes na sua obra. Sua mensagem chegou a milhões de pessoas. Muitos são os relatos de vidas transformadas através das suas palavras".

Mais do que um programa de televisão, trata-se de um grandioso debate nacional capaz de mobilizar o país para responder a uma única pergunta: "Quem é o Maior Brasileiro de Todos os Tempos?".  Baseado no formato criado pela BBC, "The Greats", o programa elege aquele que fez mais pela nação, que se destacou pelo seu legado à sociedade. Diversos países já apontaram os seus maiores representantes. Na Inglaterra, Winston Churchill saiu vencedor. Os italianos elegeram Leonardo da Vinci. Nelson Mandela foi o mais votado na África do Sul. O mesmo prêmio dado à Salvador Allende no Chile e Charles de Gaulle na França.

Na primeira fase do projeto, os internautas brasileiros participaram de forma democrática, indicando o seu favorito livremente. Foram mais de 1 milhão de votos únicos. Durante a apuração, foram aceitas apenas as indicações de brasileiros natos ou naturalizados, que não são do elenco do SBT e que não fossem personagens de ficção. E assim, democraticamente, chegou-se a uma lista de notáveis, aclamados pelo povo! Porém, isto foi só o começo. Na segunda etapa,  os telespectadores conheceram os 100 mais votados. E a cada episódio, semanalmente (durante 13 etapas), a história e a obra dos finalistas foram contadas, sempre com a presença de diversos convidados e a participação ativa do público.

O SBT propõe que o povo brasileiro faça uma pausa nas suas atividades diárias para pensar sobre isso. Que a resposta não seja imediata, mas pensada e refletida, lembrando da história da nossa nação, dos momentos marcantes e importantes e não apenas de quem está na mídia agora. Lembrando que os votos podem ser através do celular, desde já até o horário do programa: SMS – enviar C para o número 49701.


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208 anos, o aniversário de Allan Kardec

Neste 3 de outubro de 2012, comemoramos o 208º aniversário de nascimento de Allan Kardec, o codificador das instruções dos Espíritos, com o início da Doutrina Espírita através do "Livro dos Espíritos", em  18 de abril de 1857 – depois de 53 anos de seu nascimento. Nome verddeiro Hippolyte Léon Denizard Rivail, o nobre pedagogo francês é mais do que credor de nossa lembrança e reconhecimento pela vida e obra. Ele foi  educador, escritor e tradutor francês.   O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".No 4º Congresso Mundial em Paris (2004), o médium brasileiro  Divaldo Pereira Franco psicografou uma mensagem atribuída ao espírito de León Denis em francês (invertida) declarando que Allan Kardec fora a reencarnação de Jan Hus, um reformador religioso do século 15. Esta informação já foi dada em diversas fontes diferentes, o que está de acordo com o Controle Universal do Ensino dos Espíritos, que Kardec definiu da seguinte forma: "uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos - a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares."
Biografia - Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na Suiça (pais protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos. Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras.
Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Profundo conhecedor da língua alemã, traduzia para este idioma diferentes obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais manifestava particular atração. Conhecia a fundo os idiomas francês, alemão, inglês e holandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol.
Era membro de diversas sociedades, entre as quais da Academia Real de Arras, que, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma memória com o tema "Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?".
A 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet. Em 1824, retornou a Paris e publicou um plano para aperfeiçoamento do ensino público. Após o ano de 1834, passou a lecionar, publicando diversas obras sobre educação, e tornou-se membro da Real Academia de Ciências Naturais. Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre 1835 e 1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia[10] comparada, Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a didática, criou um engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior expressão e as descobertas de cada reinado do país. As matérias que lecionou como pedagogo são: Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês.
Das mesas girantes à Codificação --  Conforme o seu próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes", bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.
Durante este período, também tomou conhecimento do fenômeno da escrita mediúnica - ou psicografia, e assim passou a se comunicar com os espíritos. Um desses espíritos, conhecido como um "espírito familiar", passa a orientar os seus trabalhos. Mais tarde, este espírito iria lhe informar que já o conhecia no tempo das Gálias, com o nome de Allan Kardec. Assim, Rivail passa a adotar este pseudônimo, sob o qual publicou as obras que sintetizam as leis da Doutrina Espírita.
Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores através da Revista Espírita Ou Jornal de Estudos Psicológicos. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade,[12] em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês.
Em seu sepultamento, seu amigo, o astrônomo francês Camille Flammarion proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:  " Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra… Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. (…) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista! -  "—Camille Flammarion
Sobre Kardec, Gabriel Delanne escreveu:  " Substituindo a fé cega numa vida futura, pela inquebrantável certeza, resultante de constatações científicas, tal é o inestimável serviço prestado por Allan Kardec à humanidade. - —Gabriel Delanne
Obras didáticas - O professor Rivail escreveu diversos livros pedagógicos, dentre os quais destacam-se:
1824 - Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método de Pestalozzi, para uso dos professores e mães de família, com modificações
            (dois volumes)
1828 - Plano proposto para melhoramento da Instrução Pública
1831 - Gramática Francesa Clássica
1831 - Qual o sistema de estudo mais consentâneo com as necessidades da época?.
1846 - Manual dos exames para os títulos de capacidade: soluções racionais de questões e problemas de Aritmética e de Geometria
1848 - Catecismo gramatical da Língua Francesa
1849 - Programa dos Cursos ordinários de Química, Física, Astronomia, Fisiologia
1849 - Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona
1849 - Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas
Diplomas obtidos - Lista dos principais diplomas obtidos por Denizard Rivail durante a sua carreira de professor e diretor de colégio:
Diploma de fundador da Sociedade de Previdência dos Diretores de Colégios e Internatos de Paris - 1829
Diploma da Sociedade para a Instrução Elementar - 1847. Secretário geral: H. Carnot.
Diploma do Instituto de Línguas, fundado em 1837. Presidente: Conde Le Peletier-Jaunay.
Diploma da Sociedade de Educação Nacional, constituída pelos diretores de Colégios e de Internatos da França - 1835. Presidente: Geoffroy de Saint-Hilaire.
Diploma da Sociedade Gramatical, fundada em Paris em 1807, por Urbain Domergue - 1829.
Diploma da Sociedade de Emulação e de Agricultura do Departamento do Ain - 1828 (Rivail fora designado para expor e apresentar em França o método de Pestalozzi).
Diploma do Instituto Histórico, fundado em 24 de Dezembro de 1833 e organizado a 6 de Abril de 1834. Presidente: Michaud, membro da academia francesa.
Diploma da Sociedade Francesa de Estatística Universal, fundada em Paris, em 22 de Novembro de 1820, por César Moreau.
Diploma da Sociedade de Incentivo à Indústria Nacional, fundada por Jomard, membro do Instituto.
Medalha de ouro, 1º prêmio, conferida pela Sociedade Real de Arrás, no concurso realizado em 1831, sobre educação e ensino.
Obras espíritas -  As cinco obras fundamentais que versam sobre o Espiritismo, sob o pseudônimo Allan Kardec, são:
O Livro dos Espíritos, Princípios da Doutrina Espírita, publicado em 18 de abril de 1857;
O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, em janeiro de 1861;
O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;
O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, em agosto de 1865;
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, em janeiro de 1868.
Além delas, como Kardec, publicou mais cinco obras complementares:
Revista Espírita (periódico de estudos psicológicos), publicada mensalmente de 1 de janeiro de 1858 a 1869;
O que é o Espiritismo? (resumo sob a forma de perguntas e respostas), em 1859;
Instrução prática sobre as manifestações espíritas (substituída pelo Livro dos Médiuns; publicada no Brasil pela editora O Pensamento)
O Espiritismo em sua expressão mais simples, em 1862;
Viagem Espírita de 1862 (publicada no Brasil pela editora O Clarim).
Após o seu falecimento, viria à luz:
Obras Póstumas, em 1890.
Outras obras menos conhecidas foram também publicadas no Brasil:
O Principiante Espírita (pela editora O Pensamento)
A Obsessão (pela editora O Clarim)
Citações -  "A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação."
Allan Kardec -  "Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas."
"(…) o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor. O Espiritismo, alargando o círculo da família pela pluralidade das existências, estabelece entre os homens uma fraternidade mais racional do que aquela que não tem por base senão os frágeis laços da matéria, porque esses laços são perecíveis, ao passo que os do Espírito são eternos. Esses laços, uma vez bem compreendidos, influirão pela força das coisas, sobre as relações sociais, e mais tarde sobre a Legislação social, que tomará por base as leis imutáveis do amor e da caridade; então ver-se-á desaparecerem essa anomalias que chocam os homens de bom senso, como as leis da Idade Média chocam os homens de hoje…".
(base: Wikipédia)

Uma homenagem especial ao Dia das Crianças

O Departamento de Infância, Juventude e Mocidade do Centro Espírita Ismael fará uma homenagem especial ao Dia das Crianças com a apresentação de uma aula-teatro. Os alunos farão a encenação da peça "O Resgate da Bondade", de autoria de André David.  Essa apresentação será no próximo sábado (06/10), às 15 horas, na sala 25. Crianças, pais, parentes e amigos estão convidados. A seguir, uma sinopse do espetáculo e a ficha técnica.
" O RESGATE DA BONDADE " -   Em que momento de nossas vidas optamos por não sermos mais felizes?
Essa peça nos mostrará como pequenos acontecimentos de nossas vidas podem nos fazer mudar a direção das nossas escolhas.  A história começa no Reino de Clownsville quando a princesa Smilina é sequestrada pelo malvado vilão Chulésios. No desenrolar da trama conheceremos a história de Chulésios; o esforço do Mestre Banhus para resgatar a princesa Smilina e a influência do plano espitual intuindo Glomer (ajudante do Mestre Banhus) a utilizar os melhores sentimentos e emoções para ajudar seu Mestre.
O "Resgate da Bondade"  foi escrito de forma simples e divertida e nos auxiliará a entender muitos conceitos do Espiritismo. É um trabalho do grupo GITA (Grupo Ismael de Teatro Amador) – formado por alunos do Departamento de Infância, Juventude e Mocidade.
Vale a pena conferir e prestigiar. 
Ficha Técnica
Texto, Direção e som: André David
Assistência de Direção: Carol David
Produção: Lu David, Carol David e Mocidade Carmem Cinira
Atores:
Ana Flávia (Moradora de Clownsville)
André (Soldado)
Caio (Morador de Clownsville/Palhacinho/Soldado)
Carol David (Mestre Banhus)
César (Chulésius)
Gabriel (Bozolino)
Lucas (Rufus)
Lu David (Glomer/Princesa Smilina)
Matheus (Rei de Clownsville)
Nicolas (Morador de Clownsville/Palhacinho/Lenhador)
Pétala (Moradora de Clownsville/Palhacinha)
Rafaela(Moradora de Clownsville/Palhacinha)
Taymile (Boomer)
Tayan (Morador de Clownsville)
Victor (Príncipe de Clownsville)
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"Quadros da Alma", um grande espetáculo!

Foram dias e dias de expectativas. E, junto com a espiritualidade, o desenvolvimento integral de uma peça de teatro. Não mais uma peça teatral, mas sim uma mensagem mais direta do que os ensinamentos de Allan Kardec nos propõe há 155 anos. Uma das manifestações importantes d´alma e de busca de uma terapia das cores. Diante de uma tela branca, manifestações de um Toulouse Lautrec, de um Picasso, de um Monet e de tantos outros que marcaram as suas passagens.
Diante de um papel em branco, manifestações de letras que compõem textos mais longos, mais elaborados, moldando situações, momentos e tramas. Nas palavras a tradução de uma mensagem levada por uma outra manifestação espiritual. E do papel saiu um texto de inspiração mediúnica que foi incorporado à manifestação teatral.
E os dias se passaram. O momento foi tomando forma e sentido. O jeito simples foi sendo transformado em momentos de acertos e horas incansáveis de ensaios. Uma produção simples, amadora com jeito profissional, de pessoas que passaram um tempo não muito longe criando outras situações em outros momentos de felicidade. Sem grandes passos do tempo, jovens que hoje se vestiram de outras responsabilidades, mais maduros.
Esses mesmos jovens retomam o que fizeram e novamente se transformam em atores e atrizes. No mesmo compasso do tempo, os ensinamentos de um maestro que sabe onde são as colocações e posições certas de cada personagem. No lugar modesto, até improvisado adequadamente dentro das normas de um espetáculo, a transformação do tempo e do espaço. Uma viagem que vem do passado e se impulsiona para o futuro.
Dentro de uma sala por onde se passaram personagens vivos e com suas almas em busca de ajuda, "abrem-se as cortinas" para "Quadros da Alma", uma peça com inspiração mediúnica que foi trazido a Alexandre Fernandes no texto e transformada na orientação de Aguinaldo Gabarrão e equipe de 12 pessoas diretamente no palco e na produção. Em tempo curto foi montada e ensaiada em apenas seis encontros do grupo, que se formou novamente para homenagem aos "50 anos do Centro Espírita Ismael".
E, por trás da peça de 34 minutos, muitas horas de trabalho de bastidores. Até antes do espetáculo, na montagem no sábado à noite, foram consumidas mais de 6 horas para "levantar" o palco, os cenários, o som, a iluminação e outros detalhes. Isto avançou pela madrugada, até 3 da manhã, e às 8 horas o pessoal já estava de volta para o espetáculo. Depois da apresentação da peça, mais algumas horas da desmontagem e dos acertos na sala do Centro Espírita Ismael. Tudo feito com muita dedicação, vontade e amor.
Foi um grande espetáculo, digno de muitos aplausos e reconhecimento. Aconteceu domingo passado (30/09) em uma manhã com muito Sol e transbordante de alegria. Abaixo, o depoimento do diretor Aguinaldo Gabarrão e do autor do texto de inspiração mediúnica Alexandre Fernandes. E com as atrizes Ximena Moraes, Mariany Monttino, Eliane de Souza e Ariádna Assis. E também do artista gráfico/designer Fábio Vicente. Esses depoimentos traduzem muito bem o que foram os momentos vividos pelo pessoal diretamente ligado ao espetáculo.

 
Um dia de cores com "Quadros da Alma" - por Aguinaldo Gabarrão - "A beleza é um dos atributos divinos. Deus colocou nos seres e nas coisas esse misterioso encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo".

"A arte é a busca, o estudo, a manifestação dessa beleza eterna, da qual aqui na Terra não percebemos senão um reflexo. Para contemplá-la em todo o seu esplendor, em todo o seu poder, é preciso subir de grau em grau em direção à fonte da qual ela emana, e esta é uma tarefa difícil para a maioria de nós".
Os trechos acima foram extraídos do livro "O ESPIRITISMO NA ARTE" de Léon Denis para explicar um pouco do que senti quando vi o resultado de um grupo que após 16 anos reencontrou-se para homenagear ao aniversariante: o centro espírita Ismael. Quando trabalhamos com arte, muitas vezes, não temos a ideia precisa do alcance do nosso trabalho. E o que vi no dia 30 de setembro de 2012 foi um grande congraçamento. Por meio da arte as pessoas refletem, fruem, divertem-se.
A arte tem um poder tão grande que na história humana sempre encontramos governos que tentaram silenciar os artistas e seu produto criativo, por considerá-lo perigoso, por despertar as consciências e provocar a reflexão que dá ensejo à mudança ou então, vimos governos usar a arte a favor do estado para representar sua ideologia e reafirmá-la diante de seu povo.
Diante desse fato histórico como podemos deixar de considerar a importância da arte? E quando essa arte vincula-se às realidades imortais do espírito "... um campo completamente novo se abre ao artista..." como é lembrado por Kardec em Obras Póstumas.
Além dessa confraternização pelo aniversário de 50 anos, importante e necessária, é preciso também exercitar a reflexão de seus trabalhadores e dirigentes quanto aos rumos e diretrizes que o Centro Espírita Ismael quer para os próximos 50 anos.

A história do CEI prova, mais do que qualquer discurso, que a arte atrai o jovem, ajuda-o na escolha de seus caminhos, em sua formação como ser integral e, fixa o jovem na casa espírita, porque ele encontra interesses comuns e descobre que pode expressar-se em seus anseios por meio do teatro, da dança, da música. Ele, o jovem, sente-se integrado a um grupo, algo tão importante a qualquer um de nós: ser acolhido, num ambiente de descontração, criatividade e estudo focado em sua realidade.
Quando nos reunimos para homenagear o Centro Espírita Ismael e, portanto, seus trabalhadores e frequentadores de ontem e de hoje, também havia em nosso íntimo, o desejo de promover um renascimento dessas ações que marcaram positivamente as vidas não só daqueles que participaram, mas de todos os que fruíram essa arte.
E exemplo disso, foi esse grande reencontro de domingo passado, onde percebemos o quanto a arte toca o coração do espírito quanto mais ela se aproxima do ideal Divino: a representação do bem e do belo. Obrigado a todos!".
Uma alegria e satisfação de presenças – por Alexandre Fernandes - Um domingo prá se acordar cedo por algo que me encheria os olhos.
Quando sentei naquela cadeira que um dia me abrigou como aluno da Juvescei, me senti diferente. Agradeci em silêncio por conhecer a Doutrina Espírita.
Quando escutei da cortina imaginária do espetáculo se abrir, sabia que algo novo e emocionante estava prestes a acontecer, só não tinha noção de quanto isso pesaria nas minhas emoções.

A cada cena, eu sentia a respiração das pessoas estavam sentadas naquele salão, sentia quanto ansiavam pela busca da informação, pela energia do riso, pelo interesse do tema, eu sentia que ali sentadinho no meu canto, estaria pronto para um novo momento.
Um domingo de Sol, fora e dentro da sala.

O "Quadros da Alma" se despediu do público e o blackout ao fim do espetáculo trouxe uma explosão de palmas, as pessoas se levantando, os atores se perfilando, e a alegria em forma de choro inundaram a sala 25 da Casa de Ismael.
Acabou a peça, crianças correndo impacientes pelo colo de seus pais e mais uma vez a emoção ganha coro com das pessoas com as perguntas, depoimentos e alegrias que os presentes puderam compartilhar conosco. Os amigos: os novos e os antigos com a alegria do reencontro e a alegria de mais uma vez fazer arte dentro da casa de Ismael.
A emoção nova de receber com timidez o: "Meus Parabéns!". Cada abraço, cada sorriso me fez pensar que valeu a pena.
Cada amigo que foi nos assistir, cada desconhecido que conhecemos ao fim da apresentação, devemos nosso muito obrigado!

Aos amigos do Crecin, só posso engrossar o coro da platéia com palmas de pé!
Um domingo de transformação.
A mágica do teatro se encerra mais uma vez com o contra-regra puxando a maquinaria que fecha a cortina imaginária do palco principal. Só por hoje! Só por hoje o espetáculo é finalizado, até a próxima apresentação!. Obrigado por tudo!"

Atitudes e palavras -- por Ximena Moraes -- "Quando o servidor está pronto..."
Percebo, nessa movimentação toda, que atendemos a um chamado. Envolvidos já estávamos, desde sempre, com este compromisso.
Descobrimos neste processo que atitudes são mais fortes do que palavras e palavras dificilmente traduzirão este momento tão especial.
Revelações, descobertas, respostas...
Reencontro de personalidades tão diferentes, com qualidades e defeitos, que só a espiritualidade amiga, conhecedora de nossas afinidades, do respeito e do amor que temos uns pelos outros, saberia equacionar, em prol de um objetivo maior.
Um querer bem e um querer realizar, que nasceu há muitas décadas, dentro da Moral Cristã do Centro Espírita Ismael. Mocidade Carmen Cinira... Nesta casa, aprendemos a nos conhecer, a acreditar nos ensinamentos da doutrina espírita e a trabalhar, com muita alegria, multiplicando isso tudo, através das reuniões de estudo nas tardes de sábado, nas gincanas, que movimentavam outros núcleos, no teatro, que solidificou nossa amizade, pois tinha a magia de poder de tocar, provocar e contagiar os visíveis e os invisíveis.
Oferecemos o que tínhamos de mais genuíno para os 50 anos do CEI e revivi, naquele domingo, a simplicidade familiar das festividades que marcaram a história da casa.
Um reencontro, o fechamento de um ciclo, possibilidade de novos caminhos... Obrigada."


Nas palavras de Carmen Cinira - por Eliane de Souza.


"       Uma simples palavra humilde e boa

   Que esclareça e reanime

   Traz consigo o milagre, amplo e sublime,

   Do amor que regenera e aperfeiçoa.”

                                               ( Carmem Cinira, in "Uma simples palavra")

" Carmem Cinira, que dá nome ao grupo CRECIN, nesses versos nos fala da palavra e seu poder transformador. Poetisa, artista do sentimento, ela nos inspira sempre e traduzimos seu amparo usando palavras em cenas. Cenas do coração, da vida, do ontem e hoje, do futuro; cenas de dor, de revolta, de verdade; cenas de amor, cenas que resgatam. Isso é o teatro que fizemos durante anos. Isso é o teatro que reencontramos naquele domingo, 30/09, através de “Quadros da alma”. Em cada cena, contamos mais do que histórias, contamos fragmentos de vida real, contamos parte de nós, contamos seres humanos. E ao contar, reencantamos-nos, reencontramo-nos, resgatamo-nos e refazemos caminhos. Que a estrada reaberta naquele domingo ensolarado, pintado com cores de vida, reconduza-nos ao trabalho na Arte, colorindo novos quadros de palavras e ações, para revelar almas. Gratidão infinita, aos dois planos da vida... . Grata."

O renascer das ações – por Mariany Monttino –"Todos já descreveram tudo tão bem: A festa, as cores, as emoções afloradas e a espiritualidade envolvendo aquilo tudo tão plenamente e nos fazendo sentir que somos mesmo todos um. A arte tem mesmo esse poder de se tornar uma linguagem universal. Foi o teatro que me levou pro espiritismo e me ajudou a ter respostas pra perguntas que eu ainda nem tinha feito, por ser jovem demais. E enquanto as respostas vinham, eu tive a oportunidade de estar em meio a amigos queridos, curtindo nosso teatro, o violão dos meninos, as pizzas na calçada do centro, os pedidos de alimentos de porta em porta pras gincanas da mocidade, as brincadeiras de mímica, os estudos, as orações, e os etcs todos. Como diz a Joana "Eu me fiz nessa casa e tudo o que eu sou devo a ela". Sei que me tornei uma educadora muito consciente e posso dizer que minha vida é exatamente o que eu plasmei ainda no plano espiritual, antes de reencarnar, mas sem ter passado pelo Ismael, dificilmente teria essa certeza. Por tudo isso, mais uma vez quero expressar minha gratidão pela oportunidade de reviver isso tudo com os amigos queridos de sempre, no espaço dessa casa querida que sempre acolheu a todos com carinho. E ainda, reforçar a importância que o teatro tem dentro da casa espírita. Se minha mãe tivesse me convidado para assistir uma palestra, como já tinha feito várias vezes, dificilmente eu teria ido, porque aos 17 anos a gente não quer saber dessas coisas. O jovem se sente atraído pelo jovem e pela cor, pela vida e pela alegria que a juventude representa. Foi isso o que eu encontrei no Ismael naquele dia em que me senti tentada a aceitar o convite de minha mãe para assistir "Reconstrução", mais uma das peças da Mocidade. O pessoal me recebeu com muito carinho e até ganhei uma ponta de participação na peça para as outras apresentações. Amei e minha vida a partir dali tomou os rumos que precisava tomar. E viva a arte! E viva o teatro na casa espírita! . Grata pelo que vivemos!"

Um coração cheio de alegrias – por Ariádna Assis – "Depois de tantos anos sem atuarmos juntos, esse reencontro só podia ter um gosto especial... A afinidade do grupo associada ao amor que sentimos pelo teatro facilitou a conclusão deste lindo projeto que não é nosso, mas da Casa de Ismael e da Espiritualidade, sempre nos apoiando com muito carinho. Não posso encerrar este comentário sem agradecer ao CEI pela oportunidade de retornar e também ao apoio dos amigos desta casa que nos ajudaram muito na conclusão deste projeto. Este domingo inundou meu coração da mais plena alegria. Posso dizer que voltei pra minha casa. Obrigada a todos que compareceram para prestigiar e compartilhar conosco este momento. Paz e bem!"

Tarefa e um novo ciclo - por Fábio Vicente -- É engraçado. Agora que o evento passou somos capazes de perceber certas nuances...

Pra mim, que passei a peça toda na platéia, lembro agora dos olhares curiosos, as cabeças se esticando a cada movimento dos atores. a respiração profunda nos momentos de emoção. Mesmo as crianças: um silêncio, uma atenção! E os longos aplausos no final, então?

Tarefa cumprida. É um misto, uma soma do apoio dos bons espíritos, que ajudaram - e muito! - para que o espetáculo ficasse redondo em tão pouco tempo, com o anseio das pessoas presentes em ver uma celebração "à moda antiga" - o teatro - que durante tantas décadas acompanhou os festejos da casa. Gente muito engajada em fazer e gente com muita vontade de ver.

É o fechamento de um ciclo, que pode até dar frutos - tomara! ... O reencontro de espíritos encarnados e desencarnados que, acima de todos seus defeitos, por amor à arte e acima de tudo por gratidão à casa de Ismael, puderam trazer esse festival de cores e emoções que preencheram aquela manhã de domingo de todos os presentes com sorrisos e lágrimas. Obrigado."

 
Atenção/Importante -- No Facebook alguns trechos extraídos do programa da peça, outros depoimentos e algumas fotos.


E deixem também as suas mensagens. Mais abaixo, postada em 02 de setembro passado, temos a nota com o título "O espetáculo está para começar" e chamada para 107 fotos dos ensaios, que foram postadas no Facebook/Centro Espírita Ismael.

É um bom momento para rever as fotos e reler o texto nos primeiros passos da peça. Vamos participar! Mande os seus comentários.
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Um documentário da BBC sobre o Espiritismo

Os voluntários da divulgação do Portal Luz Espírita ((www.luzespirita.org.br), equipe atuante da Associação de Amparo e Assistência Espiritual Dr. Bezerra de Menezes, realizaram um belo trabalho para a divulgação do documentário da BBC. Abaixo as explicações e clique no link para assistir o documentário. O Núcleo A CAMINHO DA LUZ fica na Rua Manoel Rodrigues Santiago, 19, no Itaim, em São Paulo. O e-mail é contato@luzespirita.org.br . Muito interessante o documentário.

" Não faz muito tempo, publicamos aqui o anúncio, com links para os vídeos, de um fantástico documentário produzido pelo respeitado canal de televisão britânico BBC, intitulado "SCIENCE AND THE SEANCE", ou seja, "A CIÊNCIA E AS SESSÕES ESPÍRITAS", que, por motivos desconhecidos, não foi divulgado pelo braço brasileiro da BBC, nem tampouco traduzido para nosso idioma. Aqui estamos então para anunciar a edição deste documentário, produzida pela Equipe Luz Espirita, com dublagem em português.

O filme/documentário destaca claramente a grande influência que os fenômenos espirituais do século XIX exerceram especialmente nos EUA e Europa, desde a espetacular febre das "Mesas Girantes", até as pesquisas mais sérias, envolvendo os  nomes mais ilustres da ciência daquele tempo, como William Crookes, Oliver Lodge, Marconi, Thomas Edson, etc. Diz também que foram essas manifestações do chamado "Moderno Espiritualismo" que motivaram aqueles grandes cientistas nas mais revolucionárias descobertas e invenções, sobretudo acerca das telecomunicações; justamente da busca de mecanizar o contato com os "mortos" foi que acabou surgindo as tecnologias das quais foram a humanidade herdou o rádio, o telefone, a televisão e tudo quanto se pensar em transmissão audiovisual e dados, como hoje se dá pela internet. Esse é o ponto forte do documentário, que ainda traz cenas inéditas do respeitado Sir Arthur Conan Doyle, citado como o grande propagador do Espiritismo.

Contudo, é preciso dizer que a versão do Espiritismo apresentada pelo filme é um tanto errônea, a partir de quando a iguala com o movimento espiritualista moderno, generalizado, ignorando que o Espiritismo, como a Doutrina Espírita kardecista, é um capítulo em separado daquelas manifestações. Nesta produção da BBC, o Espiritismo apresentado diz respeito a uma corrente neoespiritualista inglesa fundada a partir dos princípios formulados através da escritora espiritualista Emma Hardinge Britten, nascida na Inglaterra e radicada nos EUA. Allan Kardec e o seu trabalho não são citados, o que compromete a legítima interpretação, especialmente para os leigos, que desconhecem a História daqueles fenômenos e o desenvolvimento da Codificação Espírita.

Ainda assim, é uma peça de inestimável valor, pelo que traz de concreto acerca da fenomenologia e repercussão da mediunidade daquele século, cujos resultado práticos são vivenciados por todos nós hoje, através das invenções científicas. O filme é um convite aos historiadores, no sentido de que eles revejam como têm relatado o século XIX, ignorando aquela invasão espiritual."


o    Assista a este documentário da BBC pelo link:


"Yvonne Pereira - Uma heroína silenciosa!"

O escritor e médium baiano PEDRO CAMILO (de Figueirêdo Neto) esteve no domingo passado (23/09) proferindo um Seminário "As Vidas de Yvonne do Amaral Pereira", no Centro Espírita Ismael/São Paulo. E através de nossa companheira Cida Lombardi, apresentamos abaixo um resumo deste evento.           

Pedro Camilo é um estudioso da vida e obra de Yvonne do Amaral Pereira. Ele afirma que em janeiro/99 leu sua biografia e não parou mais de querer conhecê-la. Em um Congresso, conversou com Suely Caldas Schubert e daí começou a se corresponder com Hermínio de Miranda, iniciando assim uma pesquisa sobre Yvonne. O livro sobre sua vida não é uma biografia, propriamente dita, mas um estudo biográfico: sua vida, seu trabalho, suas encarnações.
No Rio de Janeiro, conheceu alguns familiares e amigos dela e conseguiu duas entrevistas que foram feitas com ela. Depois mais duas entrevistas e escritos dela em pesquisa na Revista "O CLARIM" de Cairbar Shutel – Matão-SP.  E foi, através de livros, publicando todo material que conseguiu sobre ela. Continua ainda coletando TUDO sobre ela.
Allan Kardec propôs estudo da Teoria Espírita da Mediunidade.  E mediunidade não é patrimônio do médium. Ele não cria a mediunidade, propõe o conhecimento e estudo. Mediunidade tem suas manifestações em todo e qualquer lugar e religião, só não se admite, muitas vezes esse nome.
Por que LIVRO DOS MEDIUNS e NÃO da MEDIUNIDADE? Porque mediunidade só existe se o médium existir.  Só pode ser estudada através das suas manifestações através dos médiuns. É preciso observá-los, estudá-los. O médium é o INTERMEDIÁRIO na mediunidade.
O processo de individualização e singularização da mediunidade, porque cada um manifesta de sua forma, do seu jeito a mediunidade – é única. Cada médium precisa ser estudado individualmente, não dá para generalizar.
Cada espírito que se manifesta através dos médiuns também é único, para aqueles médiuns, existindo uma afinidade. Por isso não podemos tratar as pessoas da mesma maneira, mas na sua singularidade.
Um pouco da médium -  Yvonne do Amaral Pereira (1906-1984) foi uma das mais notáveis médiuns que o Brasil já conheceu e de que se tem notícia. Suas obras são de grande riqueza e fiel ao ensino espírita. Em suas obras, os ensinamentos e exemplos são provas da grande conquista moral de sua encarnação.
Escreveu dez livros: psicografados e de próprio punho e também artigos. Seu livro mais conhecido e que mais marcou foi "MEMÓRIAS DE UM SUCIDA" – fala TUDO sobre o suicídio e suas consequências espirituais. Muitos conhecem seu livro e não a conhecem. Aí está seu valor:- a OBRA aparecer e NÃO  o MÉDIUM. Ela se apaga, se anula para que a obra surja.
Este livro não fala apenas do suicídio, mas dá informações riquíssimas sobre a VIDA ESPIRITUAL. "ESTUDÁ-LO" com o carinho necessário. A tendência do ser humano, médium, psicógrafo ao receber um livro como esse é querer publicá-lo de imediato. ELA teve um cuidado extremo, aguardou 30 anos para publicar sua OBRA.
De onde vem SEU COMPROMISSO com o SUICÍDIO? -  Trouxe de suas encarnações anteriores onde vários espíritos suicidaram-se por causa dela e ela também foi suicida. O CVV-CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA, foi inspirado neste livro..
Desde 4 e 5 anos de idade já tinha vidência, audiência – de suas outras vidas. A família não conseguia conviver com isso e ela foi viver com os avós.  Publicou várias encarnações dela em que "só fez bobagens" – coragem de fazer isso.
MEDIUNIDADE- é oportunidade de transformação e não problema – é AUTOCONHECIMENTO. Os conflitos são do indivíduo e NÃO da mediunidade.  MEDIUNIDADE é vida de relação com os Espíritos, assim como se relaciona com os encarnados. Quem tem medo é porque é inseguro no "relacionar-se". E o médium que tem medo se sente vulnerável por sua insegurança. Trabalharmos nas nossas inseguranças, nos relacionarmos.
Honestíssima em sua mediunidade:
- só psicografava (escrevia) histórias que servissem de crescimento espiritual às pessoas que o  lessem.
- e que fossem com base no EVANGELHO.
Foi tentada a por um espírito a narrar sua história e ganhar dinheiro com isso. Ela resistia a todas as suas tentações e lhe dava os motivos, que serviram para o CRESCIMENTO desse espírito. ELA serviu de EXEMPLO para esse espírito.
Há médiuns que usam a mediunidade para ganhar dinheiro, obter prestígio, vantagens e satisfazer seu orgulho.
"MEMÓRIAS DE UM SUICIDA" narra detalhes da chegada ao mundo espiritual de um espírito, Camilo Castelo Branco, um dos maiores autores da literatura portuguesa, suicida.
Outras obras significativas de Yvonne:
- "Nas telas do infinito" – autoria de Camilo Castelo Branco
- "Sublimação" e "Ressurreição e Vida" – contos de Léon Tolstoi
-"Recordações da Mediunidade" e "Devassando o Invisível" – ensaios autobiográficos
Fundamentava-s em grandes autores e vários Espíritos: Fréderic-François Chopin, Antero de Quental (espírito), Bezerra de Menezes (espírito)
"Nas Voragens do Pecado", "O Cavaleiro de Numiers", "O Drama da Bretanha", "Recordações da Mediunidade" e "Sublimação" – pelo espírito Charles.
Desde os 11 anos de idade, teve assistência de Bezerra de Menezes.
Ela foi a única médium que recebeu livro psicografado de Bezerra. Ele foi pai dela e de Charles em outra encarnação.
Yvonne foi uma pessoa especial vencendo suas provas, expiações, aproveitando todas as oportunidades que lhe foram oferecidas e sempre trabalhou no BEM e DEDICADA ÀS SUAS TAREFAS. Ela foi " YVONNE  PEREIRA – UMA HEROÍNA SILENCIOSA! ".
-/-(cl/setembro2012)

E o espetáculo está para começar...

O cenário está montado, cadeiras retiradas e outras empilhadas. Um domingo, de muito Sol lá fora. Onde fica a tribuna, na sala 25 da prédio sede do Centro Espírita Ismael, em São Paulo, a transformação de um palco de teatro, com os tapumes pretos fechando o espaço. Ali, a transformação de um trabalho que começou muito cedo para mais um ensaio – o quarto -- da peça “Quadros da Alma”, um texto de inspiração mediúnica escrito por Alexandre Fernandes e dirigida pelo Aguinaldo Gabarrão e com a assistência de André David.

É lembrar dos velhos tempos, aqueles mesmos que a Mocidade Carmen Cinira tinha atuação muito intensa com os jovens do Centro Espírita Ismael. O trabalho de espetáculos teatrais que marcaram a passagem do tempo na história de nossa Casa. Que hoje, ao comemorar 50 anos, voltam à evidência em uma homenagem por todo esse tempo de construção de muita paz e amor! Até em complemento ao que está nas páginas do livro “50 Anos do Centro Espírita Ismael”, organizado pelo presidente Sérgio Biagi Gregório, e nas palestras históricas de nossa Casa, recentemente marcadas pelo Mauro Gomes – que também teve uma atuação forte naquela época da Mocidade.

Depois de uma pequena concentração e de uma prece de abertura, com muitas vibrações de fé, lá estão os atores em cena, neste ensaio que busca todos os pontos de fala e entradas. Marcações no palco. Normal, muito normal, erros e acertos. Passos e descompassos. E no meio de tudo, nos erros e acertos, muita alegria de todos os participantes. É um momento de reconhecimento, de agradecimento, de satisfação de estar ali, de reviver os bons momentos. E os acertos sobressaem aos erros, vai-se dando forma em busca da perfeição. Tudo no comando do diretor da peça, que para, corrige...chama a atenção... e continua onde parou.

Todos em cena, com muita dedicação... Lá estão eles: Ximena, Eliane, Mariany, Mariana, Paulo, Ariádna e José Paulo. Tudo renasce nos gestos, nos passos, nas gesticulações e nas falas. Cadê a “deixa”? Sente-se no ar que cada um dos atores busca o melhor de si lá dentro, colocando para fora a sua participação na homenagem que acontece no domingo dia 30 de setembro, às 10 da manhã. Enquanto o dia não chega, à frente dos ensaios o comando de som nas mãos de Flávia Rigazzo, ao lado da direção de Aguinaldo, David e Alexandre. (Ficha técnica no final).

Um espetáculo de quase uma hora para muitas horas de dedicação em ensaios. Agora foi o quarto ensaio e ainda teremos mais três nos próximos domingos. Imagine só de ensaios o que teremos de horas... e o que se estudou do texto... as passagens... e os preparativos de roupas, cenários e material de produção. Aí não se conta mais por horas, mas por dias, por semanas... Um tempo grande de dedicação para levar o melhor no dia da grande apresentação. Tudo feito com muita dedicação, como os cinco quadros de pintores famosos – ainda há um de Tolouse Lautrec -- produzidos pelo artista Fábio Vicente, que levou um tempo muito grande preparando-os e, com muita satisfação, foi levá-los no ensaio. E ainda deu, no local, os últimos retoques nas pinturas. E todo mundo ajudou a colocar os cinco quadros nos painéis do palco – o que deu um brilho a mais!

Aquela expectativa, ainda há aquele “friozinho da barriga”, um pouco de “arrepio”, como se fosse a primeira vez que esses atores e produtores se colocarão à frente do público. Uma época que ficou na história e que hoje tem vidas mais maduras, com famílias de responsabilidades. O tempo passou! Crianças e jovens para uma nova geração de pais que deixaram a marca nos palcos de vidas no Centro Espírita Ismael. E que viverão novamente os “velhos tempos”... nas lições do que aprenderam e no que podem ensinar.

Um belo espetáculo está para entrar em mais um capítulo da história do Ismael. Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo... no dia 30 de setembro, um domingo de manhã, às 10 horas, com muito Sol lá fora e muito amor e dedicação aqui dentro da sala 25, marco do Ismael! Uma peça com texto levando às reflexões sobre a relação da pintura com o espírito. Cores, paisagens e movimentos que se tornam os condutores no espetáculo. No final, 30 minutos para a participação da plateia, com perguntas e reflexões.

Senhores e senhoras... Não percam o espetáculo no domingo dia 30 de setembro, às 10 da manhã. Chegue um pouco antes. E lembrem-se que as vagas são limitadas, com inscrições antecipadas na Secretaria, telefone 2242.6747 ou no e-mail ceismael@ceismael.com.br.

Abaixo, o relato do diretor Aguinaldo Gabarrão, com a sua visão e os seus conhecimentos, conduzindo uma equipe e o melhor do espetáculo:

4º ENSAIO – 02/09/2012 – domingo de manhã – Produção “Quadros da Alma” – Local: Sala 25 do Centro Espírita Ismael – Unidade I – “ O dia hoje foi intenso. Cumprimos toda a programação. Realizamos dois ensaios corridos e ainda houve tempo para ensaiar cenas fragmentadas: eu dirigi uma cena com a Mariany e Mariana, o André acompanhou a Ximena e Eliane e o Alexandre acompanhou o Paulo e Ariádna uma vez que o nosso querido amigo José Paulo precisou sair um pouco mais cedo em virtude de compromissos assumidos anteriormente. O Maurício Benassatto, jornalista responsável pelo registro e divulgação dos eventos em mídias realizou um trabalho paciente e produtivo, fotografando o espetáculo inteiro, além de bastidores e outras particularidades que não escaparam ao seu olhar experiente e sensível.

Além disso, tivemos a presença do nosso programador visual e grande amigo Fábio Vicente. Ele trouxe 5 quadros produzidos em estilos de diferentes períodos e artistas. Com sua costumeira modéstia, apresentou cada uma de suas criações que integram os adereços cenográficos do espetáculo. Foi mais um momento de grande emoção. O quadro principal, que eu considero um personagem neste espetáculo, e que aparece nesta foto, tem a força e o magnetismo que move todas as personagens à sua volta. O Fábio ainda produzirá mais um quadro, aquele que será reproduzido pela médium Tereza, uma espécie de “cópia inspirada” a partir do grande quadro central do artista Toulouse Lautrec. O espetáculo ganha dia a dia cor e forma”.


Atenção: veja as 105 fotos com as cenas do ensaio e mais os bastidores no http://www.facebook.com/centroespiritaismael



Ficha técnica

Elenco:
Joana (recém-desencarnada): Ximena de Moraes
Amélia (trabalhadora do Plano Espiritual): Eliane de Souza
Fausto (trabalhador do Plano Espiritual) e Toulouse Lautrec (pintor): José Paulo
Adalberto (artista do Plano Espiritual): Paulo Rigazzo
Teresa (médium): Ariádna Assis
D. Clara (mãe de Joana): Mariany Monttino
Joana menina: Mariana Assis e Silva

Voz em off: Flávia Rigazzo

Direção: Aguinaldo Gabarrão
Assistentes de direção: André David e Alexandre Fernandes

Projeto Gráfico, Programa da Peça e Cartaz: Fabio Vicente
Projeto de Iluminação, Operação de luz e Seleção Musical: Alexandre Fernandes
Gravação da trilha sonora e efeitos: André David
Composição das Músicas: Gnossiennes e Gymnopédies (3) para piano e Valses Distinguées Du Précieux Dégoûte por Erik Satie; Concerto a Cinco em Si Bemol Maior por Tomaso Giovanni Albinoni; Concerto Grosso em Ré Menor – Allegro por Antonio Vivaldi.

Diário de Encenação: Nanci Ricci
Operação de Som: Flávia Rigazzo

Revisão de textos: Eliane de Souza
Adereços Cenográficos (Pinturas): Fabio Vicente.
Concepção de Cenografia e Figurinos: Aguinaldo Gabarrão
Preparador Corporal: José Paulo
Fotos de Cena: Mauricio Benassatto
Divulgação: Departamento de Eventos do CEI

Produção: Grupo CRECIN


mb/ag-02/09/2012

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