“Os Avarentos e a Missão do Dinheiro”, consta como item 6 do capítulo “Assuntos Humanos”, do livro Entrevistas, de Chico Xavier / Emmanuel.
No
topo deste capítulo, há a seguinte explicação:
(Entrevista
concedida ao repórter Saulo Gomes da TV Tupi, canal 4, de São Paulo, em 6 de
maio de 1968, gravada na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba (MG). Foi ao ar,
pela primeira vez, a 14 de maio, e após sua apresentação inicial foi reclamada
para exibição em quase todas as capitais de Estado. Nessa reportagem, pela
primeira vez no vídeo, o médium psicografou linda página de Emmanuel,
intitulada "Auxiliarás por amor". Transcrita do "Anuário
Espírita", 1969.)
Eis o diálogo:
P — Nosso Chico
Xavier, nós variamos muito no estilo das perguntas porque sabemos que é
necessário e oportuno levar ao grande público uma autêntica lição, principalmente,
de humanidade. Daí, então, a pergunta que se faz agora: Como é que o mundo
espiritual encara a situação dos avarentos na Terra?
R — Os Avarentos,
os sovinas, realmente são espíritos doentes. Emmanuel costuma dizer: a criatura
que amontoa, amontoa e amontoa os recursos materiais, sem nenhum proveito no
trabalho, na educação, na beneficência, no socorro em favor dos semelhantes,
está desequilibrada.
Quem assim
procede está doente e, de certa, na próxima reencarnação enfrentará o resultado
desse desvio da realidade.
Os
espíritos amigos consideram o dinheiro como sendo o sangue da sociedade; quando
colocamos o dinheiro, simplesmente a um canto, sem programa, só para que
funcione em proveito dos nossos caprichos, estamos operando no organismo social
aquilo que chamamos “trombose” na circulação do sangue. Impedindo a circulação
vamos pagar as consequências do nosso ato impensado.
Não podemos de
maneira nenhuma — dizem os nossos amigos espirituais — condenar o dinheiro ou
desfigurar a missão do dinheiro, a pretexto de que nossos irmãos abastados
estejam em condições de felicidade maiores que as nossas.
Devemos
compreender os que desfruta a riqueza material como administradores dos bens de
Deus. E tantos deles, mas tantos deles, se fazem nossos benfeitores criando
trabalho, estimulando a caridade, auxiliando a educação, fundando escolas,
protegendo crianças desamparadas, salvando enfermos desprotegidos.
Precisamos
valorizar os companheiros que são portadores da fortuna material, cooperando
com eles para que possam administrar bem esses recursos, pois são profundamente
responsáveis diante do Senhor, como também, aqueles nossos irmãos pobres, que
são mais pobres, vamos dizer assim porque todos nós somos ricos diante de Deus.
Hoje, damos
graças a Deus por todos aqueles que nos ampararam e nos apontaram o caminho,
com paciência e com respeito, sem ferir, ou aumentar as nossas aflições de alma
e nossos propósitos de progresso e evolução.
Deus nos fez a
todos ricos de saúde, ricos de força, de esperança e de fé. A palavra “pobre” é
um tanto imprópria para nossa conservação, digamos, os que estão em penúria
material, mas que são humildes diante de Deus, pois não adianta também a
penúria material quando nós estamos num estado de inconformação, de rebeldia.
Os mais ricos e
os menos ricos são irmãos diante de Deus e nós devemos valorizar os portadores
do dinheiro.
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