A Caridade da Divulgação da Verdade: A Missão do Brasil


O Espírito Juscelino Kubitschek, pela psicografia de Luiz Guilherme Marques, no livro A Caridade da Divulgação da Verdade: A Missão do Brasil, desenvolve algumas ideias sobre a missão do Brasil como sendo o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho, lembrando que, embora tenha essa missão, esta poderá lhe ser retirada, caso o país — como coletividade — não atender aos propósitos dos mentores espirituais. 

Começa por enaltecer as virtudes do povo brasileiro, quais sejam: humildade, simplicidade e desapego. Acha que o povo brasileiro não quer ser mais do que os outros povos, considerando todas as raças e países como irmãos: os emigrantes são sempre recebidos com cordialidade e benevolência. Observe que até os notáveis do Brasil encontram pouca repercussão de destaque mundial. Cita que Rui Barbosa, um dos mais importantes juristas de todos os tempos, caiu quase no esquecimento depois do brilho meteórico de Haia.

Conta-nos que os Estados Unidos receberam de Jesus a missão de serem o cérebro do mundo, enquanto o Brasil o coração; contudo, nem um nem outro prescinde tanto do cérebro quanto do coração. No caso do Brasil, há o propósito de testemunhar a vida após a morte e a exemplificação da mediunidade, predominantemente gratuita, tal como “o dar de graça o que de graça recebeu”, em comparação com outros países, cujos médiuns se tornam milionários.

No capítulo terceiro, que trata das virtudes a serem aprimoradas no Brasil, lembra dos seguintes itens: 1) Respeito ao Direito; 2) Amor à Ciência; 3) Amor à Filosofia; 4) Amor à Arte Erudita; 5) Amor ao Trabalho; 6) Amor à Educação; 7) Amor à História; 8) Amor à Cultura; 9) Respeito ao Dever; 10) Respeito à Disciplina; 11) Respeito à Honra; 12) Respeito aos Anciãos; 13) Respeito às Tradições Milenares.

Eis algumas pensamentos extraídos desse capítulo: 

O sonho da riqueza sem trabalho povoa a mente de muitos, que, somados, formam milhões de revoltados com a contingência de produzir e contribuir, preferindo a ociosidade ou os ganhos sem esforço, quando não flagrantemente ilícitos.

Adolescentes passam horas ociosamente, quando poderiam ser incentivados ao estudo da Ciência, como acontece em outros países, onde a Educação é a prioridade não só dos governos mas também dos genitores

Filosofar para que, se não dá dinheiro?: essa é a ideologia praticada pelo nosso povo, que, com isso, se desmerece frente a estrangeiros dados à reflexão, como os amarelos, os indígenas conscientes da sua cultura e os indianos.

A cultura do trabalho, infelizmente, não é ensinada nas escolas e mesmo muitos genitores induzem seus filhos à ociosidade, ao consumismo e ao desrespeito a quem trabalha.

As escolas não educam, mas simplesmente instruem, sendo, talvez, a única Pedagogia realmente educadora aquela instituída por Sathya Sai Baba, que se constitui em todos os alunos aprenderem a prestação de serviços à comunidade onde vivem: essa, sim, é a Educação, pois que treina os seres humanos, desde a infância a servir aos semelhantes.

Na Índia, por exemplo, não há tantos crimes quanto aqui, porque cada indivíduo está vivendo em função dos seus deveres, ao contrário da nossa realidade, onde muitos vivem do tráfico de drogas, outros da ociosidade remunerada ou não e quantos odeiam o trabalho, como se fosse uma condenação e não uma bênção.

Devemos aprender a disciplina, como indivíduos e como povo, sem necessidade de coerção eterna, mas por imposição da própria vontade individual, cada qual organizando-se em função do compromisso com sua própria ordem interna de cumprir suas metas morais, de trabalho, de estudo e tudo que signifique mudança para atingir o ideal de cidadãos, homens e mulheres de bem.

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