Reproduzimos abaixo nota de Hanrrikson de Andrade, da UOL, sobre os números divulgados 6ª feira pelo IBGE com relação às religiões no Brasil. Os dados deste Censo demográfico 2010 mostram que a população que se autodeclara espírita tem os melhores indicadores de educação e renda em relação às demais representações religiosas no país.Os espíritas têm a maior proporção de pessoas com nível superior (31,5%) e os menores índices de brasileiros sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15%). Apenas 1,4% das pessoas que se declararam adeptas desse grupo religioso não são alfabetizadas. Nestes números, 15% têm ensino fundamental incompleto.
Quanto às classes de rendimento acima de cinco salários mínimos, os espíritas também se destacam com incidência de 19,7% --a pesquisa considera a distribuição das pessoas de dez anos ou mais por rendimento mensal domiciliar per capita. Os católicos, por sua vez, estão concentrados na faixa até um salário mínimo: 55,8%.
Os evangélicos pentecostais são o grupo com a maior proporção de pessoas nessa classe de rendimento de até um salário mínimo (63,7%), seguidos dos sem religião (59,2%).
Os católicos (6,8%), os sem religião (6,7%) e evangélicos pentecostais (6,2%) também se destacam negativamente com as maiores proporções de pessoas de 15 anos ou mais de idade sem instrução. Em relação ao ensino fundamental incompleto são também esses três grupos de religião que apresentam as maiores proporções (39,8%, 39,2% e 42,3%, respectivamente).
Entre a população católica é proporcionalmente elevada a participação dos idosos, entre os quais a proporção de analfabetos é maior. De acordo com o Censo 2010, os católicos e os sem religião formam os grupos que tiveram os maiores percentuais de pessoas de 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas (10,6% e 9,4%, respectivamente).
Outros dados - Os dados do Censo Demográfico 2010 mostram também que a população evangélica no Brasil passou de 15,4% da população brasileira para 22,2%, o que dá um crescimento de 6,8 pontos percentuais nos últimos dez anos, e atualmente representa 42,3 milhões de pessoas --sendo esta a segunda religião com o maior número de adeptos no país.
A pesquisa indica ainda aumento da população espírita, que hoje é de 3,8 milhões, e das pessoas que se declararam sem religião (aproximadamente 15 milhões).
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento no número de evangélicos é proporcional ao crescente declínio da religião católica, que perdeu 9,4% de fiéis em relação ao Censo de 1991.
Ainda assim, o catolicismo é predominante no país: são mais de 123 milhões de pessoas (64,6% da população brasileira; até 2000 eram 73,6%). O Brasil é considerado o maior país do mundo em números de católicos nominais.
Até o início da década de 90, os evangélicos representavam apenas 9% do contingente populacional, dos quais a maioria de origem pentecostal. Com a expansão das igrejas evangélicas pelo país e a veiculação de programas religiosos nas emissoras de televisão, tal índice subiu 44,16%.
Em tempo, como lembra Nuno Emanuel, publicado no Blog do Espiritismo: " O Espiritismo é religião apenas em sentido filosófico, pois difere das religiões tradicionais em muitas coisas. Não tem profissionalismo, não cobra nem aceita pagamentos, não tem sacerdócio, rituais, cerimónias, conceitos como os de sobrenatural ou milagres, não tem vestes especiais, não tem velas, defumadouros ou bebidas alcoólicas, não é dogmático - o que significa que é um movimento cultural e uma doutrina filosófica aberta à crítica e à correção de tudo o que se verifique estar errado. E quanto ao gráfico abaixo, o Espiritismo é designado (e bem!), apenas como Espiritismo, porque só existe UM Espiritismo. Não existe, como algumas pessoas querem fazer crer, "espiritismo kardecista". Isso seria uma redundância.
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