A Imensidão dos Sentidos (Notas de Livro)

 


A Imensidão dos Sentidos: aprendendo a lidar com a sua mediunidade. Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed, copyright 2000.

O autor espiritual pretende, nesta obra, elucidar os presságios de medo, castigo, repressão, culpa, amargura e doença que são lançados sobre o conceito de mediunidade, sufocando e atemorizando os dotados de percepção extra-sensorial. Em cada capítulo, começa com uma citação de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Em seguida, analisa o tema sob diversos aspectos, principalmente o psicológico. 

Definições 

Amadurecimento — significa reconhecer ou aceitar que todos nós temos os dois lados de todas as coisas. Temos atitudes de medo e coragem, de raiva e determinação, de egoísmo e generosidade, de fragilidade e consistência.

Arquétipo — origina-se do grego e quer dizer “o que é impresso desde o início”. Ainda na Antiguidade, passou a significar também as “formas imateriais” ou o “mundo das ideias”, na concepção de Platão.  

Autoconsciência — capacidade de registrar tudo o que está sendo vivenciado.

Compensação — é um mecanismo de ajustamento ou de defesa que leva o indivíduo a desenvolver certas potencialidades para suprir suas supostas deficiências. É um modo prático de purificar estímulos indesejáveis. (Psicologia)

Crenças — são pensamentos ou ideias que aceitamos como verdade e que criam harmonia ou deformidades em nosso veículo fisiológico. 

Criatividade — capacidade de desestruturar uma concepção ou informação conhecida para reestruturá-la de uma maneira nova.

Distúrbio obsessivo-compulsivo DOC — desejo imperioso que cria pensamentos absurdos embaraçosos, os quais se repetem na mente num ciclo insistente e obstinado (definição das ciências psiquiátricas)

Entusiasmo — deriva do grego “enthousiasmos” e que dizer “sopro divino”, ou também “estar repleto de divindade”. Compõem-se do prefico “en” (movimento para dentro) e do vocábulo “theo” (Deus, divindade).

Formas-pensamentos — pensamentos, conceitos e auto-avaliações, positivos ou negativos, são elementos dinâmicos de indução e influenciam no halo mental, formando “realidades energéticas” ou “formas-pensamentos”.

Gênio — do latim “genius, quer dizer talento ou dom natural. Na antiguidade esse conceito era utilizado para designar pessoas habilidosas ou criativas; somente nos dias atuais é que passou a significar uma superinteligência inata.

Hipocrisia — vício de apresentar uma virtude ou um sentimento que não se tem.

Inconsciente coletivo — herança psicológica, um tipo de memória da raça ou da espécie, onde se encontram conteúdos de estrutura psíquica, padrões universais ou arquétipos existentes na intimidade de todos os seres humanos. (Jung)

Percepção — é a compreensão de algo, ou a interpretação do somatório de todas as sensações que estão ocorrendo conosco em dado momento.

Senso crítico — “senso” vem do latim sensus, faculdade de raciocinar. “Crítico” tem origem no grego kritikos, arte de avaliar e apreciar.

Ser translúcido — indivíduo que adquiriu a qualidade de deixar passar a luz espiritual de forma nítida, sem permitir que obstáculos maiores prejudiquem a autenticidade das manifestações transcendentais.

Pensamentos

“Dois excessos: excluir a razão — só admitir a razão.” (Pascal)

“Nenhum homem jamais foi grande sem um toque de inspiração divina.” (Cícero)

“O psiquismo dorme na pedra, sonha na planta, agita-se no animal e desperta no homem.” (Léon Denis)

“É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem acredita no que deseja.” (Demóstenes)

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei.” (Frase inscrita no dólmen construído sobre o túmulo de Allan Kardec cemitério Père-Lachaise, em Paris) [Nesta frase, mudança é a palavra-chave]

“À medida que temos mais luz, mais grandeza e baixeza descobrimos no homem.” (Pascal)

“As pessoas ignorantes não procuram sabedoria. O mal da ignorância está no fato de que aqueles que não são bons nem sábios estão, apesar disso, satisfeitos consigo mesmos. Não desejam aquilo de que não sentem falta.” (Platão)

“O pior uso que se pode fazer da liberdade é abdicar dela.” (Victor Marie Hugo)

“Se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana a si mesmo. Cada um examine a sua própria conduta, e então terá o que se gloriar por si só e não por referência ao outro.” (Paulo, Gálatas, 6,3)

“O interesse é uma homenagem que o vício presta à virtude.” (O duque de La Rochefoucauld)

Frases

“Nosso propósito é colaborar como todos aqueles que, ao buscarem a “dimensão metafísica” da existência, deixem de lado as posturas rígidas e inflexíveis diante das faculdades psíquicas, encarando-as de modo natural e espontâneo e desatando-as das embalagens preconcebidas”. (pág. 15)

“O Espiritismo possui um antídoto contra essa crença milenar. Suprimiu o personalismo e ensinou-nos a ligação direta da criatura com Deus, dispensando intermediações...” (pág. 18)

“Ao convertermos as criaturas em mito, supervalorizamos os outros e, em virtude disso, desvalorizamos o nosso poder interior”. (pág. 20)

“A incapacidade de dizer “não posso”, “não concordo”, “não sei”, “não quero”, acarreta no ser humano a perda de controle da própria vida.” (pág. 23)

“À medida que a criatura se desenvolve... Seleciona ideias, pensamentos, oscilações psíquicas, como o garimpeiro que separa do cascalho a gema preciosa ou o metal raro”. (pág. 30)

“A conduta invejosa pode nos ser muito útil ou benéfica, se soubermos transformá-la em uma atitude oposta — a admiração”. (pág. 42)

“Acreditamos que as coisas e as pessoas é que nos fazem infelizes, mas isso não é verdade — somos causa e efeito de nós mesmos”. (pág. 47)

“O médium autêntico não copia ninguém. Não se limita a seguir caminhos já percorridos; tem a habilidade de ver as coisas com olhos novos, fazer associações que transcendem o comum”. (pág. 58)

“A faculdade extra-sensorial é um “instrumento da vida”, uma condição natural do desenvolvimento dos seres humanos”. (pág. 63)

“O orgulho é uma forma pela qual interpretamos as pessoas e dos fatos. É um “estado de consciência” em que a insensibilidade predomina”. (pág. 66)

“Um indivíduo em estado de fixação mental nada vê, nada ouve, nada sente ou nada percebe além da pessoa, objeto ou fato a que sua mente cristalizada se prendeu”. (pág. 77)

“Para nos desfazermos da fascinação ou da auto-ilusão seria preciso apenas nos desvencilharmos da escravidão da ideia pressuposta que temos ou desejamos ter acerca de nós mesmos”. (pág. 84)

“Para promovermos mudanças não necessitamos procurar novas paragens, e sim possuir novos olhos”. (pág. 89)

“A mediunidade está intimamente ligada à vocação, aptidão, realização, criatividade, espontaneidade, e desvinculada por completo de qualquer obrigação ou pressão auto-imposta”. (pág. 93)

““Devo desenvolver a mediunidade” equivale a dizer “não quero, mas sou obrigado a desenvolver”. Não somos obrigados a nada!” (pág. 95)

“Existe uma enorme distância entre “estar consciente” das sensações e “querer afastá-las””. (pág. 98)

“Terão verdadeiramente clareza de pensamento aqueles que tratarem as “coisas simples” com merecida importância, e as “coisas importantes” com a devida simplicidade”. (pág. 103)

“Cada pessoa plasma os reflexos de si mesma e, por onde passa, entra em comunhão com a matéria mental alheia, exteriorizando o seu melhor lado, ou mesmo, criando perturbação ou desajustamento”. (pág. 113)

“Por sua vez, não é recomendável utilizar as faculdades psíquicas para explorar “outros mundos”, até que tenhamos o pleno controle do mundo em que estamos vivendo aqui e agora”. (pág. 120)

“Se dissociamos a causa do efeito de nossos atos, enfraquecemos cada vez mais o senso de ligação entre nós e os acontecimentos”. (pág. 127)

“Ao rejeitarmos um sentimento, não quer dizer, de forma alguma, que ele vai desparecer; só o excluímos de nossa identificação consciente”. (pág. 128)

“A “regra de ouro” da Espiritualidade Superior é a compaixão: admitir que outros pensem, ajam e sintam de modo diferente de nós...” (pág. 135)

“Mediunidade é um portal esplêndido que nos abre o entendimento para a realidade transcendental. No entanto, os médiuns não devem nutrir como “obrigação” a salvação dos sofredores do mundo. A única pessoa que podemos “salvar” é a nós mesmos, pois cada um é responsável apenas por si”. (pág. 138)

“O crescimento do ser ocorre por meio de um encadeamento de fatos espontâneos e inerentes à vida humana, enquanto o perfeccionismo é uma aspiração obstinada e torturante”. (pág. 143)

“De nada adianta tentarmos transformar a qualquer preço um “homem faccioso” — parcial, sectário. É-nos impossível alterar as leis naturais; temos, sim, que aprender a respeitá-las, visto que a transformação só acontece quando estamos preparados para mudar”. (pág. 151)

“A reencarnação nos induz a uma recapitulação dos velhos modelos e conceitos, a fim de que nos desvencilhemos das crenças negativas rumo ao ciclos mais evoluídos da existência”. (pág. 153)

“Os indivíduos de sentimentos e pensamentos doentios podem plasmar “estruturas de disformes feições”, que os acompanham aos lugares aonde vão”. (pág. 155)

“Somente depois de muitos anos de estudos, é que médicos, biólogos e psicólogos concluíram que a visão do homem ocorre não nos olhos, mas no cérebro”. (pág. 169)

“Quem tem um “herói” dentro de si tem igualmente um outro lado, um “mártir””. (pág. 181)

“Os gênios, pelos seus naturais questionamentos, foram muitas vezes transportados a uma vida de solidão”. (pág. 186)

“O que atrairá vibrações positivas ou uma “aura de defesa” para todos nós será a sinceridade de nossas intenções”. (pág. 210)


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