“A Geração Nova” é um subtítulo
do capítulo XVIII – São Chegados os Tempos – do livro A
Gênese, de Allan Kardec. Por geração nova, entende-se uma
Humanidade mais evoluída do que a atual, uma Humanidade em que a inteligência e
a razão caminham em perfeita harmonia com o sentimento inato do bem.
A regeneração da Humanidade faz
parte da Lei do Progresso e está nos planos de Deus. Nosso próprio Planeta já
passou por várias transformações físicas, desde a sua criação, há 5 bilhões de
anos. É possível que, materialmente, ainda haja reparos a serem feitos, pois
nenhuma revolução física se faz da noite para o dia. Contudo, os cataclismos previstos
nos Evangelhos nada têm de material; eles são eminentemente morais.
O Espiritismo não é o promotor
da regeneração, pois a mesma encontra-se nos desígnios de Deus. O Espiritismo
nos dá informações, conhecimentos, subsídios para uma melhor compreensão do que
está acontecendo e do que está por vir. A tese – os tempos são
chegados – é motivo de diversas interpretações: para os incrédulos,
nenhuma importância têm; para a maioria dos crentes, qualquer coisa de místico
ou de sobrenatural, parecendo-lhes subversão das leis Naturais. O Espiritismo,
ao contrário, vem nos dizer que esses acontecimentos estão de acordo com a
Divina Providência.
As mortes coletivas,
por exemplo, são um transtorno para a maioria da população. Para o Espiritismo,
é fator de progresso. Allan Kardec diz-nos que, quando partem muitos de uma só
vez, a possibilidade de eles anteverem o progresso é muito maior se eles fossem
um a um, dois a dois, dez a dez. Se ficassem encarnados, demorariam muito para
voltarem à prática do bem; as ideias retrógradas poderiam ir sedimentando mais
e mais que de nada adiantaria viver mais anos neste Planeta. A melhor solução,
não resta dúvida, é o desencarne coletivo.
O Planeta Terra está passando
do Mundo de Expiação e Provas para o Mundo de Regeneração. No Mundo
de Regeneração, o bem deve predominar sobre o mal. Por isso, para aqueles que
ainda não se ajustaram à lei do amor, para aqueles que ainda se comprazem em
fazer o mal pelo mal, haverá a emigração para outros orbes menos evoluídos. Os
desencarnes coletivos fazem com que os Espíritos possam refletir mais
objetivamente sobre a sua condição espiritual. Se, nessa passagem pelo mundo
dos Espíritos, eles já conseguirem vislumbrar uma outra situação moral, poderão
retornar a este Planeta, não precisando ir a mundos mais inferiores.
A geração nova é
um modelo de perfeição do Espírito. Ninguém pensará em prejudicar o seu
próximo. A tônica será: "cada um suplante a si mesmo e não ao seu
próximo".
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