Apresentamos abaixo um artigo de nosso companheiro ISMAEL BATISTA DA SILVA (*), que nos oferece explicações sobre o nosso comportamento diante do Dia de Finados, nesta 6ª feira (02/11). Lembramos que o articulista já esteve em palestra no Centro Espírita Ismael em 24 de junho deste ano, com o tema "O perfil do trabalhador espírita para o 3º milênio", que vale a pena ser revista através do You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=V8EZcZ0KMDY (é só clicar em cima da linha), com 02 horas e 38 minutos.
"Finados na visão espírita" – por Ismael Batista da Silva - Todos os anos, na época em que se aproxima o dia de finados, muitas pessoas questionam nós espírita, querendo saber se devem ou não ir ao cemitério?o Espiritismo é uma doutrina educadora e libertária. Ela não nos proíbe e nem exige nada de ninguém, apenas nos informa em relação as leis da vida e seus mecanismos, para que, depois, cada um faz aquilo que sua consciência permitir ou determinar.
Nesse sentido, o Espiritismo esclarece-nos quanto aos aspectos mais profundos do entendimento existencial. Considera com muita propriedade que no túmulo não é o lugar que os espíritos moram ou ficam. Dependendo da data do sepultamento, às vezes, nem corpo existe mais ali.
Sabemos com nossa doutrina e com os posicionamentos dos Benfeitores Espirituais, que os espíritos de nossos entes queridos e amigos, assim como todos os demais espíritos, estão muito vivos e ficam, geralmente, à nossa volta com os quais nos acotovelamos todos os momentos. Ninguém morre. Deus não tem nenhum filho(a) morto(a). Todos vivem e se não estão materializados conosco estão vivendo em algum lugar nesse imenso Universo, que é a casa do Pai, onde, segundo Jesus, existem muitas moradas.
Cabe a nós espiritualistas, nos libertarmos dos atavismos firmados no período do entendimento da fé cega e, agora, sabedores das verdades espirituais novas, assimilarmos esses conhecimentos e criar novos hábitos para exaltarmos a vida e não a morte das pessoas que amamos e por elas somos amados.
Racionalmente, chegamos a conclusão que o cemitério não é o melhor lugar para os espíritos nos reencontrar e serem homenageados, sobretudo se tiverem recém-desencarnados. A aproximação deles junto do lugar onde estão os seus despojos carnais ainda trarão a eles um desconforto e constrangimento muito grande. Muitos nem suportam ficar ali por perto por muito tempo.
Existe uma maneira muito singela, amorosa, fraterna que podemos habituar a fazer para que os espíritos familiares e amigos possam sentir lembrados e homenageados por nós, não só em finados, mas todos os dias: uma prece sincera em favor da harmonia, paz e de que estejam felizes ao lado da família espiritual deles.
Podemos também colocar em nossos lares e/ou local de seu antigo trabalho, um recadinho do coração, uma flor perto de um porta retrato com a foto do desencarnado. Assim sentirão lembrados, amados e fortalecidos por ver que estamos exaltando a vida e não a morte.
Sempre virão ao nosso encontro os espíritos dos nossos parentes e amigos desencarnados? Não! Muitos deles demoram para aproximar dos entes queridos que ficaram na Terra, pois isso depende das condições espirituais em que se encontram e das possibilidades de vir junto dos familiares e amigos. Outros nem querem vir, pois muitas vezes nossos sentimentos não são sinceros, e o Espírito não se interessa por essa hipocrisia, eles vem muito mais pelo pensamento e sentimento puro.
Sabemos que tudo o que se faz no cemitério, não passa em muitos casos de demonstração de posses materiais. Seja para demonstrar para a sociedade uma atitude de respeito, às vezes desprovida até de sinceridade.
Portanto, todos são livres para fazer o que acham que devem, principalmente sendo de coração aberto e sincero, numa legitima demonstração de amor.
Então. Que tal aprendermos a referendar os nossos mortos-vivos em nossa casa recolhidos com a família e em prece proferida com sentimento? Aproveitar a oportunidade de amor e carinho entre os que ainda estão encarnados para mostrar a harmonia e a fraternidade dos descendentes que possibilitam um sentimento mais elevado ao desencarnado.
Preciso ainda lembrar que muitos espíritos que se encontram no Mundo Espiritual não ligam a mínima para certos fatos que a nós encarnados enche de orgulho, pois, muitos deles, estão acima das nossas conveniências e ilusões terrenas.
Uma pergunta para encerrar nossa reflexão. Quando você partir desse mundo, onde você gostaria de ser lembrado e reencontrar com os seus amigos e familiares, no cemitério ou em um lugar que só te inspira boas lembranças?
Então vamos lembrar de nossas almas queridas, exaltando a vida e não a morte.
(*) ISMAEL BATISTA DA SILVA --- Mineiro, natural de Guaxupé, Ismael Batista da Silva é palestrante motivacional, consultor de vendas e vereador na cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Autor de dois livros, um deles de natureza mediúnica, e espírita de berço, Ismael é uma pessoa envolvida com as causas sociais de sua cidade e, no âmbito espírita, atua também como palestrante, atividade em que tem dado expressivo destaque ao relacionamento humano por meio de exemplos práticos do cotidiano. Dirigiu a Associação Espírita Paulo de Tarso por 11 anos, entidade mantenedora do Centro Espírita André Luiz – Asilo Lar de Jesus - Abrigo Nosso lar (crianças) – Projeto Alvorada Nova ( adolescentes). Fundador do Centro de Convivência Municipal da 3ª idade e da Fundação Espírita Dr. Bezerra de Menezes (centro de apoio educacional e promoção social – atendendo centenas de pessoas carentes da cidade). Coordenador do Natal da Solidariedade há 10 anos. Vereador – 1º secretário da Câmara Municipal - Trabalhou no sistema COC de ensino por 18 anos – Atualmente é consultor de relacionamento humano – palestrante Motivacional e capacitador de cursos de vendas – liderança - oratória e outros. Assina dois livros: Vencendo dificuldades de relacionamento e Um perfume Inesquecível (espírito Otília).
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